Getting your Trinity Audio player ready...
Mostrando postagens com marcador MUDANÇAS CLIMÁTICAS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MUDANÇAS CLIMÁTICAS. Mostrar todas as postagens

Madrugada tem risco de rajadas de vento em Curitiba

Centro Municipal de Gerenciamento de Riscos de Desastres (Cmgerd) alerta para risco de rajadas de ventos, que poderão chegar a 73 km/h em Curitiba, entre a noite de terça-feira (17/5) e a madrugada de quarta-feira (18/5).

Durante o período, não há previsão de chuva, mas a temperatura mínima prevista é de 4°C (máxima de 13°C), com sensação térmica de menos 3°C.

Rajadas de vento podem ocasionar quedas de árvores ou galhos, placas de sinalização e objetos em vias públicas, além de possíveis destelhamentos em residências e equipamentos públicos.

Metade da população mundial está "muito vulnerável" aos impactos da mudança climática, adverte IPCC


Em novo relatório divulgado nesta segunda-feira (28), especialistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) renovam a advertência sobre os impactos "catastróficos" do aquecimento global para a humanidade e os ecossistemas. O documento, elaborado por 270 cientistas de 67 países, traz orientações para ajudar governos de 196 países a se preparar para limitar os danos decorrentes da mudança climática, a chamada "adaptação" aos riscos.


O novo relatório é um verdadeiro "atlas do sofrimento humano" e não deixa margem para dúvidas: as consequências do aquecimento global provocado pelas atividades humanas não se limitam ao futuro. A mudança do clima se acelera, apesar dos apelos dos cientistas para reduzir com rapidez e intensidade as emissões de gases do efeito estufa. 


A temperatura do planeta aumentou, em média, +1,1 °C desde a era pré-industrial e o mundo se comprometeu em 2015, com o Acordo de Paris, a limitar o aquecimento abaixo de +2 °C, e se possível de +1,5 °C. Com a continuidade do aquecimento da Terra e a multiplicação de fenômenos meteorológicos extremos, o mundo já enfrenta, em quase todos os continentes, uma série de catástrofes: secas, inundações, ondas de calor, incêndios, insegurança alimentar, escassez de água, doenças e aumento do nível das águas.


Com isso, metade da população mundial, entre 3,3 e 3,6 bilhões de pessoas, está "muito vulnerável" aos impactos cruéis e crescentes da mudança climática, e a inação "criminosa" dos governantes ameaça reduzir as poucas possibilidades de um "futuro habitável" no planeta, alertam os especialistas da ONU.


"Esses impactos são mais graves entre populações urbanas marginalizadas, como os moradores de favelas", aponta o Observatório do Clima, que reúne várias ONGs ambientalistas no Brasil. Nas regiões mais vulneráveis, o número de mortes por secas, enchentes e tempestades foi 15 vezes maior na última década do que nas regiões menos vulneráveis, indica a ONU. Os países ricos também são afetados pelos fenômenos extremos, como recordam as grandes inundações na Alemanha ou os incêndios devastadores nos Estados Unidos no ano passado. A recente tragédia das chuvas em Petróplis (RJ) demonstrou essa vulnerabilidade. Se o mundo não decidir de forma rápida reduzir as emissões, enfrentará uma enxurrada de impactos inevitáveis e "às vezes irreversíveis" nas próximas décadas, advertem os especialistas.


O documento divulgado hoje é o segundo volume do Sexto Relatório de Avaliação (AR6) do IPCC e está centrado nas medidas de "adaptação" para atenuar esses riscos. O sumário foi finalizado numa reunião virtual, em meio à guerra na Ucrânia. As discussões ocorreram num clima interno de pressões e desentendimentos entre governos e cientistas. A síntese do IPCC é destinada a tomadores de decisão, que devem conduzir políticas climáticas nacionais e em nível internacional nos próximos sete anos. 


"Eu vi muitos relatórios científicos durante minha carreira, mas nenhum como este", reagiu o secretário-geral da ONU Antonio Guterres, que o descreveu como um "atlas do sofrimento humano e uma acusação que aponta para uma liderança falha em termos climáticos".


