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Febre do Oropouche: entenda o que é a doença que preocupa o Brasil

 Casos isolados e surtos foram relatados na região amazônica



  • Brasília (DF), 23.07.2024 - Mosquito maruim (Culicoides paraensis), que transmite o vírus Oropouche (OROV). Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC. © Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC


@Agência Brasil

O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil,  em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.


Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras. Até o início de julho, mais de 7 mil casos haviam sido confirmados no país, com transmissão autóctone em pelo menos 16 unidades federativas. Esta semana, São Paulo confirmou os primeiros casos no interior do estado.


A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do vírus em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.


Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.


Sintomas

Os sintomas da febre do Oropouche, de acordo com o ministério, são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. “Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle”, alerta a pasta.


O quadro clínico agudo, segundo a pasta, evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Casos com acometimento do sistema nervoso central (como meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos, e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.


Ainda de acordo com o ministério, parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia após uma ou duas semanas a partir das manifestações iniciais. “Os sintomas duram de dois a sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves”.


Mortes inéditas




Mosquito Maruim.
Foto: Conselho Federal de Farmácia/Divulgação

No último dia 25, entretanto, a Bahia confirmou duas mortes por febre do Oropouche no estado. Até então, não havia nenhum registro de óbito associado à infecção em todo o mundo.


De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, as mortes foram registradas em pacientes sem comorbidades e não gestantes. A primeira morte, uma mulher de 24 anos que residia no município de Valença, ocorreu no dia 27 de março. O segundo óbito, uma mulher de 21 anos que residia em Camamu, foi registrado no dia 10 de maio.


Técnicos de vigilância em saúde baianos informaram que as pacientes apresentaram início abrupto de febre, dor de cabeça, dor retro orbital e mialgia, que rapidamente evoluíram para sintomas graves, incluindo dor abdominal intensa, sangramento e hipotensão.


Diagnóstico

O diagnóstico da febre do Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial e todos os casos positivos devem ser notificados. Além de ser de notificação compulsória, a doença também é classificada pelo ministério como de notificação imediata, “em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública”.


Tratamento

Não há tratamento específico para a febre do Oropouche. A orientação das autoridades sanitárias brasileiras é que os pacientes permaneçam em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Em caso de sintomas suspeitos, o ministério pede que o paciente procure ajuda médica imediatamente e informe sobre uma exposição potencial à doença.


Prevenção

Dentre as recomendações citadas pela pasta para prevenir a febre do Oropouche estão:

  • - Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
  • - Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
  • - Limpar terrenos e locais de criação de animais.
  • - Recolher folhas e frutos que caem no solo.
  • - Usar telas de malha fina em portas e janelas.
  • Transmissão vertical e microcefalia

Apenas em julho, o ministério publicou duas notas técnicas voltadas para gestores estaduais e municipais envolvendo a febre do Oropouche. Uma delas recomenda intensificar a vigilância de casos e alerta para a possibilidade de transmissão vertical da doença, que acontece quando o vírus é transmitido da mãe para o bebê, durante a gestação ou no parto.


Em junho, a Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas analisou amostras de soro e líquor armazenadas na instituição, coletadas para investigação de arboviroses e negativas para dengue, chikungunya, zika e vírus do Nilo Ocidental. Nesse estudo, foi detectado em quatro recém-nascidos com microcefalia a presença de anticorpos contra o vírus da febre do Oropouche. “Essa é uma evidência de que ocorre transmissão vertical do vírus, porém, limitações do estudo não permitem estabelecer relação causal entre a infecção pelo vírus durante a vida uterina e malformações neurológicas nos bebês”, destacou o ministério do documento.


No mês passado, a investigação laboratorial de um caso de óbito fetal com 30 semanas de gestação identificou material genético do vírus da febre do Oropouche em sangue de cordão umbilical, placenta e diversos órgãos fetais, incluindo tecido cerebral, fígado, rins, pulmões, coração e baço. “Essa é uma evidência da ocorrência de transmissão vertical do vírus. Análises laboratoriais e de dados epidemiológicos estão sendo realizadas para a conclusão e classificação final desse caso”, informou a pasta no mesmo documento.

