Getting your Trinity Audio player ready...
Mostrando postagens com marcador Personalidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Personalidade. Mostrar todas as postagens

Morre a primeira-dama de Curitiba, Margarita Sansone




Morre a primeira-dama de Curitiba, Margarita Sansone


Faleceu nesta terça-feira (20/8) a primeira-dama de Curitiba, Margarita Pericás Sansone. Jornalista, escritora, fundadora e primeira presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Margarita estava internada em um hospital de Curitiba desde o início de agosto e faleceu em decorrência de um linfoma.


“Minha amada Margarita Pericás Sansone partiu hoje, deixando um vazio imenso em meu coração e na vida de todos que tiveram a bênção de conhecê-la. Margarita foi a luz que guiou meus passos, minha companheira incansável e a razão de muitos dos meus sorrisos”, disse o prefeito Rafael Greca. 


O velório da primeira-dama ocorre, nesta quarta-feira (21/8), a partir das 10 horas, no Memorial de Curitiba, seguido de missa, às 15 horas, no mesmo local. Na sequência será realizado o sepultamento no túmulo da família Bernardo Pericás Moya, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.


Em função do falecimento da primeira-dama de Curitiba, o prefeito Rafael Greca decretou luto oficial de três dias na capital. O Decreto 158/2024 foi publicado no Diário Oficial do Município no fim da tarde desta terça-feira (20/8).


O prefeito pede que, ao invés de coroas em homenagem à primeira-dama, sejam destinadas doações para o Fundo de Abastecimento Alimentar de Curitiba - FAAC (saiba mais) ou artigos para o Disque Solidariedade, através do telefone 156.


“Façam doações de alimentos ao Banco de Alimentos ou artigos ao Disque Solidariedade para que a bondade de Margarita continue a tocar vidas, como sempre fez. Seus gestos de amor e carinho foram incontáveis, e agora, seu espírito generoso viverá em cada lembrança que guardo dela”, salienta ele. 


Referência 

Margarita Sansone foi referência e pioneira em várias áreas, desde o social ao cultural, passando pelo Jornalismo, circulando com desenvoltura por onde passou. 


Nos últimos oito anos, ao lado do prefeito Rafael Greca, como primeira-dama de Curitiba, Margarita foi sempre um ponto de inspiração e de novas ideias para o prefeito.


Margarita deixou sua presença marcada pelo carisma e sensibilidade. Dedicou-se à poesia, à crônica e ao Jornalismo, mantendo uma coluna semanal em vários jornais de Curitiba durante vários anos. 


Era contemporânea e colega de artistas, intelectuais e jornalistas da capital, de renome nacional, como Paulo Leminski, Paulo Vítola, Adherbal Fortes de Sá Júnior, Mussa José Assis, Manoel Carlos Karam e Eddy Antônio Franciosi. Arquitetos como Rodolpho Doubek, Oscar Mueller e Júlio Pechmann também integravam seu círculo de amigos.


Poliglota, falava inglês, espanhol, francês, catalão e italiano (a língua de seus avós Bamonte Sansone).


Esteve ao lado e foi inspiração para o prefeito Rafael Greca em toda a trajetória política dele, como vereador, deputado estadual e deputado federal, secretário de Estado do Paraná e ministro de Estado do governo Fernando Henrique Cardoso, bem como nas três gestões de Greca como prefeito de Curitiba (1993-1996 / 2017-2020 / 2021-2024).


Muito devota, visitou 18 vezes o Santo Papa João Paulo II, no Palácio Apostólico do Vaticano, por quem o casal tinha profunda admiração. 


Trajetória

Margarita Elizabeth Pericás Sansone nasceu no dia 7 de junho de 1945, em Curitiba. Batizada na Catedral dedicada à Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, era filha de Margarita Fany Araceli Pericás Sansone e do médico Francisco Sansone. Na infância, se dividia entre a casa dos pais e dos avós, os catalães dona Paquita e o doutor Bernardo Pericás Moyá, atencioso médico e primeiro oftalmologista de Curitiba, que moravam na Rua XV, no Centro. 


Era prima do embaixador Bernardo Pericás, que fez importante carreira no Itamaraty.


De sorriso generoso, reflexo de sua grande alma, Margarita estudou na Escola Dona Lulú Seiler Veiga e no Colégio Nossa Senhora de Sion. 


Margarita graduou-se em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de Nancy (França) e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Também era bacharel em Economia formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e recebeu bolsa de estudos da Escola Dante Alighieri de Roma (Itália) para o curso de graduação em Literatura, História da Arte e Arqueologia.


Na juventude, Margarita conheceu o então acadêmico em Economia e Engenharia, Rafael Greca de Macedo, com quem viria a se casar em 1º de setembro de 1992. A cerimônia se deu na capela do Palácio Episcopal de Curitiba, residência do arcebispo Dom Pedro Fedalto, que foi padrinho do casamento, bem como na presença do cônego Aleixo de Souza. 


Ainda namorados, Margarita e Rafael Greca encamparam a causa do restauro da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, a partir de 1978, fundando a "Associação de Amigos da Igreja da Ordem Terceira dos Franciscanos" que, por mais de 30 anos, foi a unidade de ação social mais expressiva do Paraná. 


Em 1980, com apoio da Fundação Roberto Marinho, Margarita fundou e organizou o Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, o primeiro do Paraná, ao lado da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas.


Em 1988, como jornalista da Internacional Socialista, observou as primeiras eleições constitucionais no Paraguai.