Questão de sobrevivência

Antes de um terceiro volume previsto para abril sobre as soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o documento publicado hoje destaca que superar, ainda que de maneira temporária a barreira de +1,5 °C, poderia provocar danos "irreversíveis" a ecossistemas frágeis como os polos, as costas e as montanhas, com efeitos em cascata para as comunidades que vivem nessas áreas. As consequências desastrosas aumentarão com "cada décimo adicional de aquecimento". No primeiro volume do relatório, publicado em agosto do ano passado, o IPCC havia estimado que até 2030 – ou seja, dez anos antes do que se pensava – a temperatura da Terra atingiria a alta de 1,5 °C.


Os cientistas também preveem o desaparecimento de 3 a 14% das espécies terrestres e alertam que até 2050 quase um bilhão de pessoas viverão em áreas costeiras de risco.


"A adaptação é crucial para nossa sobrevivência", reagiu em um comunicado o primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, que preside a Aliança de Pequenos Estados Insulares (Aosis). Brown fez um apelo para que os países desenvolvidos respeitem o compromisso de aumentar a ajuda climática aos países pobres, em particular para permitir que preparem para as catástrofes previstas.


Flutuar ou se afogar

A respeito deste ponto, o relatório constata que, apesar de alguns progressos, os esforços de adaptação são em sua maioria "fragmentados, de pequena escala" e que, sem uma mudança de estratégia, a lacuna entre o que é necessário e o que precisa ser feito pode aumentar. 


Em um determinado ponto, adaptar-se não será possível. Alguns ecossistemas já foram pressionados "além de sua capacidade de adaptação", adverte o documento. Por isso, com a continuidade do aquecimento global, a adaptação e a redução das emissões de CO2 devem caminhar juntas, enfatiza o IPCC.


"À luz dos compromissos atuais, as emissões globais vão aumentar quase 14% na década atual. Isto representará uma catástrofe. Vai destruir qualquer chance de manter viva a meta de 1,5ºC", denunciou Antonio Guterres, que apontou como "culpados" os grandes países emissores. "O abandono da liderança é um crime", disse.


Apesar da constatação do estado gravíssimo do planeta, vários Estados, como China, Índia e Arábia Saudita, tentaram durante a negociação retirar as referências à meta de +1,5°C, relataram pessoas que participaram das discussões.


O mundo prometeu na recente conferência sobre o clima da ONU, a COP26 de Glasgow, no fim do ano passado, acelerar a luta contra o aquecimento global e reforçar as ambições para a COP27, programada para o Egito, em novembro.


"Não esqueçamos de uma coisa: estamos todos no mesmo barco", afirmou o ex-primeiro-ministro de Tuvalu, Enele Sopoaga. "Ou conseguimos flutuar ou afundamos e todos nos afogamos", acrescentou o ex-governante da pequena ilha no Oceano Pacífico.


Independentemente da taxa de emissão de gases de efeito estufa, um bilhão de pessoas poderá viver em áreas costeiras em risco até 2050, já que a elevação do nível do mar aumenta o impacto das tempestades e inundações. A população em risco de inundação marinha duplicará se o oceano subir 75 cm, um número em grande parte consistente com as projeções para 2100. Hoje, cerca de 900 milhões de pessoas vivem a menos de 10 m acima do nível do mar.


Adaptação

A questão da adaptação, ou seja, da adoção de medidas para limitar ou se preparar para os impactos da mudança climática é agora central. Redescobrir variedades antigas de culturas agrícolas mais resistentes, restaurar mangues ou construir diques, plantar árvores nas cidades para criar corredores frios estão entre as possibilidades que devem ser exploradas com urgência. Mesmo assim, não há garantia de resultados.


O IPCC adverte, ainda, contra os perigos de medidas que podem ser totalmente contraproducentes, quando o mundo não tem mais margem para erros. Por exemplo, a construção de barreiras ou muros para proteger áreas habitadas ou zonas costeiras da elevação do nível do mar. Esse tipo de medida pode criar uma sensação de falsa segurança, adiando perigosamente a adoção das medidas necessárias para conter as mudanças.