Saúde confirma óbito fetal por transmissão vertical de Oropouche

 Caso foi registrado em Pernambuco



  • Brasília (DF) 02/02/2024 - O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil,  em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Foto: Sociedade Brasileira de medicina tropical/Divulgação© Sociedade Brasileira de medicina tropical/Divulgação

@Agência  Brasil

O Ministério da Saúde (MS) confirmou um caso de óbito fetal causado por transmissão vertical de febre do Oropouche, que acontece quando o vírus é passado  da mãe para o bebê, durante a gestação ou no parto. A confirmação foi feita na sexta-feira (2) no estado de Pernambuco. A pasta informou que a grávida tem 28 anos de idade e estava na 30ª semana de gestação.


Segundo o ministério, continuam em investigação oito casos de transmissão vertical de Oropouche: quatro em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre.


“Quatro casos evoluíram para óbito fetal e quatro casos apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia. As análises estão sendo feitas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se há relação entre Oropouche e casos de malformação ou abortamento”, disse a pasta.


Até o dia 28 de julho foram registrados 7.286 casos de Oropouche, em 21 estados brasileiros. A maioria dos casos foi registrada no Amazonas e em Rondônia. Até o momento, um óbito em Santa Catarina está em investigação.


Os dois primeiros óbitos pela doença no país foram confirmados na semana passada. Os casos são de mulheres do interior do estado da Bahia, com menos de 30 anos, sem comorbidades, mas que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.


Transmissão

A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do vírus em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.


Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.


Arboviroses

O MS disse que vem monitorando a situação do Oropouche no Brasil em tempo real, por meio da Sala Nacional de Arboviroses, e que publicará, nos próximos dias, o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses, incluindo dengue, zika, chikungunya e Oropouche. As orientações incluem a metodologia de análise laboratorial, vigilância e a assistência em saúde sobre condutas recomendadas para gestantes e recém-nascidos com sintomas compatíveis com Oropouche.


“Na nota técnica do Ministério da Saúde haverá recomendação de medidas de proteção para evitar ou reduzir a exposição às picadas dos insetos, seja por meio de recursos de proteção individual com uso de roupas compridas, de sapatos fechados e de repelentes nas partes do corpo expostas, sobretudo nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde. Também haverá o reforço de medidas de proteção coletiva, tais como limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas”, continuou o MS.


A orientação é para que as pessoas procurem atendimento nas unidades de saúde, informando inclusive os profissionais responsáveis pelo acompanhamento do pré-natal, nos casos de sinais e sintomas compatíveis com arboviroses, como febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular, dor articular, tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

Tire as principais dúvidas sobre a vacinação contra dengue

Agência Brasil preparou um pergunta e resposta sobre a imunização


Reuters/Michael Weber/Imago Imagens/Direitos reservados

@Agência Brasil 🇧🇷 

A vacina Qdenga, do laboratório japonês Takeda, teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS).


Na próxima semana, as doses começam a ser distribuídas a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.


Confira algumas das principais perguntas e respostas sobre a vacinação com a Qdenga no país:


Quando começa a vacinação contra a dengue no SUS?


A previsão é que as doses comecem a ser distribuídas aos 521 municípios na próxima semana. Segundo o ministério, as cidades têm liberdade para dar início à vacinação assim que as doses começarem a chegar. A organização das campanhas, incluindo datas, horários e pontos de vacinação, portanto, ficará a cargo dos governos estaduais e municipais. Será preciso conferir o cronograma com as prefeituras e as secretarias estaduais e municipais de saúde.


Quem pode tomar a vacina pelo SUS?


Apesar de a bula da Qdenga indicar o imunizante para pessoas com idade entre 4 e 60 anos, o ministério anunciou que, no SUS, o público-alvo, neste primeiro momento, vai incluir apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos. A decisão foi tomada em razão da quantidade limitada de doses a serem fornecidas pelo laboratório fabricante.


Não estou entre o público prioritário. Como faço para tomar a vacina?


Quem está fora da faixa etária classificada como prioritária pela pasta deve procurar a vacina na rede particular. Neste caso, é preciso ficar atento, já que há dois imunizantes distintos no mercado: a Qdenga e a Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi. A segunda opção, entretanto, é indicada para a faixa etária de 6 a 45 anos e recomendada somente para pessoas que já foram previamente infectadas pela dengue.


Qual o preço da vacina no sistema particular?


O preço praticado em laboratórios e farmácias particulares flutuou bastante ao longo dos últimos 11 meses. Quem tomou a dose assim que a Qdenga foi aprovada pela Anvisa pagou mais barato. Quem buscou a imunização após a explosão de casos no país teve de se planejar melhor. Os valores, atualmente, giram em torno de R$ 400 cada dose, sendo que o combo com duas doses (esquema completo) sai mais em conta.