Entre os livros que escreveu destacam-se a obra “O Dentro da Gente”, de versos com capa pintada por seu amigo Juarez Machado; "O Interior do Povo", poemas editados pela Editora Martins de São Paulo; "Fundação Cultural de Curitiba, na Fronteira do Novo Milênio"; e "Sergio Ferro, um artista brasileiro". 


Também assinou com o prefeito Rafael Greca as edições do livro “Curitiba – Luz dos Pinhais”, de resgate da história da capital paranaense, e foi responsável pelo posfácio da obra “Paranismo”, lançada em 2023 e que trata do movimento cultural regional que surgiu no começo do século XX, para valorização da identidade do Paraná.


Margarita ainda liderou várias campanhas de caridade durante as Festas da Ordem, evento criado por ela e Rafael Greca e realizado entre 1979 e 2009, tendo contemplado a cada ano com os recursos arrecadados uma entidade diferente, como Pequeno Cotolengo, Santa Casa de Misericórdia, Asilo São Vicente e albergue da Federação Espírita do Paraná, em um movimento ecumênico e de solidariedade sem precedentes na história de Curitiba. Um trabalho de caridade realizado ao lado de amigas como Fani Lerner, Dona Francisca Greca, Dona Terezinha Greca de Macedo, Lenita Camargo Izique, Marta Moro, a desembargadora Regina Helena Afonso de Oliveira Portes, Rosário Amaral, Marilu Stellfeld Cavalcanti de Albuquerque e a doutora Louise Gionédis.


Criação da FAS

De 1993 a 1996, na primeira gestão de Rafael Greca como prefeito de Curitiba, Margarita Sansone criou e presidiu a Fundação de Ação Social (FAS) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), órgãos responsáveis por uma administração pública solidária e inovadora, com uma grande rede de programas sociais, incluindo: Vale Vovó (benefício para idosos), Carrinheiro Cidadão, Fazenda Solidariedade (de apoio a pessoas em recuperação de dependência química), FAS Trabalho, Vilas de Ofícios, Liceus de Ofícios, FAS SOS, Educadores de Rua e a Pousada de Maria, primeira instituição do Brasil voltada ao acolhimento de mulheres em situação de risco social e vítimas de violência doméstica.


Ela implementou ainda o Vale Creche, a Linha Sopão e o Restaurante Curitibano (inaugurando o primeiro restaurante popular no Brasil com refeições pelo preço simbólico de R$ 1), embrião para os atuais pontos do programa Mesa Solidária, que oferece refeições gratuitas à população em situação de rua e risco social. 


E como entusiasta da inovação, inspirada no trabalho de engenharia de seu sogro, o professor Eurico Dacheux de Macedo, sempre buscou imprimir soluções diferenciadas em programas e iniciativas sob sua responsabilidade. Ela, inclusive, teve papel fundamental na criação do ecossistema de inovação do Vale do Pinhão, a partir de 2017, na segunda gestão do prefeito Rafael Greca. 


Ainda foi membro do conselho editorial da coleção "Farol do Saber" que, em 1993, passou a publicar títulos raros da bibliografia paranaense.


Seu intenso trabalho social obteve, na gestão Greca, reconhecimento com o "World Habitat Award, 1996", da Fundação de Habitação e Construção da Organização das Nações Unidas (ONU).


De 1993 a 1996, foi curadora das coleções de arte "300 anos de Curitiba" e, de 1999 a 2000 dos "500 Anos do Brasil", hoje uma expressiva coleção de arte da capital paranaense.


Em 1996, a convite da ONU, Margarita Sansone ao lado de ex-primeira-dama do Brasil, Ruth Cardoso, palestrou na Conferência Internacional do Habitat em Istambul intitulada "Cidadania e emancipação das mulheres".


Em 1996, Margarita ainda prestou consultoria sobre Ação Social ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


Em 1997, pelos destacados serviços oferecidos à comunidade, foi agraciada com o Prêmio Sesi 50 anos e o Prêmio Cultura da Câmara Municipal, intitulado "Vulto Emérito da Cidade".


De 1997 a 2000, presidiu a Fundação Cultural de Curitiba, apoiando as Bienais Internacionais de Imprensa e Fotografia e também promoveu e fundou o Museu da Fotografia da Cidade de Curitiba e o Museu Brasileiro da Gravura.


Criou e inaugurou, ao lado da amiga e atriz, Fernanda Montenegro, a Cinemateca de Curitiba, na Rua João Manuel esquina com Rua Presidente Carlos Cavalcante, onde são realizadas várias exibições de filmes, a Casa da Memória e o Teatro Cleon Jacques, hoje parte do Memorial Paranista, iniciativa da gestão Greca que também teve a influência de Margarita.


Recentemente inaugurou o Cine Passeio, também já na segunda gestão do prefeito Rafael Greca, em 2019, com o filme "A Grande Beleza".


Promoveu as turnês da Orquestra da Camerata Antiqua de Curitiba e da Orquestra de Câmara de Curitiba no Rio de Janeiro, São Paulo, Assunção, Roma, Florença, Copenhague e Porto Seguro, nesta última por ocasião das comemorações luso-brasileiras do aniversário de 500 anos do Brasil. 


Em 2024, foi responsável pela articulação da turnê da Camerata Antiqua em Buenos Aires, onde a orquestra se apresentou no Teatro Colón, o mais importante da América Latina, bem como o mais recente concerto em Assunção (Paraguai), este mês, coroando sua história como mecenas da cultura local e brasileira.


Criou e fundou o bem-sucedido programa "Rede Sol", de apresentações culturais para pessoas confinadas por motivos de saúde (hospitais), abandono (asilos e albergues) ou impedimento judicial (presídios). O programa é destaque na Fundação Cultural de Curitiba.


