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As notícias do dia | 30 agosto 2024 - Noite
Assim é a vida dos russos detidos pelas forças ucranianas
Dezenas de russos terão sido capturados pelas forças ucranianas durante a incursão do país em Kursk. As forças da Ucrânia revelaram o interior de um dos centros de dentenção no país.
Publicado a 18/08/2024 - 20:05 GMT+2•Últimas notícias 20:08
Trata-se de um raro olhar sobre o que se passa no interior de um centro de detenção ucraniano. A localização exata permanece secreta por razões de segurança mas algures em território ucraniano, vários prisioneiros russos conhecem a sua nova realidade.
Este local alberga dezenas de prisioneiros de guerra. Um número que aumentou substancialmente desde o início da incursão ucraniana em Kurks.
“Mais de 300 prisioneiros de guerra passaram pela nossa instituição desde 7 de agosto de 2024" explica Vadym, diretor-adjunto do departamento educativo do centro de detenção. Um facto surpreendente é que 80% destes prisioneiros são recrutas, o que esclarece a composição das forças russas envolvidas no conflito.
As cenas observadas mostram estes homens a caminhar pelos corredores com as mãos atrás das costas, guiados por guardas - imagens que evocam a dura realidade da sua situação de prisioneiros em território inimigo.
As forças ucranianas forneceram alguns detalhes sobre as condições e vida destes reclusos. Numa espécie de cozinha é possível ver uma taça com uma sopa rala com alguns legumes, nomeadamente repolho e cenoura - faz parte da alimentação básica recebida.
Além da alimentação, são fornecidas aos prisioneiros condições para dormirem, tal como roupa e outros bens de primeira necessidade.
"Todos os prisioneiros de guerra recebem um local para dormir, colchão, roupa de cama, almofada, cobertor, artigos de primeira necessidade, tais como: colher, prato, copo, pasta e escova de dentes, detergente em pó, sabão. Também lhes fornecemos roupa", explica Vadym, dando conta de outras necessidades, também elas satisfeitas pelos serviços do centro penitenciário. "Todos os prisioneiros de guerra podem passear durante o dia, pelo menos durante uma hora. Uma vez por semana, há sauna", explica.
Para além da alimentação, foi dada atenção às necessidades intelectuais dos prisioneiros. Têm acesso a livros, incluindo obras do famoso escritor russo Mikhail Bulgakov. Este pormenor sugere uma tentativa de manter alguma normalidade e estímulo mental no meio destas circunstâncias, no mínimo, diferentes.
Mais de 150 russos capturados por dia
Desde o início da incursão ucraniana, centenas de russos terão sido capturadas pelas forças da Ucrânia, segundo as informações fornecidas pelo país.
Segundo explicou Oleksii Drozdenko, responsável pela administração militar da região ucraniana de Sumy, ao jornal The Guardian, houve dias em que mais de 150 russos foram capturados.
“Por vezes há mais de 100 ou 150 prisioneiros de guerra num dia”, explicou Drozdenko, sublinhando que a maioria dos militares russos que os ucranianos têm encontrado na fronteira são jovens recrutas que “não querem lutar” contra os ucranianos.
Apesar das informações fornecidas, persiste a incerteza quanto ao número exato de soldados russos capturados pelas tropas ucranianas durante o ataque a Kursk.
Ofensiva russa na Ucrânia provoca a morte de pelo menos seis civis nas últimas 24 horas
Forças ucranianas destruíram um depósito de munições "muito significativo" na cidade portuária de Henichesk, atualmente ocupada pela Rússia, em Kherson.
© EuroNews
Na Ucrânia, os ataques com mísseis e bombardeamentos russos mataram pelo menos seis pessoas nas últimas 24 horas.
A informação foi avançada pelas autoridades do país.
Em Kharkiv, no leste, quatro pessoas morreram quando um míssil antitanque russo atingiu um carro civil, disse o governador Oleh Synyehubov.
Em Kherson, a sul, duas pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas na sequência dos bombardeamentos russos.
O governador da região diz que as forças russas atacaram bairros residenciais, um centro comercial e edifícios educativos.
Já as forças ucranianas destruíram um depósito de munições "muito significativo" na cidade portuária de Henichesk, atualmente ocupada pela Rússia, em Kherson.
Enquanto isso, o número de mortos no rescaldo da destruição da barragem de Kakhovka aumentou para 16 no território controlado pela Ucrânia. As autoridades russas disseram que 29 pessoas morreram nos territórios controlados por Moscovo.