Gestantes e lactantes podem tomar a vacina?


A Qdenga é contraindicada para gestantes e lactantes e, portanto, não pode ser administrada nem na rede pública, nem na privada. A dose também não é indicada para pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior. Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação.


Porque a vacina não é indicada para pessoas com mais de 60 anos?


Pessoas com mais de 60 anos não têm indicação para receber a dose em razão da ausência de estudos clínicos. Apesar disso, a Agência Europeia de Medicamentos e a Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica, agência regulatória argentina, aprovaram o uso de Qdenga a partir dos 4 anos sem limite superior de idade, considerando potenciais benefícios no grupo, mais suscetível às formas graves da doença.


“Assim, a recomendação para indivíduos com mais de 60 anos deve ser encarada como uma indicação off label, a critério médico, respaldada pela aprovação por outras agências regulatórias, mas sem dados que atestem a segurança e a eficácia”, detalhou a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim).


A vacina também protege contra o Zika e o Chikungunya?


A Qdenga previne exclusivamente casos de dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, como Zika, Chikungunya e febre amarela. Vale lembrar que, para a febre amarela, no Brasil, estão disponíveis duas vacinas: uma produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizada pela rede pública, e outra produzida pela Sanofi, utilizada pelos serviços privados de imunização e, eventualmente, pela rede pública.


Quantas doses e com que intervalo deve ser aplicada a vacina?


O esquema completo da Qdenga é composto por duas doses, a serem administradas por via subcutânea com intervalo de 3 meses entre elas. Quem já teve dengue também deve tomar a dose. A recomendação, nesses casos, é especialmente indicada por conta da melhor resposta imune à vacina e também por ser uma população classificada como de maior risco para dengue grave.


Para quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar 6 meses para receber o imunizante. Já quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as duas doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.


A vacina contra a dengue passou por testes?


A Qdenga demonstrou ser eficaz contra a dengue tipo 1 em 69,8% dos casos; contra a dengue tipo 2, em 95,1%; e contra a dengue tipo 3, em 48,9%. Já a eficácia contra a dengue tipo 4 não pôde ser avaliada devido ao número insuficiente de casos causados pelo sorotipo durante o estudo. Também houve eficácia contra hospitalizações por dengue, com proteção geral de 84,1% e estimativas semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).


Quantas e quais são as vacinas contra a dengue aprovadas para uso no Brasil?


A Qdenga é a primeira vacina contra a dengue aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, só pode ser utilizado por quem já teve dengue. A Dengvaxia não foi incorporada ao SUS e é contraindicada para indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus da dengue em razão de maior risco de desenvolver quadros graves da doença.


Há estudos para a produção de uma vacina brasileira contra a dengue?


Maior produtor de vacinas e soros da América Latina e principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Instituto Butantan está em fase final de desenvolvimento de uma nova vacina contra a dengue. Assim como a Qdenga, o imunizante do Butantan é tetravalente e, portanto, protege contra os quatro subtipos do vírus, mas conta com um diferencial: será administrado em dose única, contra as duas doses necessárias da Qdenga. A previsão é que o instituto entre com o pedido de registro junto à Anvisa ainda este ano.


Anvisa alerta sobre lotes falsificados de dois medicamentos


Tysabri é indicado para esclerose e Ozempic, para diabetes tipo 2


@Marcelo Camargo/Agência Brasil 


@Agência Brasil 🇧🇷 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta sexta-feira (3), em seu site, um alerta aos profissionais de saúde e à população sobre lotes falsificados de dois medicamentos: Tysabri® (que contém a substância ativa natalizumabe), indicado para tratamento de formas mais ativas de esclerose múltipla, e Ozempic® (o princípio ativo semaglutida), para tratar, em conjunto com dieta e atividades físicas, pacientes adultos com diabetes tipo 2, quando o corpo não produz insulina ou cria resistência a ela. 

O alerta sobre o medicamento Tysabri ocorre após a empresa detentora do registro, Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda., comunicar à Anvisa a identificação, no país, da falsificação do produto biológico Tysabri (natalizumabe), lote FF00336, válido até janeiro de 2026. 

De acordo com o laboratório Biogen, o lote foi produzido apenas para fins institucionais, e não comerciais, e tem características divergentes das constantes no medicamento original, vendido nas farmácias. 