No Memorial de Curitiba fez a curadoria e promoveu a primeira exposição "Picasso em Curitiba". Outras exposições também foram idealizadas por Margarita, como "Victor Brecheret em Curitiba", "Fernanda Montenegro em Cena", "Calazans Neto" e "Isabel Pons", bem como conferências e performances de artistas consagrados como Jorge Wilheim, Paulo Autran, Eva Gillar, Eva Vilma, Carlos Heitor Cony, Fernanda Montenegro, Tônia Carrero, Gianfrancesco Guarnieri, entre outros.


Em 2002, recebeu a Medalha Giuseppe Garibaldi do governo Italiano por seu trabalho em prol da união Brasil-Itália.


Foi membro-fundadora da Sociedade de Amigos do Museu Oscar Niemeyer, inaugurado em 2003 com a exposição de pintura "Novecentos Sul-Americano", que contou com cerca de 900 obras de alguns dos maiores artistas italianos, brasileiros, argentinos e uruguaios. Mostra impecavelmente organizada pelo Instituto Cultural Italiano de São Paulo com colaboração do Governo do Paraná e do Consulado-Geral.


Apaixonada pela arte italiana, promoveu exposições artísticas como: "Pollicapelli Apresenta", com obras da coleção pessoal do artista italiano Nini Pollicapelli, que vive atualmente em Curitiba.


Foi apoiadora da jornada de design italiano, o Italian Design Day, e do Festival Mia Cara Curitiba, onde recentemente se apresentaram os violinistas Francesco D'Orazio e Domenico Nordio, e o pianista Giampaolo Nuti.


Participou do comitê organizador da visita anual dos Embaixadores da União Europeia 2019, em uma iniciativa conjunta do Consulado-Geral da Itália na capital e da Prefeitura de Curitiba.


Foi madrinha do programa Embaixadores do Futuro, da Secretaria de Educação de Curitiba, que oferece bolsas de estudo de língua italiana para crianças curitibanas, em colaboração com o Centro de Cultura Italiana de Curitiba.


Atualmente se dedicava a questões humanitárias, particularmente àquelas que defendem os direitos das mulheres e das pessoas vivendo em situação de vulnerabilidade social. 


Teve ainda importante papel nas ações de Curitiba para superar os desafios da pandemia da covid-19, sendo defensora e liderando a campanha da vacinação de Curitiba, que permitiu que mais de 5,7 milhões de curitibanos fossem imunizados com doses de vacina anticovid aplicadas desde 2020.


Como doar para o Fundo de Abastecimento Alimentar de Curitiba (FAAC):

Doações em recursos para o Fundo de Abastecimento Alimentar de Curitiba (FAAC) podem ser feitas para a conta: Banco do Brasil, Agencia 3793-1, Conta 12.685-3, CNPJ 76.417.005/0017- 43, depósito identificado.

Alain Delon, lenda da 7.ª arte, morre aos 88 anos

 Alain Delon, o ator francês aclamado internacionalmente que interpretou tanto criminosos como polícias e conquistou corações em todo o mundo, morreu aos 88 anos de idade, noticiaram os meios de comunicação social franceses.

  • Por EURONEWS 
  • De  Serge Duchêne
  • Publicado a 

“Alain Fabien, Anouchka, Anthony e (o seu cão) Loubo lamentam profundamente o falecimento do seu pai. Ele faleceu tranquilamente na sua casa em Douchy, rodeado pelos seus três filhos e pela sua família. (...) A família pede-vos que respeitem a sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso”, declararam os filhos em comunicado enviado à AFP.


Com a sua aparência sedutora e o seu jeito terno, este ator prolífico conseguiu combinar a dureza com uma qualidade sedutora e vulnerável que fez dele um dos protagonistas mais memoráveis de França.


Uma força constante no cinema francês e europeu desde os anos 60 até aos anos 80, Delon é mais conhecido pela sua personalidade de durão no ecrã em sucessos de bilheteira como Le Samouraï e Borsalino, mas também como um inveterado assassino de mulheres com um olho para o romance.


O seu estilo, aparência e papéis, que o tornaram um ícone internacional, granjearam-lhe uma popularidade duradoura. Delon foi também produtor, tendo sido protagonista de peças de teatro e, mais tarde, de filmes para televisão.


Romy Schneider e Alain Delon, recentemente noivos, sentam-se com amigos na Gala da Páscoa, a 30 de março de 1959, no Sporting Club do Mónaco.
Anonymous/AP1959


A partir da década de 1990, as suas aparições em filmes tornaram-se mais raras, mas continuou a ser uma presença constante nas colunas de celebridades, mais recentemente durante o “caso Hiromi Rollin”.


No final da sua vida, Delon ficou desiludido com a indústria cinematográfica, acreditando que o dinheiro tinha matado o sonho.


“O dinheiro, o comércio e a televisão destruíram a máquina do sonho”, escreveu em 2003 no jornal Le Nouvel Observateur. “O meu cinema está morto. E eu também”.


Mas continuou a trabalhar frequentemente, aparecendo em vários filmes para a televisão aos 70 anos.

No total, participou em mais de 90 filmes durante a sua carreira e ganhou prémios em festivais de prestígio ao longo da sua carreira.


Em 1985, ganhou o César de Melhor Ator pelo seu papel em Notre histoire. Ganhou também um Urso de Ouro Honorário em Berlim e a Palma de Ouro Honorária em Cannes, bem como a Légion d'honneur francesa.


