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Camerata Antiqua de Curitiba faz concertos pelos 540 anos do nascimento de Martinho Lutero


A Camerata Antiqua de Curitiba presta homenagem a Igreja Luterana e Martinho Lutero.
Foto: Daniel Castellano/SMCS


@SMCS

A Camerata Antiqua de Curitiba presta homenagem aos 540 anos do nascimento de Martinho Lutero e ao bicentenário da Igreja Luterana no Paraná em três concertos em Curitiba e um em Guarapuava. Com regência de Mara Campos, foram escolhidas obras inspiradas no hino Ein feste Burg ist unser Gott (Um castelo forte é nosso Deus), considerado como o mais emblemático hino da reforma protestante.


Os concertos acontecem na sexta-feira (20/4), às 20h, e no sábado (21/4) e domingo (22/4), às 18h30, na Capela Santa Maria. Além disso, a Camerata vai levar o concerto a Guarapuava, ao Teatro da Fundação Cultural Suábio-Brasileira, na Colônia Vitória, a terça-feira (23/4), às 20h. Mais informações no Guia Curitiba.


O hino Ein feste Burg ist unser Gott, escrito por Martinho Lutero por volta de 1527, serviu de inspiração para compositores criarem arranjos mais elaborados. Nestes concertos foram selecionadas obras mais destacadas dos séculos 16 e 17 que reverberaram o ideário reformista em suas criações.


O programa inclui obras de Johann Pachelbel, Michael Praetorius, Hans Leo Hassler, Heinrich Schütz. Encerra o concerto a obra substantiva e perene de Johann Sebastian Bach, aa cantata que leva o mesmo nome do hino, Ein feste Burg ist unser Gott, BWV 80.


Fazem parte dos concertos os solistas Luísa Favero (soprano), Diana Danieli (mezzosoprano), Sidney Gomes (tenor) e Norbert Steidl (barítono).


Ao mergulhar nas obras de compositores que compartilharam a visão de Lutero e foram influenciados por ela, a maestrina Mara Campos convida o público a refletir sobre o significado duradouro da reforma protestante e seu impacto na música sacra. "Hoje, na ressignificação deste conflito histórico e em meio a tantos outros embates e enfrentamentos que carecem de diálogo e entendimento para a transformação, celebramos o poder transformador da arte e da fé", diz Mara.


  • Serviço: Camerata Antiqua de Curitiba
  • Bicentenário da Igreja Luterana no Paraná
  • Regência - Mara Campos


Curitiba


Guarapuava

  • Data: terça-feira (23/4), às 20h
  • Local: Teatro da Fundação Cultural Suábio-Brasileira (Av. Michael Moor, 1951, Colônia Vitória – Entre Rios)
  • Gratuito

Francisco: Bispo Angelelli, não um herói, mas um mártir e um presente para a Igreja

Publicamos o prefácio do Papa no livro “Enrique Ángel Angelelli. À escuta de Deus e do povo”, que será lançado em 12 de fevereiro. Publicado pela Livraria Editora Vaticana (LEV), o volume reúne as homilias de 1968 a 1976 do bispo argentino que foi assassinado por seu compromisso com os oprimidos e beatificado em 2019.



O bispo argentino Enrique Ángel Angelelli 

Francisco

“Cada homem, cada mulher, cada cristão: todos somos um dom do Senhor, um dom muito precioso. Cada um de nós é um dom para todos e para toda a Igreja, que se encarna em um contexto específico, em um tempo e lugar bem precisos. Somos dons concretos para pessoas concretas; deste modo, somos também um dom para todos, na simplicidade da vida que vivemos. Com efeito, quanto mais crescemos na amizade com o Senhor e com os outros, mais os rigores, rigidez e incompatibilidades se atenuam ou, ainda melhor, deixam de ser um obstáculo à comunhão, tornando-se, paradoxalmente, o nosso modo único e irrepetível de viver, a cor específica do dom que somos para os outros. Logo, todos nós somos dons. No entanto, a Igreja reconhece nos santos pessoas que são dons de forma um pouco mais ampla, isto é, universal. Por isso, são canonizados, para que a sua existência e amizade possam chegar até às pessoas, lugares, contextos e tempos, que não são mais próximos deles. De fato, os santos são irmãos tão parecidos com Jesus, que até podem se tornar pontos de referência seguros (com o exemplo, ensino, amizade e devoção) para cada filho de Deus.