Para este caso, a Anvisa publicou no Diário Oficial da União a Resolução 3.874/2023, que adota medidas preventivas, como apreensão e proibição de distribuição, comercialização e uso do produto falsificado. 

Para identificar itens do lote em questão (FF00336), a empresa informa que há erros de ortografia do endereço da empresa responsável pela importação e distribuição do produto no país, diferença na cor da faixa laranja e azul da embalagem, formatação das letras e ausência da inscrição em braile na embalagem, tratando-se, portanto, de falsificação, conforme imagem abaixo.


Erros de ortografia e diferença de cores e de fonte evidenciam falsificação do Tysabri - Avisa/Divulgação

Sobre a falsificação do Ozempic, a Anvisa recebeu outro comunicado, desta vez, da empresa responsável pelo produto biológico Ozempic (semaglutida), a Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda. A empresa denunciou como falso, no mercado brasileiro, o lote LP6F832, que indicaria ser válido até novembro de 2025. 

O laboratório Novo Nordisk não considera esse lote das canetas válido e, portanto, trata-se de um produto falsificado.  

Da mesma forma que no caso do Tysabri, a agência publicou a Resolução 3.945/2023, que determina, igualmente, a apreensão e a proibição de comercialização, distribuição e uso do medicamento falsificado. 

Em seu site, A Novo Nordisk orienta o consumidor a desconfiar de preços muito baixos, pontos de vendas não tradicionais e atenta que o Ozempic é vendido apenas em canetas pré-preenchidas injetáveis. Não existe outra apresentação.

Orientações

A Anvisa recomenda que a população e os profissionais de saúde somente adquiram medicamentos em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem completa (dentro da caixa) e com nota fiscal. 

Em caso de identificação de unidades de remédios com suspeita de falsificação, a população ou os profissionais de saúde não devem usar o produto e devem entrar em contato com as empresas detentoras do registro desses produtos, para verificar sua autenticidade. 

Além disso, o fato deve ser comunicado imediatamente à Anvisa, preferencialmente por meio do sistema Notivisa, no caso de profissional de saúde. Já os pacientes podem denunciar a existência do medicamento falsificado na ouvidoria, por meio da plataforma FalaBR, com login (CPF) e senha cadastrados no portal Gov.br.

A consulta do histórico de produtos irregulares já identificados no Brasil pode ser realizada no sistema de consultas da Anvisa, disponível em seu website.  

Para mais informações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem a central de atendimento telefônico ao público (0800-6429782), disponível das 7h30 às 19h30, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. A ligação é gratuita para todo o Brasil.


Quase 99% dos ultraprocessados têm ingredientes nocivos


Conclusão está em estudo da Uerj, feito em parceria com a USP


Tânia Rêgo/Agência Brasil 🇧🇷 

Agência Brasil 🇧🇷 

Quase 99% dos alimentos ultraprocessados comercializados no Brasil têm alto teor de sódio, gorduras, açúcares ou aditivos para realçar cor e sabor, aponta um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP).


Esses ingredientes estão presentes na quase totalidade de biscoitos, margarinas, bolos e tortas, achocolatados, bebidas lácteas e sorvetes, além de frios e embutidos e bebidas gaseificadas como os refrigerantes. Também são encontrados em refeições prontas, pizza, lasanha, pastelaria e outras bebidas açucaradas. A pesquisa avaliou quase 10 mil alimentos e bebidas das principais redes de supermercados de São Paulo e Salvador.


A professora associada do Departamento de Nutrição Aplicada e do Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde do Instituto de Nutrição da Uerj, Daniela Canella, uma das autoras do estudo, alerta para a relação do consumo desses alimentos com o desenvolvimento de doenças crônicas.


“Eles estão associados a uma série de doenças crônicas e à obesidade, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer. Esse resultado de composição dos ultraprocessados reforça esses achados de relação de consumo desses alimentos e doenças crônicas. Por isso, os resultados são alarmantes”, disse a pesquisadora.


Daniela Canella defende que, além da indicação obrigatória para alimentos com alto teor de sódio, açúcar e gorduras, seria importante informar o indicativo de aditivos, que são os corantes, aromatizantes, emulsificantes, que alteram a cor, textura e aroma dos alimentos. Dessa forma, os consumidores poderiam identificar com mais facilidade os ultraprocessados e tomar a decisão sobre comprá-los ou não.