A lista das suas notáveis aparições em frente à câmara parece um verdadeiro “Quem é Quem” da 7ª arte: Plein Soleil, Rocco et ses frères, Mélodie en sous-sol, Le Guépard, L'Insoumis, Le Samouraï, La Piscine, Le Clan des Siciliens, Le Cercle rouge, Borsalino, Un flic, Monsieur Klein ou Notre histoire.


Ao longo da sua carreira, Delon trabalhou com muitos realizadores famosos, incluindo Luchino Visconti, Jean-Luc Godard, Jean-Pierre Melville, Michelangelo Antonioni e Louis Malle.


A presença de Delon no ecrã é inesquecível, quer como herói moralmente depravado, quer como ator romântico. Foi aclamado pela primeira vez em 1960 com “Plein Soleil”, realizado por Réne Clément, no qual interpreta um assassino que tenta assumir a identidade das suas vítimas (ver trailer acima).


Realizou vários filmes italianos, nomeadamente com Visconti no filme de 1961 “Rocco and His Brothers”, em que Delon interpreta um irmão que se sacrifica para ajudar o seu irmão. O filme ganhou o Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza.


Em 1963, o filme de Visconti “Le Guépard”, protagonizado por Delon, ganhou a Palma de Ouro, a mais alta distinção do Festival de Cannes.


Os seus outros filmes incluem Paris brûle-t-il, de Clément, com um argumento de Gore Vidal e Francis Ford Coppola, entre outros; La Piscine, realizado por Jacques Deray; e The Assassination of Trotsky, de Joseph Losey, em 1972.


Em 1968, Delon começou a produzir filmes - 26 até 1990 - numa explosão frenética e auto-confiante que manteve durante toda a sua vida.


A auto-confiança de Delon era palpável na sua declaração à Femme em 1996: “Gosto de ser amado como me amo a mim próprio”. Esta declaração reflete a sua personalidade carismática no ecrã.


Delon continuou a cativar o público durante anos, ao mesmo tempo que atraía críticas por comentários considerados desatualizados. Em 2010, protagonizou “Un mari de trop” e regressou aos palcos em 2011 com “Une journée ordinaire”, ao lado da sua filha Anouchka.


Presidiu brevemente ao júri do concurso Miss França, mas abandonou o cargo em 2013 na sequência de um desacordo sobre declarações polémicas, nomeadamente sobre as mulheres, os direitos LGBTQIA+ e os migrantes.


Apesar destas controvérsias, recebeu uma Palma de Honra no Festival de Cinema de Cannes de 2019, uma decisão que suscitou mais debates.


Nascido a 8 de novembro de 1935 em Sceaux, a sul de Paris, Delon foi colocado numa família de acolhimento depois dos seus pais se terem separado aos 4 anos de idade. Frequentou depois um colégio interno católico.


Aos 17 anos, alistou-se na marinha e foi enviado para a Indochina. Quando regressou a França, em 1956, trabalhou em vários empregos, de empregado de mesa a porteiro num talho de Paris, antes de se dedicar à representação.


Em 1964, teve um filho, Anthony, com a sua mulher da altura, Nathalie Canovas, que contracenou com ele em “Le Samouraï”, de Jean-Pierre Melville, em 1967.


Teve mais dois filhos, Anouchka e Alain-Fabien, com outra companheira, Rosalie van Breemen, com quem produziu uma canção e um videoclip em 1987. É também considerado o pai de Ari Boulogne, filho da modelo e cantora alemã Nico, embora nunca tenha reconhecido publicamente a sua paternidade.


“Faço três coisas muito bem: o meu trabalho, as tretas e os filhos”, declarou numa entrevista ao L'Express, em 1995.



Alain Delon posa para os fotógrafos com a sua filha Anouchka enquanto chega à estreia do filme “Une vie cachée” no 72.º festival internacional de cinema, Cannes, 19.05.2019.
Vianney Le Caer/2019 Invision


Delon teve várias atividades ao longo da sua vida, desde a criação de um estábulo de cavalos de trote até ao desenvolvimento de uma água de colónia para homens e mulheres, bem como de relógios, óculos e outros acessórios. Também colecionou quadros, esculturas e armas.


Delon anunciou o fim da sua carreira de ator em 1999, mas continuou a atuar em “Les Acteurs”, de Bertrand Blier, nesse mesmo ano. Mais tarde, participou em várias séries policiais na televisão. Em 2022, no último filme que realizou antes de se reformar, contracenou com Juliette Binoche em “La maison vide”, realizado por Patrice Leconte.


A sua boa aparência ajudou-o. Em agosto de 2002, Delon disse ao semanário L'Humanité Hebdo que não estaria ainda no ativo se não fosse assim.


“Nunca me vão ver velho e feio”, disse quando se aproximava dos 70 anos, ‘porque vou-me embora antes disso, ou morro’.


No entanto, foi em 2019 que Delon resumiu os seus sentimentos sobre o significado da sua vida numa gala realizada em sua honra no Festival de Cinema de Cannes. “Mas há uma coisa no mundo de que tenho a certeza, de que me orgulho, de facto, apenas uma, que é a minha carreira”.


Entenda a cerimônia judaica de enterro de Silvio Santos

 Apresentador morreu na no sábado e foi enterrado neste domingo


Apresentador Silvio Santos. Foto: Alan Santos/PR© Alan Santos/PR


Agência Brasil

O sepultamento do corpo de Silvio Santos, ocorrido neste domingo (18), foi realizado de acordo com as tradições judaicas. Filho de imigrantes judeus que chegaram ao Brasil no início do século 20, o apresentador nasceu no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, em 1930.


