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EDITAL DE NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL NOTIFICA JOÃO CLEMENTE LUIZ E MANOEL NUNES FILHO

 



E D I T A L

Mariana Carvalho Pozenato Martins, Oficial do 2º Serviço de Registro de Imóveis da Comarca de Curitiba, Estado do Paraná.

NOTIFICA JOÃO CLEMENTE LUIZ, CPF. 317.761.329-04 e

MANUEL NUNES FILHO (MANOEL NUNES FILHO), CPF. 094.440.689-00,  o primeiro

na condição de proprietário tabular e o segundo porque lançado na declaração de confrontantes expedida pela Secretaria de Finanças do Municipio, relativamente ao lote 7 da quadra 6 da Planta Vila Elizabeth, bairro Bacacheri, descrito na matrícula 16.861 deste 2º Registro de Imóveis, não encontrados no endereço do imóvel: Rua Nicolau Salomão, 423, nesta cidade, para querendo se manifestem no prazo abaixo indicado, acerca da retificação da descrição do imóvel da matrícula 2.007, localizado na rua Joaquim Nabuco, 487, nesta cidade, de propriedade de Robison Luiz Guimarães de Azevedo, Regina e Fátima Guimarães de Azevedo e Eldes Guimarães de Azevedo, que confronta na linha oposta à frente (fundo) de quem olha da rua Joaquim Nabuco, 487, olha com o imóvel fiscal 76.005.021.000 em nome dos notificados, como relatado acima. Os documentos apresentados ficam franqueados para exame e extração de cópias pelos notificados. Os notificados têm o prazo de (15) dias após a segunda publicação deste edital, para, querendo, apresentar impugnação.

O presente edital é publicado duas vezes (dois dias seguidos), e transcorrido o prazo legal de quinze (15) dias da segunda publicação, e não havendo impugnação será lançada a averbação retificatória na matrícula 2.007, deste serviço (Protocolo do requerimento 358.158).

Curitiba, 23 de agosto 2021.


EDITAL DE NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL NOTIFICA JOÃO CLEMENTE LUIZ E MANOEL NUNES FILHO

 



E D I T A L

Mariana Carvalho Pozenato Martins, Oficial do 2º Serviço de Registro de Imóveis da Comarca de Curitiba, Estado do Paraná.

NOTIFICA JOÃO CLEMENTE LUIZ, CPF. 317.761.329-04 e

MANUEL NUNES FILHO (MANOEL NUNES FILHO), CPF. 094.440.689-00,  o primeiro

na condição de proprietário tabular e o segundo porque lançado na declaração de confrontantes expedida pela Secretaria de Finanças do Municipio, relativamente ao lote 7 da quadra 6 da Planta Vila Elizabeth, bairro Bacacheri, descrito na matrícula 16.861 deste 2º Registro de Imóveis, não encontrados no endereço do imóvel: Rua Nicolau Salomão, 423, nesta cidade, para querendo se manifestem no prazo abaixo indicado, acerca da retificação da descrição do imóvel da matrícula 2.007, localizado na rua Joaquim Nabuco, 487, nesta cidade, de propriedade de Robison Luiz Guimarães de Azevedo, Regina e Fátima Guimarães de Azevedo e Eldes Guimarães de Azevedo, que confronta na linha oposta à frente (fundo) de quem olha da rua Joaquim Nabuco, 487, olha com o imóvel fiscal 76.005.021.000 em nome dos notificados, como relatado acima. Os documentos apresentados ficam franqueados para exame e extração de cópias pelos notificados. Os notificados têm o prazo de (15) dias após a segunda publicação deste edital, para, querendo, apresentar impugnação.

O presente edital é publicado duas vezes (dois dias seguidos), e transcorrido o prazo legal de quinze (15) dias da segunda publicação, e não havendo impugnação será lançada a averbação retificatória na matrícula 2.007, deste serviço (Protocolo do requerimento 358.158).

Curitiba, 23 de agosto 2021.


EDITAL DE NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL NOTIFICA JOÃO CLEMENTE LUIZ E MANOEL NUNES FILHO



E D I T A L

Mariana Carvalho Pozenato Martins, Oficial do 2º Serviço de Registro de Imóveis da Comarca de Curitiba, Estado do Paraná.