“Além da informação no rótulo, que a partir de outubro deste ano, passa a ser obrigatória para ‘alto em açúcar, gordura e sódio’, se os rótulos também tivessem a informação de que contêm aditivos com características cosméticas, facilitaria para que os consumidores pudessem identificar com mais facilidade o que são ultraprocessados”, afirmou a professora.


A pesquisadora destacou que os resultados da pesquisa são importantes para auxiliar as políticas públicas, como a proibição de alimentos ultraprocessados em cantinas escolares e outras agendas regulatórias, como a publicidade de alimentos.

Com ministra da Saúde, Greca celebra ampliação de serviço aeromédico no SUS de Curitiba


O prefeito Rafael Greca se reuniu com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná, Fernando César Oliveira, e demais autoridades, para o lançamento da retomada do serviço aeromédico da PRF no Paraná. Curitiba, 25/07/2023. Foto: Ricardo Marajo/SMCS


@SMCS

O prefeito Rafael Greca se reuniu nesta terça-feira (25/7) com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná, Fernando César Oliveira, na sede da entidade, para o lançamento da retomada do serviço aeromédico da PRF no Paraná (PR). A expectativa é que o helicóptero da PRF-PR entre em operação a partir de 1 de agosto, passando a integrar o sistema de urgência e emergência do SUS.


Curitiba é a segunda capital do país a retomar o serviço aeromédico da PRF, logo após Recife. A ação foi possível a partir de parcerias locais firmadas e com a disponibilização pelo Ministério da Justiça das aeronaves, que estavam em Brasília.  


Foto: Ricardo Marajo/SMCS


“Em um país de proporções continentais é preciso ter governança continental. Brasília não pode reter todos os recursos do Brasil. Pelo contrário. Há que os distribuir, multiplicá-los, democratizá-los”, discursou o prefeito.


“O Brasil agora volta a ter governança em todo o seu imenso território, podendo cobrir as urgências e emergências nas capitais do país”, disse Greca. “Eu me sinto privilegiado em receber o segundo helicóptero”, completou o prefeito.


Foto: Ricardo Marajo/SMCS


A ministra afirmou que Brasília será polo dinâmico para a federação brasileira. "Essa força da PRF, aliada ao SUS, é uma ação inspiradora de retomada do serviço dos helicópteros que estavam em Brasília”, disse a ministra. “A PRF é componente estratégico para resposta em emergência em saúde. A saúde precisa ser uma política transversal, que se beneficia de ação de outros ministérios”, completou a ministra.


Parceria

Esta é a segunda aeronave que passa a integrar o sistema de urgência e emergência do SUS Curitibano. A primeira é operada pela Polícia Militar do Paraná.


Em ambos os casos, a contrapartida da Prefeitura é fornecer equipe de saúde para atendimento. Assim como a primeira, a regulação desta segunda aeronave também será realizada pela Central do Samu 192, que aciona helicóptero para atendimento, quando há necessidade.


Foto: Ricardo Marajo/SMCS


O helicóptero da PRF ficará na base do Cindacta II, no bairro Bacacheri, o que possibilitará o atendimento de acidentes e transporte de doentes graves para o Hospital Cajuru e Hospital do Trabalhador, que contam com heliponto.


De acordo com o superintendente da PRF, a aeronave que está sendo disponibilizada é de grande porte. “Esse é um helicóptero maior, moderno e espaçoso, que permite a presença do enfermeiro e do médico. Nele, o médico consegue ter acesso ao paciente dos pés à cabeça”, disse Oliveira.


Fabricado em 2021, o helicóptero é do modelo Koala AW119, de fabricação italiana, adquirido pela PRF por R$ 30 milhões. Ele tem capacidade para o transporte de até oito pessoas (um piloto, um copiloto, um operador aerotático e outros cinco passageiros), o que garante uma alta capacidade de atendimento em casos de acidentes envolvendo mais vítimas.


Retomada do atendimento

Entre os anos de 2006 e 2016, a PRF realizou mais de 3,2 mil resgates aéreos de vítimas no Paraná. Desde então, o serviço havia sido suspenso.


A direção nacional da PRF decidiu agora disponibilizar um de seus 14 helicópteros para retomar o serviço de resgate aeromédico na Região Metropolitana de Curitiba, em apoio ao SUS.