Fundamentadas na Torá, livro sagrado da religião judaica, as regras determinam uma série de ritos que devem ser cumpridos pelos familiares desde o momento do falecimento até a cerimônia fúnebre.


De acordo com a Congregação Israelita Paulista (CIP), o ritual começa após os parentes comunicarem o Cemitério Israelita do Butantã, onde Silvio foi enterrado, sobre a morte do familiar.


Cabe ao Chevra Kadisha, grupo formado por homens e mulheres ligados ao cemitério, realizar os preparativos religiosos, civis e legais do sepultamento.


A primeira medida a ser tomada é cobrir o corpo para não ser deixado à vista. Pela tradição, deixar o falecido à mostra demonstra falta de respeito à imagem da pessoa em vida.


O mesmo motivo é levado em conta para não abrir o caixão durante o velório, que não é público e se restringe a familiares e amigos.


Preparação

Em seguida, o corpo deve ser lavado e envolvido em uma mortalha branca. A medida significa purificação, humildade e pureza.


Os olhos devem ser fechados. Para os judeus, o falecido se encontra com Deus ao morrer. Dessa forma, o ato simboliza deixar de observar as coisas mundanas e passar a enxergar a paz do mundo espiritual.


O sepultamento deve ocorrer no mesmo dia da morte. Se o falecimento ocorrer no sábado, dia de descanso para os judeus e no qual os enterros são proibidos, deverá ser no dia seguinte, como ocorreu com Silvio Santos. O apresentador morreu na madrugada de sábado (17) e foi enterrado na manhã deste domingo.


A cremação é proibida. A religião entende que a decomposição do corpo deve ocorrer naturalmente.


Enterro

A cerimônia de sepultamento é feita sem ornamentação de flores no local e no caixão porque todos devem ser tratados de forma igual durante a morte. Além disso, os judeus entendem que a ostentação serve para cultuar os mortos.


Durante o enterro, são cantados hinos de louvor a Deus e de pedidos de paz no mundo. Os parentes mais próximos jogam punhados de terra no caixão antes do término da cerimônia.


Ao deixar o cemitério, os familiares devem lavar as mãos para simbolizar que a vida é mais forte do que a morte. Em sinal de manutenção dos laços com o parente, as mãos devem secar naturalmente, sendo proibido o uso de toalha.


Silvio Santos morreu às 4h50 deste sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e tinha 93 anos.

Lula: Silvio Santos era homem de bem, que fez muita gente feliz

 Presidente comentou morte do apresentador, em entrevista em Brasília


16.08.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante visita a sala de situação que monitora aplicação do CNU em todo o país. Foto: Ricardo Stuckert/PR© Ricardo Stuckert/PR


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (18) que o apresentador Silvio Santos fez muita gente feliz. Ao visitar a sala de situação montada em Brasília para monitorar a aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), ele comentou a morte do apresentador do SBT. 


Lula disse que ouvia os programas de rádio de Silvio e também passava horas em frente à televisão para assistir aos programas do apresentador. 


“Silvio Santos, o que importa é que você fez muita gente feliz com sua passagem pelo planeta. Que você viva muito mais e muito melhor onde você está agora”, acrescentou. 


Lula também afirmou que Silvio era homem de bem, de caráter respeitoso, e que tem boas lembranças dele. 


“Há pessoas que não morrem. Eu penso que ele não morreu, foi fazer uma viagem. Como acredito em outro mundo, melhor e mais justo, acho que o Silvio Santos deve estar direcionado nesse novo mundo.  As pessoas que a gente admira, que a gente gosta, não morrem, elas ficam no pensamento da gente”, completou.O corpo do apresentador Silvio Santos foi sepultado na manhã deste domingo (18) no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo. A cerimônia foi restrita a amigos e familiares.


O apresentador e empresário morreu às 4h50 desse sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia, após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e tinha 93 anos. 

Corpo de Silvio Santos é sepultado em cemitério judaico de SP

 Enterro discreto foi um pedido do apresentador à família



  • FILE PHOTO: Brazil's most famous TV personality and host of various game shows Silvio Santos waves to the crowd from atop his float for the 'Tradicao' samba school during a late-evening parade at the Sambadrome stadium in Rio de Janeiro February 25, 2001. Reuters/Paulo Whitaker/Proibida reprodução

Agência Brasil

O corpo do apresentador Silvio Santos foi sepultado na manhã deste domingo (18) no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo. A cerimônia foi restrita a amigos e familiares.


Em razão das tradições judaicas, não houve velório público. O pedido de privacidade também foi reforçado em vida pelo apresentador, que é filho de imigrantes judeus.


Segundo a família de Silvio, ainda em vida, o apresentador afirmou que não queria ter sua imagem explorada após a morte.


“Ele pediu para que, assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer”, disseram familiares, em nota.


O apresentador e empresário morreu às 4h50 deste sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.


Silvio Santos deixa a esposa Íris, duas filhas do primeiro casamento e quatro filhas do segundo casamento, além de netos e bisnetos.

Inovação era uma das marcas de Silvio Santos, lembra jornalista

 Albino Castro trabalhou por 12 anos com o dono do SBT

Apresentador Silvio Santos. Foto: Alan Santos/PR© Alan Santos/PR

Agência Brasil

O apresentador de televisão e empresário Silvio Santos, que morreu na madrugada deste sábado (17), em São Paulo, foi responsável por inovações no jornalismo brasileiro. Filiado ao Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro desde os anos 50, ele ajudou a criar o primeiro telejornal no país com a presença de um âncora – jornalista que, além de apresentar o jornal, comenta e analisa as notícias.     