NOTIFICA JOÃO CLEMENTE LUIZ, CPF. 317.761.329-04 e

MANUEL NUNES FILHO (MANOEL NUNES FILHO), CPF. 094.440.689-00,  o primeiro

na condição de proprietário tabular e o segundo porque lançado na declaração de confrontantes expedida pela Secretaria de Finanças do Municipio, relativamente ao lote 7 da quadra 6 da Planta Vila Elizabeth, bairro Bacacheri, descrito na matrícula 16.861 deste 2º Registro de Imóveis, não encontrados no endereço do imóvel: Rua Nicolau Salomão, 423, nesta cidade, para querendo se manifestem no prazo abaixo indicado, acerca da retificação da descrição do imóvel da matrícula 2.007, localizado na rua Joaquim Nabuco, 487, nesta cidade, de propriedade de Robison Luiz Guimarães de Azevedo, Regina e Fátima Guimarães de Azevedo e Eldes Guimarães de Azevedo, que confronta na linha oposta à frente (fundo) de quem olha da rua Joaquim Nabuco, 487, olha com o imóvel fiscal 76.005.021.000 em nome dos notificados, como relatado acima. Os documentos apresentados ficam franqueados para exame e extração de cópias pelos notificados. Os notificados têm o prazo de (15) dias após a segunda publicação deste edital, para, querendo, apresentar impugnação.

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Curitiba, 23 de agosto 2021.


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Alto da XV Mall, novo shopping de Curitiba, abre suas portas ao público



A inauguração contou com a presença de autoridades e foi transmitida online

O Alto da XV Mall, mais novo shopping de Curitiba, foi finalmente inaugurado na quarta-feira (28). A solenidade que marcou a abertura do shopping contou com a presença das autoridades Darci Piana e Eduardo Pimentel, vice-governador do Paraná e vice-prefeito de Curitiba, respectivamente, de líderes religiosos, da equipe da Argo Desenvolvimento & Gestão, administradora do shopping, de representantes

da Cia. Iguaçu (responsável pelo empreendimento), e de outras pessoas essenciais para a realização do evento.

A cerimônia foi transmitida ao vivo por meio de uma das redes sociais do shopping para que clientes, lojistas e curiosos pudessem acompanhar. Devido à covid-19 e aos decretos municipais, o shopping optou por realizar um evento fechado com poucos convidados.

“Sem dúvida, gostaríamos de ter recebido tantas pessoas que demonstraram afeto e vontade de conhecer o shopping desde o dia em que anunciamos nossa chegada. Como não foi possível, transmitimos online para que vissem que estamos imensamente felizes com a abertura e com toda a trajetória que, oficialmente, começa aqui”, destaca Ana Ades, superintendente do Shopping.

Todos os protocolos de segurança estabelecidos pelas autoridades sanitárias estão sendo seguidas pelo shopping. O diferencial do empreendimento é o piso único e a altura entre piso e teto que favorecem a circulação do ar, bem como as seis portas de acesso.

Estabelecimentos

Cerca de 70% das lojas inauguraram juntamente ao shopping, enquanto 15% abrem suas portas em novembro e o restante segue em negociação. O total de espaços comerciais gira em torno de 160, variando a metragem de cada um. A praça de alimentação está revitalizada, com inserção de novas operações e nivelamento de piso, favorecendo a visualização de todos os restaurantes.

Fabiano Bussi, diretor de operações da Argo, ressalta que mudanças no empreendimento foram necessárias para que o Alto da XV Mall estivesse mais moderno e abrigasse os desejos de lojistas e da população. “Ouvimos o que todos tinham a dizer e conseguimos colocar grande parte em prática. Há mais luz, corredores mais largos, praça de alimentação espaçosa e completa, e continuaremos investindo para que o shopping agrade cada vez mais quem passar por aqui. Estamos muito satisfeitos com o resultado e sabemos que o local será estratégico para toda nossa rede e, conveniente, amigável e prático, para nossos clientes”, finaliza.

