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Gleisi: crescimento econômico e luta contra a extrema direita são prioridades



Gleisi: "Tentaram riscar nosso nome da história. E nós estamos aqui, de pé, vivos e vibrantes, prontos para mais uma jornada em defesa do povo brasileiro". Foto: Alessandro Dantas

Ao discursar na Conferência Eleitoral PT 2024, Gleisi Hoffmann lembra que o partido e o governo Lula existem para melhorar a vida do povo e conclama a militância para derrotar definitivamente o bolsonarismo


A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu, nesta sexta-feira (8), em Brasília, que a defesa do crescimento econômico para melhorar a vida do povo brasileiro e o enfrentamento da extrema direita devem ser prioridade para o partido desde já e ao longo dos próximos anos. Ela discursou no ato político de abertura da Conferência Eleitoral PT 2024, que ocorre até sábado em Brasília.


Ao iniciar sua fala (leia a íntegra abaixo), Gleisi saudou a militância petista e o presidente Lula, também presente no evento, e celebrou os muitos feitos alcançados neste primeiro ano de governo, como a retomada de importantes programas sociais, as ações de inclusão e promoção da diversidade e a adoção de medidas que impulsionaram a economia e garantiram mais renda à classe trabalhadora, apesar da sabotagem conduzida pelo presidente do Banco Central, o bolsonarista Roberto Campos Neto.


E, então, falou da importância de se trabalhar pelo crescimento econômico. “O centro de nossa política, da que o senhor está levando a cabo no governo”, disse, dirigindo-se a Lula, “é o desenvolvimento do nosso país para melhorar a vida de nossa gente. Por isso o centro do nosso debate e de empenho de nossas forças deve ser em uma meta sim: a meta de crescimento econômico”.


E essa meta, ressaltou, se atinge com investimentos públicos orientados para o desenvolvimento do país, sem contigenciamentos desnecessários. “O país tem fundamentos macroeconômicos sólidos, principalmente pela herança de nossos governos anteriores. Não precisamos prestar contas ao mercado, precisamos prestar contas ao povo brasileiro!”


“Vamos derrotar o bolsonarismo”

A presidenta apontou ainda uma segunda prioridade: a luta contra extrema direita, para que o bolsonarismo seja definitivamente derrotado. “Precisamos enfrentar essa gente. Com a extrema direita não se brinca. Não se dá anistia”, disse, defendendo que Jair Bolsonaro cumpra pena pelos crimes que cometeu.


Esse enfrentamento, prosseguiu, se dá por meio de mobilização constante. “Nós derrotamos o Bolsonaro, mas ainda temos de derrotar o bolsonarismo! E vamos fazê-lo. Temos de novamente fortalecer nossa presença nas redes sociais e nos reorganizarmos territorialmente. Os velhos e bons comitês de luta devem voltar à cena.”


E a luta já começou, com a Conferência Eleitoral, que está servindo para preparar o PT para muitas vitórias nas eleições de 2024. “As eleições municipais do próximo ano serão fundamentais para fazermos o embate político contra a extrema direita e as forças do atraso, e para prepararmos as bases para a disputa de 2026. Por isso, eleger prefeitos e prefeitas do PT e de nosso campo político é muito importante. Assim como a Federação Brasil da Esperança apresentar chapas de candidaturas a vereadores e vereadoras na maioria dos municípios brasileiros, com muitas mulheres, negros, jovens, LGBTs. Precisamos crescer nossas representações nas câmaras municipais”, defendeu.


Homenagem a Marco Aurélio Garcia

No início da cerimônia, foi apresentado um vídeo sobre a trajetória do intelectual e um dos fundadores do PT Marco Aurélio Garcia. Falecido em 2017, Garcia é o grande homenageado da conferência.


Coube à secretária nacional de Finanças e Planejamento, Gleide Andrade, apresentar o filme e saudar à militância presente: “Nossa vitória em 2024 começa aqui e começa agora”, disse.


Em seguida, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamoto, disse que só um partido como o PT, com história e conhecimento para compartilhar, poderia realizar uma conferência como a realizada em Brasília. E pregou que o motivo de criação do PT nunca seja esquecido: “Defender a classe trabalhadora, defender os mais humildes, para defender aqueles que mais precisam do Estado”.

Partido dos Trabalhadores 

Alckmin será o coordenador da transição de governo, anuncia Gleisi

“Vamos ter participação nessa comissão de todos os partidos que estiveram conosco nessa caminhada”, garantiu a presidenta do PT. Ela também irá integrar a coordenação da equipe a partir desta quinta (3)


@PT.ORG

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin será o coordenador da transição de governo, anunciou nesta terça-feira (1º), a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann. A petista informou ainda que estão sendo definidos outros nomes, escolhidos por área, para integrar a equipe que irá trabalhar na transição. Gleisi disse ainda que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) confirmou a determinação do presidente Jair Bolsonaro (PL)  para que seja iniciado o processo de transição.




Segundo Hoffmann, todos os partidos aliados da coligação Brasil da Esperança participarão dos trabalhos. “Vamos ter participação nessa comissão de todos os partidos que estiveram conosco nessa caminhada”, garantiu.


“Conversei  com o chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, e ele falou que está à disposição, que foi determinação do presidente de se instalar processo de transição, que eu poderia passar a ele os nomes para fazerem as nomeações”, disse Gleisi, mais cedo. “O Centro Cultural Banco do Brasil está à disposição também. Queremos, já a partir de quinta-feira, estar lá para montar a equipe”, explicou Gleisi.


A presidenta do partido destacou ainda que ela própria, além do presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, também farão parte da coordenação no processo de mudança no Executivo.


Auxílio de R$ 600

“Nós queremos que seja assegurado no orçamento de 2023 o contrato que nós fizemos nas eleições, aquilo que nós dissemos que iríamos realizar para o povo brasileiro”detalhou Gleisi. “Portanto, queremos que o Auxílio Brasil seja de R$ 600, queremos que tenha reajuste do salário, essas questões nós vamos discutir”, concluiu.

Da Redação, com informações do Estadão

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