“Ele nos ajudou a criar o primeiro jornal ancorado. Ele nos ajudou a fazer o primeiro jornal apresentado por um âncora no Brasil, que foi o Telejornal Brasil, o TJ Brasil, com Boris Casoy”, conta o jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Albino Castro, que trabalhou com Silvio Santos no SBT por 12 anos.


Albino lembra que o apresentador e empresário ainda participou da criação do primeiro telejornal com uma mulher como âncora, a jornalista Lillian Witte Fibe, no Jornal do SBT, e do programa policial Aqui Agora.


“O Aqui Agora era um produto jornalístico idealizado por ele e que nós tocamos com a ajuda dele e com a orientação dele. O Silvio Santos era jornalista, sindicalizado no Rio desde 1954, e tinha uma visão jornalística muito interessante, porque era uma visão misturada com linha de show. Ele concebia o jornalismo também como alguma coisa espetacular, extraordinária”, destaca Albino.


Inovação

Ele recorda ainda que o apresentador mudou inclusive a forma como o telejornal era montado, baseado nos jornais impressos, dividido em seções ou editorias.


“Ele dizia que fazíamos um roteiro muito igual ao jornal impresso. [Ele dizia que] você pode misturar todas as notícias, como a capa do jornal, não precisa fazer a seção de esporte, a seção internacional, a seção de economia. E aí você vê que é uma coisa que foi implantada por nós no SBT e que depois ganhou espaço em todas as emissoras. E hoje, o Jornal Nacional e todos os demais jornais são feitos assim”, enfatiza. 


O apresentador e empresário morreu às 4h50 deste sábado, na capital paulista, em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein. Silvio Santos deixa a esposa Íris, duas filhas do primeiro casamento e quatro filhas do segundo casamento, além de netos e bisnetos.

A pedido de Silvio Santos, família não fará velório

 Haverá cerimônia judaica antes do sepultamento



FILE PHOTO: Brazil's most famous TV personality and host of various game shows Silvio Santos waves to the crowd from atop his float for the 'Tradicao' samba school during a late-evening parade at the Sambadrome stadium in Rio de Janeiro February 25, 2001. Reuters/Gregg Newton/Proibida reprodução

© Agência Brasil

A família de Silvio Santos, que morreu na madrugada deste sábado (17) na capital paulista, não irá realizar  velório, um pedido feito em vida pelo apresentador de TV e empresário.


Em comunicado, familiares disseram que o corpo de Silvio Santos será levado diretamente para o cemitério, onde será feita uma cerimônia judaica.  Senor Abravanel – seu nome de batismo – era filho de imigrantes judeus. 


Celebrado em vida

“Ele pediu para que, assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele.  E assim vamos fazer”, disseram familiares. 


O apresentador e empresário morreu às 4h50 deste sábado em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Silvio Santos deixa a esposa Íris, duas filhas do primeiro casamento e quatro filhas do segundo casamento, além de netos e bisnetos.

Políticos e personalidades lamentam a morte de Silvio Santos

 Para Lula, ele foi a maior personalidade da história da TV



FILE PHOTO: Brazil's most famous TV personality and host of various game shows Silvio Santos waves to the crowd from atop his float for the 'Tradicao' samba school during a late-evening parade at the Sambadrome stadium in Rio de Janeiro February 25, 2001. Reuters/Paulo Whitaker/Proibida reprodução

©Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do empresário e apresentador Silvio Santos, neste sábado (17), aos 93 anos, em São Paulo. Em publicação nas redes sociais, Lula afirmou que Silvio foi “a maior personalidade da história da televisão brasileira e um dos grandes comunicadores do país”.



Nascido no Rio de Janeiro em 1930, Senor Abravanel, seu nome de batismo, passou de um jovem vendedor ambulante a empresário de sucesso em vários setores e fundador de uma das maiores empresas de mídia do país, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). “Mas será sempre lembrado como Silvio Santos, o rosto e a voz dos domingos de milhões de brasileiros e brasileiras, querido pelas suas ‘colegas de trabalho’, como carinhosamente chamava as telespectadoras”, escreveu Lula, em referência ao programa apresentado por Silvio.


“Com seu talento e carisma lançou e deu apoio a muitos talentos da televisão, do humor e do jornalismo. Era uma das pessoas mais conhecidas e queridas do nosso país. Ao longo dos anos, nos encontramos em programas de TV, reuniões e conversas, sempre com respeito e carinho. A sua partida deixa um vazio na televisão dos brasileiros e marca o fim de uma era na comunicação do país”, acrescentou o presidente, manifestando suas condolências à família, amigos, funcionários e fãs.


O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil “não perdeu apenas um de seus maiores comunicadores, mas ‘alguém de casa’”. “Quando ligávamos a televisão ele estava sempre lá, como se fosse parte de nossas famílias”, escreveu nas redes sociais. “Com uma voz inconfundível, uma simplicidade cativante e um microfone na lapela, Silvio Santos trouxe alegria para milhões de lares brasileiros. Ao longo das décadas, pudemos testemunhar o fascínio da plateia com sua presença”, lembrou.


O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, também manifestou pesar pelo falecimento do “nome maior da televisão brasileira”. “A magnitude alcançada pelo carisma, pela versatilidade e pelo talento de Silvio Santos o tornou imprescindível como um dos maiores comunicadores do entretenimento do nosso país”, escreveu, em nota.