Alto da XV Mall

  • Rua Camões, 601 – Alto da XV
  • Horário de funcionamento especial covid-19 (atual decreto): Segunda a sábado das 11h às 20h; domingo e feriado 12h às 18h.
  • Redes sociais: @altodaxvmall
  • Site: www.altodaxvmall.com.br

Sobre o Alto da XV Mall

Administrado pela Argo Desenvolvimento & Gestão e lançado em outubro de 2020, o Alto da XV Mall é um shopping com variado mix de lojas que têm a intenção premissa de oferecer bom custo-benefício e praticidade aos clientes. Com apenas um piso, o empreendimento conta com quase 200 espaços para lojistas e praça de alimentação e um estacionamento com mais de 100 vagas. O endereço é Rua Camões, 601, Alto da XV – Curitiba/PR. Para saber mais, acesse: www.altodaxvmall.com.br.

Jornal de Curitiba Maio de 2020


Jornal de Curitiba

Confira em nossas páginas digital as notícias que movimentaram o Paraná, Brasil e o Mundo!


      A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.), estatal que opera a malha ferroviária entre Cascavel a Guarapuava, registrou ampliação da capacidade de escoamento da safra de grãos e de produtos industrializados e encerrou o primeiro quadrimestre de 2020 com lucro de R$ 1,66 milhão. É o maior resultado da história da empresa para o período, alcançado mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. O crescimento foi de 180% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado.


Bares e restaurantes de Curitiba apostam em tecnologia para tomar decisões estratégicas em época de isolamento social

       Tecnologia para gestão empresarial auxilia estabelecimentos durante período de isolamento e oferece facilidades em um cenário de retomada dos negócios presenciais Atualmente as medidas de isolamento social estão forçando bares e restaurantes a se reinventarem em todo o Brasil e o delivery tem sido uma das melhores saídas para os empresários do setor. Para os que não contavam com esse tipo de atendimento, como se ajustar rapidamente ao delivery? Ou ainda, aos que já entregavam à domicílio, como gerenciar esta alta demanda?  


   
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Litoral abriga tesouros da história, cultura e natureza

Antonina já recebeu um show de Carmen Miranda, hospedou Dom Pedro II, Olavo Bilac e Santos Dumont, foi sede das indústrias Matarazzo, mandou pracinhas para a 2ª Guerra Mundial, acolheu Belarmino e Gabriela (autores da canção “As Mocinhas da Cidade”) e deu à luz Caetano Munhoz da Rocha, presidente do Paraná durante a República Velha.

Reportagem AENPr
Fotos: Arnaldo Alves / AEN
A cidade ainda tem uma farmácia com PH, a escola técnica mais antiga em funcionamento no Estado, um Carnaval que enche de lantejoulas as pedras irregulares da Avenida do Samba e é mãe do Pico Paraná, o mais alto do Sul do País (1.877 metros).

Morretes teve o primeiro Theatro do Estado, guarda um sino de Portugal na sua igreja matriz, e é berço de José Francisco da Rocha Pombo, que integrou a Academia Brasileira de Letras, autor do clássico “História do Brasil”, e de Mirtillo Trombini, célebre pintor do cotidiano e das pessoas da cidade.

O Centro da cidade também preserva os casarões de muitas beiras, que são aqueles prolongamentos de telhado sobre as paredes externas e partícipes do ditado “sem eira nem beira”, que indica os ricos e suas casas com camadas para o lado de fora (muitas beiras), ao contrário dos lares dos pobres, desguarnecidos de quase tudo.

“É impossível passar anuviado pelas duas cidades. Elas contam as histórias dos ciclos econômicos do Paraná, permeadas de conflitos, heróis e mitos. São pequenos tesouros do Estado”, resume Rudi Haupt, criador do parque temático Hisgeopar (História e Geografia do Paraná), em Morretes.

AS DUAS – Antonina e Morretes estão separadas por pouco mais de 15 quilômetros e são senhoras de histórias bem parecidas e centros acanhados que guardam memórias de outro Paraná. Eram terras indígenas de matas e riachos praticamente intocados até a chegada dos primeiros povos portugueses e dos escravos arrancados da África, o que transformou a realidade desses locais (e do Estado) para sempre.

