Jornal de Curitiba: Hospital Angelina Caron

Aeroporto Internacional Afonso Pena receberá exposição que conta histórias comoventes de transplantes entre os dias 16 e 30 de setembro

Entre os dias 16 e 30 de setembro, os viajantes e visitantes que passarem pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, poderão conferir a exposição “Histórias de Transplantes”, do Hospital Angelina Caron (HAC), no saguão do piso 1, próximo à área de embarque. Para disseminar a importância da doação de órgãos, o impacto do transplante na vida dos pacientes e, assim, conscientizar a população sobre o tema, a iniciativa é uma parceria com a CCR Aeroportos e o Instituto CCR.

A valorização do tema em um ponto de encontro de embarques e desembarques ressalta o alcance e o impacto das doações que, muitas vezes, vão de encontro a pacientes em outros estados do país para transformar vidas. Por mais que o programa público de transplantes do Brasil seja o maior do mundo, garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a lista de espera é extensa. Apenas no Paraná, mais de 2,1 mil pessoas esperam pela doação de um rim, enquanto a fila para receber novas córneas já passa de 1,3 mil pacientes.

"A CCR Aeroportos sempre teve um cuidado muito especial quando o assunto é transporte de órgãos. Em todos os nossos aeroportos, a equipe atua para que operações dessa natureza sejam realizadas de forma segura e eficiente. Para isso, contamos com treinamentos constantes, profissionais especializados e suporte 24 horas para as companhias ou instituições governamentais que atuam no transporte de órgãos. Com a chegada da exposição promovida pelo Hospital Angelina Caron, com apoio da CCR Aeroportos, poderemos também ajudar a conscientizar milhares de pessoas, que diariamente circulam pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena, sobre a importância da doação de órgãos para que outras vidas sejam salvas", afirma o gerente do Aeroporto Internacional Afonso Pena, Eden Pisani Junior.

Independentemente do órgão a ser doado, do outro lado da lista estão pessoas como Selma Farias Paixão, que realizou um transplante cardíaco no HAC. “Foi uma nova chance de viver e eu aceitei com força e garra. Antes do transplante, eu não tinha qualidade de vida, não ia resistir por muito tempo. Mas, graças a essa doação, a esse presente que ganhei no Natal de 2022, eu tenho um futuro pela frente", conta.

Para as famílias dos doadores, a decisão que precisa ser tomada de forma rápida, ainda em um momento de muita dor, é difícil e delicada. Por isso, a conscientização da sociedade sobre o assunto é parte fundamental da campanha que ganha destaque no mês de setembro, devido ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado no próximo dia 27. A conversa clara e direta com familiares e amigos sobre o assunto, a pesquisa e o compartilhamento de informações sobre o tema são indispensáveis para mobilizar a população.

“Quem atua na área sabe que o transplante possibilita algo surpreendente na vida do paciente que o recebe. Ele sai de um período de luta para sobreviver e entra em um período de realmente viver. E fica claro o quanto eles passam a valorizar a vida após todo o sofrimento de espera", ressalta Rodrigo Belila, médico nefrologista e superintendente assistencial do HAC, o maior centro transplantador do Paraná.

Sexto maior hospital SUS do Brasil e o primeiro na Região Sul, de acordo com a Portaria MS 96/2023, o HAC já realizou mais de 2,9 mil transplantes. Com cinco diferentes programas de transplantes, incluindo o de medula óssea, a instituição é referência em alta complexidade, com mais de 40 anos de história, é pioneira em diversos procedimentos no Estado, como as cirurgias de transplante de pulmão e de pâncreas, sendo reconhecida internacionalmente.

Para João Eduardo Nicoluzzi, cirurgião do aparelho digestivo e coordenador do Serviço de Transplantes do HAC, os números de transplantes no Brasil são positivos, mas há espaço para melhora. “Tivemos uma queda brusca durante a pandemia de Covid-19 e estamos caminhando para retomar um ritmo saudável. Precisamos de muito diálogo para combater o medo, o tabu e a desinformação. Juntos, vamos conseguir", diz.

Para contribuir com o movimento, além da exposição, o hospital oferece também uma programação especial nos dias 16, 20, 23 e 27 de setembro. Com uma equipe assistencial especializada, que inclui enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, os visitantes poderão receber atendimentos como aferição de pressão, auriculoterapia, reflexologia das mãos e orientações com foco na prevenção de doenças e na promoção da saúde.