Já o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou que Silvio tem uma história de sucesso empresarial que sempre será exemplo. “Deixa marca eterna na comunicação por sua conexão única com o público e que atravessou gerações”, escreveu nas redes sociais.


Silvio Santos estava internado na capital paulista desde o início de agosto. Em nota, o Hospital Israelita Albert Einstein confirmou a morte em decorrência de broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).


O governo de São Paulo decretou luto oficial de sete dias e, em manifestação de pesar, lembrou que o carioca Senor Abravanel escolheu São Paulo para viver desde os anos 1950. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou a partida “do maior comunicador da história do nosso país”.


“Ser humano querido e profissional tão admirado, Senor Abravanel foi exemplo de vitória e superação e Silvio Santos referencial de carisma e humildade e sinônimo de alegria para os brasileiros que acompanharam seu sorriso na tela do SBT por tantos anos. À família Abravanel, o meu carinho e abraço. O legado de Silvio Santos vai perdurar e sua voz e brilho serão eternos em nossas memórias”, escreveu nas redes sociais.


Artes

A escritora Glória Perez lembrou que “teve o privilégio” de ter Silvio Santos atuando em uma de suas novelas - Carmem, de 1987 - quando uma personagem da trama foi arranjar namorado em outro programa famoso do apresentador, o Namoro na TV. “Silvio Santos é único - no carisma, na alegria, na maestria de comandar um auditório e lidar com crianças”, destacou Glória.


“Nossos domingos nunca mais serão os mesmos. Descanse em paz, Silvio Santos”, escreveu o cantor Gilberto Gil.


A apresentadora Angélica também homenageou o comunicador, lembrando do início da sua carreira no SBT. “Silvio Santos acreditou em mim e me incentivou a ser mais do que apenas uma apresentadora de TV, mas uma verdadeira comunicadora. Ele abriu portas, me deu oportunidades e, por isso, serei eternamente grata. Seu legado viverá para sempre, não só na televisão, mas no coração de todos que tiveram o privilégio de aprender com ele. Obrigada por tudo, Silvio”, escreveu nas redes sociais.


Para a atriz e apresentadora Maisa Silva, “nem nos seus melhores sonhos”, poderia imaginar que “um dos maiores comunicadores da história da nação”, seria seu patrão. “O Silvio deu asas pro meu sonho, que era apresentar um programa de TV. ‘Mas uma criança de 5 anos? Apresentar programa ao vivo? Fazer merchan lendo TP?’ Pra ele, nada disso era impossível. Até poderia ser incomum, mas o Silvio gostava disso. Ele enxergava coisas que as outras pessoas não viam. E sendo nosso patrão, muitas vezes não tinha medo de colocar esses planos em execução”, publicou, manifestando gratidão pelas lições que recebeu.


Apresentador do programa Domingo Legal, do SBT, Celso Portiolli, afirmou que Silvio é uma lenda que deixa um legado eterno. “Fui abençoado em ter tido a oportunidade de aprender e crescer ao lado desse gênio da comunicação, que não só me deu uma chance, mas também me ensinou a sonhar grande. Minha gratidão será eterna, assim como seu impacto em cada lar brasileiro. Aos familiares, amigos e milhões de fãs que, assim como eu, se sentem órfãos neste momento, deixo meus mais profundos sentimentos. Descanse em paz, Silvio Santos. Você é e sempre será o maior”, escreveu.


O grupo Globo, principal concorrente do SBT, também prestou homenagens a Silvio em sua programação e nas redes sociais. Antes de fundar o SBT, o apresentador trabalhou por dez anos na emissora de Roberto Marinho.



“O Brasil se despede hoje com tristeza de um apaixonado pela comunicação e um dos seus maiores expoentes. Agradecemos ao Silvio tudo que fez pela televisão brasileira e enviamos nosso carinho à família, aos amigos, aos colaboradores e aos fãs”, diz a manifestação da empresa nas redes sociais. “Não dá pra falar da história da televisão brasileira sem lembrar do Silvio Santos. Obrigado por tanto, Silvio! Os domingos serão sempre seus”, destacou o perfil da plataforma Globoplay.


O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jean Lima, afirmou que a história e o legado de Silvio serão sempre lembrados. “Sílvio Santos escreveu um dos mais importantes capítulos da história da televisão brasileira. Que todo o seu trabalho sirva de exemplo para muitas gerações”, destacou, em nota.


Clubes

Ao longo de sua carreira, o comunicador também cantou marchinhas de Carnaval, umas delas em homenagem ao time de futebol Corinthians, com o nome "Coração Corinthiano". Diversos clubes, de vários estados do país, manifestaram seu pesar pela morte de Silvio.


“Um dos maiores apresentadores da história do Brasil, Silvio Santos comandou os domingos do SBT por muitas décadas. Sempre irreverente, Silvio nunca escondeu sua paixão pelo Timão. Doutor, eu não me engano, meu coração é corinthiano”, diz publicação do Corinthians nas redes sociais.


“Tricolor de coração, Silvio Santos era fã e exaltava a equipe multicampeã do Fluminense do fim dos anos 1930 ao início dos anos 1940. Tinha como ídolos de infância no futebol Tim, Hércules, Romeu, Russo, Rongo e outros, que formavam o seu time de botão”, escreveu o Fluminense.

Silvio Santos morreu de broncopneumonia após infecção por Influenza

 Empresário e apresentador de TV faleceu às 4h50 deste sábado


FILE PHOTO: Brazilian media mogul Silvio Santos embraces his daughter Patricia Abravanel during a press conference in front of their house in Sao Paulo, August 28, 2001.   Reuters/PW/HK/Proibida reprodução

Agência Brasil

O empresário e apresentador de TV Silvio Santos morreu às 4h50 deste sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). As informações são do boletim médico do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, onde ele estava internado. 