Com o passar dos anos, essas cidades testemunharam o ciclo do ouro de aluvião, muito anterior às minas gerais do centro do País, e foram fundamentais para receber e escoar a produção de erva-mate, de madeira e do café. Atualmente participam dos ciclos da soja, do milho e das carnes industrializadas – Morretes pelo trajeto do trem e Antonina pelo porto complementar à estrutura de Paranaguá.

ANTONINA – Antonina é uma cidade litorânea e portuária de pouco mais de 20 mil habitantes. Ela foi tombada em 2012 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por seus valores extemporâneos à humanidade. Os principais atrativos são o centro histórico, a estação ferroviária e a Ponta da Pita, pequena faixa de praia do município.

Os primeiros vestígios de ocupação na cidade são de 1648, ou seja, ela completará 372 anos em 2020, mas o município celebrará 223 anos, o aniversário de emancipação de Paranaguá.

É uma cidade marcada pelo ciclo da escravidão africana, mesmo que o assunto ainda reserve tabus e senões. Quem guarda essas marcas, direta e indiretamente, são suas três igrejas.

A Igreja do Bom Jesus do Saivá teve sua construção iniciada provavelmente entre 1789 e 1817, quando a mulher do capitão-mor Manoel José Alves fez uma promessa de construir uma capela dedicada ao culto do Senhor Bom Jesus se obtivesse a graça de ser curada de uma enfermidade. Com a esposa curada, ele pediu que os escravos construíssem a bendita igreja.

Em decorrência da culpa por impor ritmo de trabalho forçado, ele pediu para ser enterrado na soleira da porta principal assim que morresse. Alguns anos depois a família achou que ele já tinha cumprido a penitência e transferiu os restos mortais um pouco mais para o lado.

A Igreja de Nossa Senhora do Pilar (matriz) foi construída no topo do Centro, na beira da baía de Antonina, com visão privilegiada para a vizinha Paranaguá e os canais onde mar e rio são uma coisa só. A construção foi autorizada pelo mesmo Manoel José Alves a partir dos apelos de duas irmãs muito devotas. No começo da história de Antonina, apenas os brancos podiam frequentar as missas naquele local.

Com a exclusão social, restou aos escravos a Igreja de São Benedito, construída por eles mesmos em 1824, mais de 60 anos antes da abolição da escravatura (1888), e que funcionou como refúgio na cidade. Eles replicaram a arquitetura da igreja que não podiam frequentar, a Pilar.

A cidade também tem registros históricos de um pelourinho (local onde os escravos eram punidos) e já vivenciou a separação dos negros e dos brancos por um portão no marco zero da Serra da Graciosa.

Theatro Municipal / Foto: Arnaldo Alves / AEN
CULTURA – Um passeio a pé pelo Centro de Antonina também desvela a história do Armazém Macedo, que “estocou” a memória da culinária local – ele passa por um processo de restauração; do mercado municipal, o ponto de encontro do desenvolvimento econômico da cidade; do Palacete Atlante (hoje um hotel), construído em 1910 e que, à época, trazia as iniciais da esposa do dono nas portas; e do busto de Getúlio Vargas, em homenagem aos cinco escoteiros que foram até o Rio de Janeiro para conseguir autorização do presidente para a continuidade da navegação de cabotagem, fundamental para a cidade no século passado.

Há, ainda, um chafariz presenteado por uma família de Santos; um canto botânico apelidado de Havaí na Praça Coronel Macedo, onde os casais namoravam depois de assistir filmes americanos no Theatro Municipal; e uma boca maldita, onde figurava a antiga rodoviária, e que atualmente serve para os locais narrarem causos da vida alheia.

Na Avenida do Samba estão o Theatro Municipal do século XIX (também sob processo de restauração), a Escola Técnica Dr. Brasílio Machado e a casa de Belarmino e Gabriela, onde hoje funciona uma hamburgueria.

Paralelamente, em direção ao mar, estão a casa de Caetano Munhoz da Rocha, a prefeitura municipal que hospedou Dom Pedro II, Olavo Bilac e Santos Dumont, e a Pharmacia Internacional que preserva a mobília original e tem as paredes recheadas de fotos de personalidades caiçaras. Antonina ainda é sede de um grande complexo desativado das indústrias Matarazzo, que chegou a ser uma das maiores empresas da América Latina no século 19.