Foto: Ricardo Marajo/SMCS

Presenças

A reunião contou ainda com a presença de diversas autoridades, como o governador em exercício Darci Piana; os deputados federais Toninho Wandsheer, Tadeu Veneri, Zeca Dirceu; a deputada estadual Márcia Huçulak; o superintendente executivo da PRF, Sérgio Carvalho; a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella; o prefeito de Almirante Tamandaré, Gerson Colodel; o superintendente do Ministério da Saúde no Paraná, Luiz Armando Erthal; o diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, César Neves; o vereador Ângelo Vanhoni; a tenente-coronel médica do Cindacta/FAB, Maria Isabela; pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da Universidade Federal do Paraná, Fernando Mezzadri; diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, Nilton Pereira; a diretora do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária do Ministério da Saúde, Luciana Maciel de Almeida Lopes; o comandante do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas, major Márcio Valim de Souza; e o assessor de Articulações Políticas Lucas Navarro.

STJ autoriza três pacientes a cultivarem cannabis para fins medicinais

© CBD-Infos-com/ Pixabay


© Agência Brasil
O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou três pacientes a cultivarem em casa plantas de cannabis (maconha) para fins medicinais. A decisão foi proferida na última quinta-feira (13).

Com a liminar, os pacientes ganharam um salvo conduto para evitar eventual prisão em flagrante ao portarem a quantidade de cannabis prescrita por um médico.

Ao recorreram à Justiça, os pacientes afirmaram que têm problemas de saúde e necessitam do óleo extraído da planta para tratamento contra dor crônica, déficit de atenção, transtorno depressivo recorrente, fobia social e ansiedade.

Em outras decisões recentes sobre o tema, o STJ decidiu que a União e o estado de Pernambuco devem fornecer medicamento à base de canabidiol à paciente com condição específica de saúde.

Acordo entre Saúde e Educação permitirá transformação digital do SUS

Hospitais e postos de saúde terão acesso a aplicativo de gestão


© Julia Prado/MS


© Agência Brasil
Os ministérios da Saúde e da Educação assinaram nesta quinta-feira (13) um acordo de cooperação em prol da transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.

Com a medida, hospitais e postos de saúde estaduais e municipais terão acesso aos dados do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), desenvolvido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

De acordo com o presidente da empresa, Arthur Chioro, o aplicativo de gestão hospitalar é utilizado há dez anos por cerca de 50 mil profissionais de saúde.

"É um sistema testado e aprovado. É utilizado nos 41 hospitais universitários da Ebserh, possui cerca de 3 milhões de acesso mensais e uma base de 25 milhões de pacientes em uso no sistema", disse.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o uso da tecnologia será útil para diminuir a desigualdade e garantir acesso à informação dos usuários do SUS.

"Essa parceria é de um potencial e de um impacto fantástico, esperado por todos os gestores da saúde. Ela vai beneficiar a toda linha de cuidado do SUS", avaliou.

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a medida vai permitir a integração do sistema de saúde e dar eficiência ao atendimento dos pacientes.

"O cidadão vai ao posto de saúde e tem lá os dados dele, vai a uma UPA, lá está o histórico desse cidadão. Esse é o grande desafio desse sistema, que é o mais moderno dos sistemas hospitalares do Brasil", afirmou.

O aplicativo AGHU é um sistema padrão utilizado por todos os hospitais federais geridos pela Ebserh. Com a tecnologia, os profissionais de saúde podem gerir internações, distribuição de medicamentos, cirurgias e exames de laboratoriais.



Maioria dos estados tem queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda

 Informação é do Boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz


© Fernando Frazão/Agência Brasil


Por Agência Brasil 

O novo boletim InfoGripe divulgado hoje (9) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica a manutenção do cenário positivo em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o país. A maioria dos estados segue com estabilização ou queda em um patamar relativamente baixo. A análise aponta para queda de SRAG nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas).


De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, os dados ainda indicam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 (covid-19) na população adulta. Nas crianças de 0 a 4 anos, o vírus sincicial respiratório (VSR) mantém presença expressiva especialmente no Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, e nos três estados da Região Sul. “Desses, apenas o Distrito Federal aponta para manutenção de patamar elevado de SRAG nessa faixa etária. Os demais já apontam para redução ao longo do mês de janeiro”, avaliou o pesquisador.


Amazonas

O boletim alerta para um leve aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao vírus influenza A no estado do Amazonas, norte do país. Com um número baixo de casos, o acompanhamento nas próximas semanas poderá indicar se são ocorrências esporádicas ou de início de temporada. Os dados referem-se à Semana Epidemiológica (SE) 5, período de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 6 de fevereiro.