Entre outras medidas de “maladaptação” listadas pelo IPCC estão a adoção de agricultura irrigada e a construção de hidrelétricas em regiões sujeitas a secas. Povos indígenas e moradores de periferias, afirma o painel, são especialmente vulneráveis a medidas maladaptativas.


“A grande mensagem do Grupo 2 do IPCC neste relatório é que a mudança climática é um brutal agravador de desigualdades e um perpetuador de pobreza”, afirma Stela Herschmann, especialista em Política Climática do Observatório do Clima.


“A justiça climática precisa entrar na ordem do dia, e esse relatório é a demonstração mais cabal já feita de que já estamos vivendo um contexto de injustiça climática, onde os impactos adversos de eventos climáticos extremos variam por diferenças na exposição e vulnerabilidade, com regiões como a África e a América Latina sendo desproporcionalmente afetadas”, conclui Herschmann.


Texto por: RFI

Combate às mudanças climáticas será prioridade de "segurança nacional" em Israel

Texto por: RFI   3 min
O governo de Israel estabeleceu neste domingo (24) que o combate às mudanças climáticas passa a ser uma prioridade de "segurança nacional" no país. Em um comunicado, o primeiro-ministro Naftali Bennett se compromete a "facilitar" investimentos em energias renováveis, às vésperas da abertura da COP26, em Glasgow.


"A luta contra as mudanças climáticas é um novo interesse de segurança nacional para Israel", informa a nota oficial. Em junho passado, a nova coalizão de governo israelense fixou a meta de reduzir em 27% as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e em 85% até 2050 em relação aos níveis de 2015. Para isso, o país, que é um dos que menos investem no transporte público entre todos os Estados da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), prevê promover transportes que consumam menos energia.


"Hoje, o governo aprovou muitas decisões para fomentar transportes limpos e de baixo consumo de carbono", disse Bennett, que pretende participar da COP26. A Conferência da ONU sobre mudanças climáticas acontece de 31 de outubro a 12 de novembro na Escócia.


"Queremos promover a inovação e facilitar [o trabalho] dos empresários no setor das energias verdes", declarou a ministra de Energia, Karine Elharrar. Para alcançar seus objetivos, Israel quer aproveitar a experiência acumulada por várias empresas dos setores de cibersegurança, defesa e tecnologia financeira. O setor da alta tecnologia emprega pouco mais de 10% da população economicamente ativa de Israel.


A ministra israelense do Meio Ambiente, Tamar Zandberg, acusou os governos precedentes de terem adiado os investimentos na descarbonização da economia.


Premiê da Índia confirma participação na COP26

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, confirmou que vai comparecer à COP26, um sinal positivo para as negociações que não contarão com as presenças dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping. Fontes do governo em Nova Délhi indicaram que a Índia, terceiro maior poluidor mundial de gases do efeito estufa, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, fará uma nova proposta de redução de emissões, mas não revelaram detalhes.


A China informou neste domingo que deseja limitar a menos de 20% o uso de energias fósseis até 2060, de acordo com um plano que inclui vários objetivos. O presidente chinês deseja começar a reduzir as emissões poluentes até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono 30 anos depois, afirma o projeto publicado pela agência oficial de notícias Xinhua. O documento também inclui a meta de que, até 2030, 25% da energia total consumida na China seja procedente de fontes renováveis.


Em abril, Xi Jinping afirmou que o país controlaria de maneira rígida os projetos de centrais de energia elétrica que utilizam carvão e reduziria progressivamente o consumo desta matéria-prima. O carvão é uma fonte muito poluente e responsável por 60% da produção de energia elétrica na China.


Em setembro, na Assembleia Geral da ONU, o presidente chinês também se comprometeu a parar de construir centrais de carvão no exterior. Porém, em meio a uma grave escassez de energia elétrica causada pelo aumento do preço do carvão, do qual o país é muito dependente, a China está aumentando sua produção de carvão em 6%. No início da semana, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas (NDRC) informou que em setembro foram autorizadas 53 minas, com o objetivo de aumentar a capacidade de produção em 220 milhões de toneladas anuais.

Com informações da AFP

©1999 | 2024 Jornal de Curitiba Network BrasilI ™
Uma publicação da Editora MR. Direitos reservados.