MORRETES – Um tour pelo Centro de Morretes também é repleto de histórias de outra época, com seus casarões, museus e comércios. A cidade de cerca de 18 mil habitantes tem o Rio Nhundiaquara no seu coração e o imponente Marumbi ao fundo, além de palmeiras reais que dão a dimensão temporal do lugar.

Morretes foi fundada pelos jesuítas em 1733 às margens da baía de Paranaguá e tem construções bem preservadas. A estação ferroviária que recebe a maioria dos turistas é de 1885 e a rua das flores, no calçadão, onde Dom Pedro II também já se hospedou e onde ficava o primeiro telégrafo da cidade, é o marco de encontro de turistas de todos os cantos do mundo.

Morretes teve o primeiro Theatro do Estado. Ele funcionava onde reluz o atual Theatro Municipal, em um prédio construído no início do século 19 e destruído por um incêndio em 1930 – e onde funcionou o primeiro cinema da cidade. O espaço foi reconstruído depois do colapso e restaurado no começo dos anos 2000.

Já a Igreja Matriz Nossa Senhora do Porto possui no interior uma via-sacra pintada em óleo por Theodoro de Bona, que já lecionou na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e foi aluno de Alfredo Andersen. A cidade ainda se orgulha de Mirtillo Trombini, pintor do cotidiano local. Seu acervo está guardado em um Instituto disponível para visitação.



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“O isolamento severo e o SUS são as grandes armas do Brasil contra o coronavírus”

Pneumologista da Fiocruz afirma que o coronavírus atingirá populações mais jovens no Brasil, reforça a necessidade de distanciamento social antes do pico da doença e faz alerta para proteger favelas


A médica Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e uma das pneumologistas mais experientes do Brasil, atua desde o início da crise do coronavírus na linha de frente do combate à doença no Brasil. Atende a pacientes com a Covid-19 e participa do grupo de especialistas consultados pelo Ministério da Saúde para coordenar medidas para o enfrentamento da pandemia. Se num primeiro momento as autoridades de saúde chegaram a apostar que, no Brasil, a doença entraria com menos força por conta do clima e de suas características demográficas ―com a proporção menor de idosos que a Europa― a médica acredita que a doença rejuvenescerá no país por essa mesma característica populacional.

A pneumologista pondera que a desigualdade brasileira não dá a todos a mesma chance de prevenir a doença. Chama atenção especialmente para a população das favelas, onde as pessoas vivem aglomeradas, sem acesso a saneamento básico e sem as mesmas condições de frear o contágio. Dalcomo defende um distanciamento social mais severo nas próximas semanas como medida fundamental para que o Sistema Único de Saúde (SUS), que atende a maior parte da população, consiga ampliar seus leitos de UTI. “O problema é se vai dar tempo de tudo isso estar operando nos próximos 30 dias, período em que a epidemia só vai crescer”, diz. Até este domingo, 12 de abril, o Brasil somava 22.169 pessoas infectadas ―o dobro do registrado há uma semana―, e 1.223 mortes por Covid-19.


Pergunta. O que podemos observar sobre as características que a Covid-19 apresenta no Brasil?

Resposta. Podemos observar, sem surpresa, uma subida importante da curva epidêmica e uma maior dispersão da doença nas grandes concentrações urbanas brasileiras, o que não é diferente daquilo que foi esperado epidemiologicamente. E as medidas que estão sendo tomadas pelas autoridades sanitárias brasileiras, não de modo homogêneo como nós gostaríamos, mas de modo heterogêneo, em relação ao isolamento social. As medidas estão corretas. Como membro do grupo de especialistas que apoia o Ministério da Saúde, eu digo isso. As medidas de contenção da epidemia através do isolamento social, proposto de maneira bastante severa nestas semanas e ainda durante todo o mês de abril, são a nosso juízo a arma maior que o Brasil tem no sentido de conter a epidemia. A segunda arma importante que o Brasil tem é uma coisa preciosa chamada SUS, que é quem vai dar a resposta para a grande maioria da demanda que vai ocorrer seguramente.