Gomes reforça que a avaliação só poderá ser feita com mais clareza nas análises seguintes. “Como apareceram alguns casos de Influenza e a gente não estava observando esse vírus nas atualizações recentes, é importante manter a atenção, embora não represente um surto. Até o momento, são alguns poucos casos”, explicou.


Estados e capitais

Das 27 unidades federativas, apenas Acre, Amazonas, Espírito Santo e Pernambuco apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo. Apesar desse quadro, o pesquisador esclarece que a análise por faixa etária sugere tratar-se de oscilação natural durante período de baixa atividade. No Amazonas, observa-se um ligeiro aumento na presença de casos de SRAG associados ao vírus influenza A, ainda sem sinal claro de tendência e com volume baixo de casos. 


Seis das 27 capitais apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo até o mesmo período: João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), São Luís (MA) e Vitória (ES).

Brasil registra 69 mortes e 22,6 mil casos de covid-19

Cerca de 34,2 milhões de pessoas se recuperaram da doença



 Por Agência Brasil - Brasília

De ontem (23) para hoje, foram registrados 22.637 novos casos de covid-19 no Brasil. No mesmo período, houve 69 mortes de vítimas do vírus. O Brasil soma desde o início da pandemia 689.341 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico mais recente divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 35.104.673.


Ainda segundo o boletim, 34.189.924 pessoas se recuperaram da doença e 228.408 casos estão em acompanhamento. No levantamento de hoje, não consta atualização do Distrito Federal e dos seguintes estados: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.


Por causa do ponto facultativo referente à estreia do Brasil na Copa do Catar, os dados foram atualizados até as 11h pelas Secretarias Estaduais de Saúde e compilados pelo Ministério da Saúde por volta das 12h30.


Boletim covid-19 de 24 de novembro de 2022. - Ministério da Saúde


Estados

Segundo os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos, com 6,18 milhões, seguido por Minas Gerais (3,9 milhões) e Paraná (2,77 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (153,14 mil). Em seguida, aparecem Roraima (177,52 mil) e Amapá (180,68 mil).


Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (176.102), seguido de Rio de Janeiro (76.023) e Minas Gerais (63.943). O menor total de mortes situa-se no Acre (2.029), Amapá (2.165) e Roraima (2.176).


Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 492,303 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 180,87 milhões como primeira dose e 163,29 milhões como segunda dose. A dose única foi aplicada em 5,024 milhões de pessoas. Outras 100,94 milhões já receberam a primeira dose de reforço, e 37,33 milhões receberam a segunda dose de reforço.

 


Edição: Aline Leal

Fraturas causadas pela osteoporose matam cerca de 200 mil por ano no Brasil


A ingestão correta de cálcio, proteínas e vitamina D, a prática de exercícios físicos regulares e evitar consumo de bebidas alcoólicas e cigarro são hábitos que auxiliam na prevenção da doença

Um dos fatores relacionados à osteoporose nas mulheres é a menopausa. Neste período, há queda significativa de estrogênio, o hormônio importante para a saúde dos ossos. Divulgação


A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição de massa óssea, com o desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, tornando-os mais sujeitos a fraturas. No Brasil, 2,4 milhões das fraturas são causadas pela osteoporose e somam cerca de 200 mil mortes por ano segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). A IOF (International Osteoporosis Foundation) aponta que cerca de 10 milhões de brasileiros têm a doença, porém, apenas 20% estão cientes disso. No Paraná, internações de idosos por quedas subiu 17% em 2022 segundo o DataSus, do Ministério da Saúde. Economicamente, o custo da doença no Brasil é de R$ 1,2 bilhões por ano.  As despesas com hospitalização representam R$ 234 milhões e custos cirúrgicos, R$ 162,60 milhões.


Por ser uma doença silenciosa e não apresentar sintomas aparentes, a osteoporose só é conhecida após o seu agravamento. Os locais mais comuns atingidos são a coluna, o quadril, o punho e o braço. De acordo com o médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em reumatotologia Hélio Takeshi Hashimoto, as fraturas de quadril são as que mais contribuem para os altos índices de mortalidade. “As fraturas, de modo geral, são a complicação mais grave decorrente da doença e ocorrem geralmente em pessoas mais velhas. O ideal é fazer exames preventivos para que ela seja diagnosticada a tempo de evitar as quedas”, complementa.