A capa do livro da LEV

Assim, todos nós estaremos mais unidos ao Pai e aos nossos irmãos, mais parecidos com Jesus, mais unidos entre nós como irmãos e irmãs. O Beato mártir Enrique Angelelli, bispo de La Rioja, foi e ainda é um dom do Senhor para a Igreja na Argentina; foi um homem de grande liberdade e grande amor por cada pessoa: amigo ou adversário, irmão ou inimigo; foi um bispo realmente católico, porque esteve unido à Igreja universal, na escuta e obediência filial ao Papa e no seu firme compromisso de atuar, em sua diocese, as indicações e os impulsos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Foi muito lindo, por exemplo, - diria até comovente - o modo com o qual comunicava ao seu povo o encontro que tinha tido com Paulo VI, por ocasião da Visita ad limina Apostolorum; com o mesmo entusiasmo, transmitia também aos fiéis o resultado do seu encontro e as mensagens e cartas recebidas de Roma. Ao mesmo tempo, apesar dos perigos e das crescentes hostilidades, por parte dos seus adversários, apesar do medo e das ameaças, ele cumpriu o mandato de ser pastor de um rebanho da Igreja: um rebanho, no entanto, que não era destinado a ficar fechado na sacristia, mas a difundir o amor de Deus, recebido e celebrado nos sacramentos, na vida diária do trabalho, da família, das associações e da solidariedade. Não acho que Angelelli tenha sido um herói, mas um verdadeiro mártir (assim como a Igreja o reconheceu).


Um mártir testemunha que, se o coração e a mente estiverem em Deus, então sempre surgem nele certas atitudes: o amor sincero para com todos e a rejeição de toda instrumentalização e pretextos, para o próprio interesse ou para uma vida tranquila, se em jogo estiverem os direitos e a vida dos mais fracos, marginalizados e dos que – como dizemos hoje – vivem nas periferias. Por isso, Dom Angelelli e as suas homilias, coletadas neste volume intitulado “À escuta de Deus e do Povo”, podem ser também fonte de inspiração e crescimento no discernimento evangélico dos desafios e situações, que cada um de nós é chamado a viver na Igreja e na vida profissional e familiar. Dom Enrique também foi um pastor dos simples: valorizou a piedade popular (ligada aos lugares, tempos e festas da sua terra e do seu povo), para favorecer a adesão do povo – na unidade e solidariedade – a Cristo e à Mãe Igreja. A sua pregação era bem popular – como lemos neste volume –, dirigida a todos e acessível a todos: era ligada também às circunstâncias concretas da vida social, com o intuito de demonstrar que o Evangelho não é uma ideia e a fé não é uma crença. A fé em Cristo, de fato, é a aceitação de uma relação que muda os nossos corações, as nossas mentes e o modo com que olhamos a nós mesmos e os outros. O Evangelho faz-nos olhar (desculpem o trocadilho e o forçamento linguístico) e olhados, olhar com amor.

Prefeito recebe lideranças da Igreja Luterana do Brasil

Prefeito Rafael Greca recebe em seu gabinete Pastor Sinodal Odair Braun, vice-presidente da Igreja Luterana no Brasil e do Pastor Alfredo Hgsma - Curitiba, 12/04/2023 - Foto Daniel Castellano / SMCS


@SMCS
O prefeito Rafael Greca recebeu nesta quarta-feira (12/4), no Palácio Solar 29 de Março, os pastores Alfredo Hgsma e Sinodal Odair Braun, vice-presidente da Igreja Luterana no Brasil. Os dois pastores estão à frente das comemorações de 200 anos da chegada dos luteranos ao Brasil, que serão celebrados em 2024.

“O ano de 2024 será uma data muito importante, que comemora os 200 anos da chegada dos primeiros protestantes na cidade do Rio de Janeiro. Nesta conversa também pudemos planejar algumas ações que faremos em parceria com a Igreja Luterana”, disse o prefeito, que estava acompanhado do presidente da Cohab, José Lupion Neto, e do assessor Fernando Klinger.


A Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) reúne cerca de 250 mil membros em 2 mil locais de culto presentes em todos os estados brasileiros. Fundada em 1904, a IELB é herdeira da Reforma Luterana iniciada por Martinho Lutero na Alemanha, no século 16, e iniciou seus trabalhos em solo brasileiro em torno de 1900, através de missão da Igreja Luterana – Sínodo de Missouri, dos Estados Unidos.


A partir do sul do Brasil e através do trabalho iniciado com os imigrantes europeus, a IELB espalhou-se por todo o País. Sob o lema “Cristo para Todos”, a IELB identifica-se com a missão de ser instrumento de Deus na tarefa de ir por todo o mundo e pregar o Evangelho. 

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