P. Quais os principais problemas que enfrentamos hoje, especialmente nas favelas?

R. Hoje nós temos alguns problemas, que são as populações mais desassistidas, as comunidades mais pobres, que vão sofrer o baque sendo parte de 40% de brasileiros que são da economia informal, que seguramente vão sofrer porque são pessoas que vivem da mão pra boca, que trabalham naquele dia para levar o alimento e os subsídios elementares para a sua família. Então isso é um problema que exige do Governo e da iniciativa privada uma colaboração, no sentido de assistir essas populações do Brasil. O grande desafio hoje é como diminuir o impacto não apenas da transmissão da doença, mas também do impacto social e econômico que ela pode gerar nas populações mais desassistidas. O segundo problema são as condições de trabalho dos profissionais de saúde, que atendem a essa grande população. Hoje estamos tendo problemas logísticos. As iniciativas estão sendo tomadas, mas precisamos correr contra o tempo para a chegada de EPIs [equipamentos de proteção individual] para as pessoas trabalharem. Também precisamos de mudanças de comportamento, como o uso de máscaras pelas pessoas para se locomover. São dinâmicas que a evolução da epidemia exigem.

P. O Brasil tem características próprias em relação ao comportamento da doença? A maioria dos casos mais graves ocorre em pessoas com mais de 70 anos, mas há muitos jovens sendo internados com quadro mais grave da doença. Por quê?

No Brasil, a Covid-19 vai rejuvenescer
R. No Brasil, a Covid-19 vai rejuvenescer. A distribuição da população brasileira é diferente da europeia. Não temos um percentual de idosos que tem a Itália ou a Espanha. A nossa distribuição de população, embora tenhamos já cerca de 10% a 11% da população acima de 60 anos, tem uma grande concentração de jovens. Então é natural que a doença se distribua majoritariamente entre jovens. Então é ilusão de que jovens estariam mais protegidos. A distribuição demográfica no Brasil dará à doença características brasileiras. Além disso, o vírus já sofreu mutações e já se adaptou ao Brasil. Cientistas estudaram 20 genomas diferentes, de cinco Estados brasileiros, e mostraram que o vírus já sofreu mutações. Isso não muda nada em termos de patogenicidade do vírus, porém dá a ele características de adaptação.

P. O que se dizia era que os jovens contrairiam o coronavírus, mas o risco de evoluir para casos mais graves era maior nos idosos.

R. Na maior parte das vezes, os jovens têm muito menos possibilidade de complicar. Nesse momento, estou tratando várias pessoas com a Covid-19, mais ou menos com a mesma idade, e está todo mundo em casa. Ninguém está internado. Eles estão com pneumonia, pela tomografia. Eles têm teste positivo e estão doentes, mas não estão graves e ficarão curados. Então se espera uma evolução de 14 a 21 dias para que a gente libere o doente e possa considerá-lo curado. Mas uma mensagem que eu tenho tentado passar é que não há invencíveis para o Sar-Cov-2. Todos somos vulneráveis. No Brasil, seguramente a doença vai atingir populações mais jovens. Se você for medir a média de idade dos pacientes internados em São Paulo ou no Rio de Janeiro, ela não é de pacientes de 80 anos. Ela é bem mais jovem.

P. A senhora falou dos riscos para as comunidades e das mutações que o vírus já sofreu no país. Quais os alertas que as particularidades do Brasil levantam?

R. As mutações havidas no vírus não representam mudanças na patogeneicidade dele. Até onde nós sabemos, ele não é melhor nem pior. Ele apenas sofre mutação porque é altamente mutável. Certamente sabemos que o vírus chinês é diferente do que foi para a Itália. Lá, ele também sofreu mutação. O vírus que chegou ao Brasil não foi da China, foi da Europa. O caso número um veio da Itália e, naquele momento, ele se assemelhava ao genoma do vírus alemão. Era europeu, claramente. O fato de ter sofrido mutação no Brasil não quer dizer que seja mais ou menos patogênico. Ou seja, a capacidade dele causar doença e se distribuir da mesma maneira que já sabemos ―80% de forma leve e 20% de forma mais grave, dos quais 50% vão para o CTI [centro de terapia intensiva]― parece estar mantido no Brasil até o momento. A proporcionalidade já conhecida dos casos parece estar mantida. Se vai ter maior proporção de casos graves que na Europa, acho difícil. Aqui vai ter mortalidade, não há dúvida. Não temos nenhuma ilusão.