A osteoporose pode estar relacionada com diversos fatores. Pessoas com histórico familiar de fraturas ou aqueles que possuem doenças graves ou fazem uso de corticoides por longo tempo possuem maior risco para desenvolver a doença. Um dos fatores relacionados à osteoporose nas mulheres, por exemplo, é a menopausa. Neste período, há perda significativa de estrogênio - hormônio que ajuda na fixação de cálcio nos ósseos – causando perda óssea. De acordo com o médico cooperado Unimed Curitiba especialista em endocrinologia e diretor da Unimed Laboratório, dr. Mauro Scharf, ”a reposição estrogênica deve sempre ser avaliada pelo médico endocrinologista ou ginecologista para se atribuir as diretrizes de tratamento”.


Além do estrogênio, os hormônios como um todo desempenham papel fundamental na saúde do metabolismo ósseo. O paratormônio é um regulador fundamental que estimula a reabsorção de cálcio no intestino, nos ossos e também diminui a eliminação de cálcio pelos rins. “A vitamina D aumenta a absorção intestinal do cálcio e sua indicação deve ser avaliada na redução da perda de massa óssea e incidência de fraturas”, finaliza o endocrinologista.


Prevenção


Segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), a ingestão correta de cálcio, proteínas e vitamina D, a prática de exercícios físicos regulares e evitar consumir bebidas alcoólicas e fumar são hábitos que auxiliam na prevenção da osteoporose. Hashimoto indica consumir também salmão, atum e sardinha e não abusar do café. A boa notícia é que existe tratamento caso a doença seja diagnosticada.


6 curiosidades sobre a osteoporose:


A doença afeta um homem para cada quatro mulheres.

O sistema ósseo é renovado diariamente, mas o avanço da idade, queda hormonal, deficiência de nutrientes como cálcio e vitamina D e fatores genéticos causam o enfraquecimento dos ossos provocando, desta forma, a osteoporose.


Além de promover sustentação ao nosso organismo, os ossos são fonte de cálcio, substância necessária para a execução de diversas funções como os batimentos cardíacos e a força muscular.


A fratura do quadril ou bacia é mais perigosa, pois resulta em grande morbidade (dor, deformidade e, incapacidade física) e mortalidade. Os pacientes que fazem essa cirurgia apresentam uma redução importante da qualidade de vida e independência.


Pessoas que fizeram cirurgia bariátrica têm 30% mais chances de terem osteoporose, dependendo da técnica cirúrgica utilizada.


A doença não tem cura e o diagnóstico precoce é feito pela medida da densidade ósseaatravés do exame de Densitometria Óssea. Esse exame é indicado para todas as mulheres a partir de 65 anos e para todos homens com 70 anos ou mais. As mulheres que já tenham entrado na menopausa e homens com mais de 50 anos que possuam um dos fatores de risco devem buscar o exame para mapeamento, acompanhamento e possível tratamento.

 

Sobre a Unimed Curitiba


Com 51 anos, a Unimed Curitiba é considerada a maior operadora de plano de saúde do Paraná, além de estar entre as maiores do Sistema Unimed. Atualmente conta com mais de 4.700 médicos cooperados de diferentes especialidades que atendem cerca de 550 mil clientes. Compondo a maior rede credenciada do estado com 54 hospitais, 245 clínicas e 93 unidades laboratoriais, sendo 20 próprias (Unimed Laboratório), a cooperativa conta com 1.600 colaboradores, diversos canais de atendimento remoto e 20 unidades de atendimento presenciais distribuídas em Curitiba e municípios da Região Metropolitana. Saiba mais em www.unimedcuritiba.com.br


Sobre a Unimed Laboratório


A Unimed Laboratório é uma rede laboratorial que atende não somente clientes Unimed, mas outros planos, como a Fundação Copel, o Sinam, a Judicemed e o Instituto Curitiba de Saúde (ICS), e também em caráter particular. Exames e vacinas particulares possuem tabela com preços diferenciados para portadores do cartão POP, gratuito e sem anuidade. Com 20 unidades distribuídas em Curitiba e Região Metropolitana, todas acreditadas pelo Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), que atesta a excelência na qualidade dos nossos serviços, a Unimed Laboratório possui estrutura completa para cuidar da saúde e do bem-estar com a qualidade de serviços e de atendimento Unimed. A megaunidade da Unimed Laboratório (Av. Iguaçu, 1815, Água Verde) tem ambiente próprio para crianças, sala especial para atender pessoas com TEA, equipamento específico para encontrar veias difíceis, pesquisa de qualidade on-line e café especial para o desjejum. Mais informações no site www.unimedlab.com.br




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