P. A senhora citou que o SUS é uma grande ferramenta no enfrentamento brasileiro, mas ele também enfrenta problemas estruturais. Como esse sistema tripartite e capilar vira arma?

R. O SUS é um sistema hierárquico e capilar, para onde corre 80% da população brasileira. É essa a estrutura que vai ter que dar uma resposta à pandemia. Para isso, estão sendo construídos para casos graves os hospitais de campanha, com leitos sendo oferecidos pelo Brasil, inclusive pela Fundação Oswaldo Cruz, onde eu trabalho, que está abrindo um hospital de campanha de 200 leitos para que nós possamos desenvolver os ensaios clínicos referentes aos tratamentos, para verificar se tem algum tratamento que se mostre válido. Até o momento, não há nenhum tratamento válido para isso. E o SUS precisa se reorganizar nesse momento no sentido de fazer triagem, selecionar pacientes suspeitos e, inclusive, colher testes. Estamos ampliando isso, mas no momento um dos nossos gargalos é não ter exames para testar a grande massa de população. É isso que não nos permite dizer, por exemplo, se a nossa mortalidade é real, porque ela está baseada num número muito pequeno de pessoas efetivamente testadas.

Com mais testes, teremos um denominador mais confiável. Mas o SUS tem uma rede básica de saúde composta pelas clínicas de família e pelas unidades básicas de saúde localizadas em todas as cidades e nas periferias das grandes cidades. Caberá a eles fazer a seleção dos pacientes e a orientação das famílias com as normas todas que já conhecemos [de isolamento e higiene]. E separar os fatores de risco porque, na revisão do Ministério da Saúde, da qual eu fiz parte, nós adaptamos o fluxograma usado na rede básica para a síndrome respiratória aguda. Baseado na experiência chinesa, nós associamos dois novos fatores como fatores de alerta [ao protocolo que já existia para outras síndromes gripais]: hipertensão arterial grave e cardiopatia grave. Esses dois fatores, até o momento, são os que levaram a aumentar a mortalidade na experiência chinesa.

P. O número de internações por síndrome aguda respiratória grave (uma complicação da Covid-19 e também de outros vírus respiratórios como a Influenza) já quadruplicou em relação ao mesmo período do ano passado. Quais os desafios do Brasil, num momento em que os sistemas de saúde sentem uma forte pressão da demanda?

R. As medidas tomadas são indubitavelmente corretas. O problema é o timing, se vamos conseguir dar uma resposta no tempo correto para a demanda. Isso vai depender muito do isolamento social. Se nós conseguirmos um isolamento muito radical nas próximas duas semanas, que é quando o sistema está se adaptando. Respiradores têm sido instalados e leitos têm sido abertos. O que não pode haver é uma superposição de demanda de síndrome respiratória aguda grave. Estamos no outono e existe uma sazonalidade viral de todo ano, que é conhecida. Muitos vírus começam a ocorrer neste período, e a decisão de adiantar a campanha de vacinação foi correta. Já se vacinou muita gente e, curiosamente, aconteceu uma busca pela vacina muito maior que em anos anteriores. Nós fomos claros em dizer que elas nos auxiliaria. Agora, medidas como ampliação de testes, aprimoramento da hierarquia do SUS com disponibilização de leitos hospitalares e respiradores para pacientes graves seguramente é a medida de resposta a este desafio. O problema é se vai dar tempo de tudo isso estar operando nos próximos 30 dias, período em que a epidemia só vai crescer.

As medidas tomadas são corretas. O problema é o timing, se vamos conseguir dar uma resposta no tempo correto para a demanda
P. O que entra propriamente nesta conta contra o tempo? Estamos agindo corretamente?


R. Todo mundo está correndo, inclusive a rede privada. No Brasil, havia uma inversão. Até agora, quase 60% dos leitos de CTI estavam para atender a rede privada, então nós precisamos inverter essa ordem. Ou seja, tem que aumentar o número de leitos para a rede pública. A rede privada já está exaurida, como nós sabemos. Adaptar o SUS e ter mais testes é o nosso grande desafio agora.

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Jornal de Curitiba
J.S. Coloral Segundo
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