“O Hospital Israelita Albert Einstein confirma com pesar o falecimento de Senor Abravanel, o Silvio Santos, aos 93 anos, no dia de hoje, 17 de agosto de 2024, às 4h50, em decorrência de broncopneumonia após infecção. O Hospital Israelita Albert Einstein se solidariza com a família e todos que sofrem com a perda”.


Os médicos que assinam o boletim são os geriatras Gabriel Truppel Constantino e Victor José Dornelas Melo, o cirurgião José Curado, e o diretor médico do hospital Miguel Cendoroglo Neto.


Nascido no Rio de Janeiro, em 1930, Silvio Santos deixa seis filhas e esposa. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório.

Silvio Santos morre em São Paulo aos 93 anos

 Ele estava internado em um hospital particular na capital paulista


Apresentador Silvio Santos. Foto: Alan Santos/PR© Alan Santos/PR

Agência Brasil

Morreu neste sábado (17) o empresário e apresentador Silvio Santos. Ele tinha 93 anos. Estava internado na capital paulista desde o início de agosto. A informação foi confirmada pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), emissora da qual ele era proprietário.


A família do apresentador lamentou a morte em uma publicação nas redes sociais. “Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos. Ele viveu 93 anos para levar felicidade e amor a todos os brasileiros. A família é muito grata ao Brasil pelos mais de 65 anos de convivência com muita alegria”,  afirmou.


Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório.


Das ruas para o rádio

Conhecido como o homem do Baú da Felicidade, Silvio Santos nasceu na Lapa, no Rio de Janeiro, em 1930. Senor Abravanel - seu nome de batismo - era filho de imigrantes judeus e tinha cinco irmãos. Dono de uma voz e risada marcantes, a história dele se confunde, desde os anos 60, com a da própria televisão no Brasil.


Aos 14 anos, começou a trabalhar como camelô, no centro do Rio. Pego por um fiscal da prefeitura, que enxergou talento no vendedor, Abravanel foi levado pela primeira vez para fazer teste numa rádio. Começava aí a carreira do comunicador.


Televisão

O empresário iniciou sua carreira, nos veículos de comunicação, como locutor na Rádio Nacional de São Paulo na década de 1950, na mesma época em que assumiu a empresa Baú da Felicidade, do amigo Manuel de Nóbrega. Na década seguinte, passou a apresentar programas televisivos na antiga TV Paulista, que foi adquirida posteriormente pela TV Globo. Seus primeiros passos na televisão foram no programa “Vamos brincar de forca”.


Na década de 1960 tem início o programa com seu nome na TV Globo, o Programa Silvio Santos, que inicialmente era exibido apenas para a praça de São Paulo. A atração só passaria a ser transmitida em rede nacional em 1969. O programa tinha oito horas de duração e tornou o apresentador uma das estrelas da TV brasileira.


Em 1975, uniu de vez as carreiras de apresentador e de empresário. O então presidente da República Ernesto Geisel assinou a outorga de um canal de TV no Rio de Janeiro, embrião para a fundação, em 1981, do SBT.


No SBT, apresentou programas que fizeram história na televisão brasileira, como Show de Calouros, Porta da Esperança e Topa Tudo por Dinheiro. Silvio passava várias horas no ar todos os domingos, recebendo pessoas comuns que participavam de gincanas variadas, geralmente em troca de pagamento em dinheiro.


Mesmo a plateia poderia sair com um dinheiro a mais no bolso. Bastava pegar um dos inúmeros aviõezinhos feitos com cédulas e jogados pelo apresentador, uma das suas marcas registradas ao longo de décadas.


Política, homenagem e polêmicas

Em 1989, Silvio Santos tentou concorrer à presidência da República, na primeira eleição direta após a ditadura, mas sua candidatura foi questionada pelos demais partidos e não foi aceita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As eleições acabaram sendo vencidas por Fernando Collor.


Em 2001, viveu um ano conturbado e de extrema exposição pública. Foi homenageado pela escola de samba Tradição, no carnaval carioca e, em agosto, viveu o sequestro da filha Patrícia e, na sequência, o dele próprio, que só terminou com a presença do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.


Em 2010, enfrentou um rombo bilionário nas contas do Banco Panamericano, uma de suas empresas, que acabou tendo o controle vendido para o BTG.


Comunicador de talento e carisma inquestionáveis, Silvio Santos também se envolveu em polêmicas ao longo da carreira, desde o lobby junto aos generais da ditadura para conseguir as concessões dos canais de TV, até declarações discriminatórias nos últimos anos, em seu programa de auditório.


Silvio santos deixa a esposa Íris, duas filhas do primeiro casamento, quatro filhas do segundo casamento, além de netos e bisnetos.

Brasileiros em Paris: três ouros e quase recorde no número de pódios

 Delegação nacional encerrou participação na Olimpíada neste sábado


Norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles reverenciam Rebeca Andrade no pódio após brasileira conquistar medalha de ouro no solo na Olimpíada Paris 2024. 05/08/2024 REUTERS/Hannah Mckay. © REUTERS/Hannah Mckay/Proibida reprodução

© Agência Brasil

Com a prata no futebol feminino e o bronze no vôlei feminino, o Brasil encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris neste sábado (10). Embora ainda haja medalhas a serem definidas no domingo (11), último dia da Olimpíada, nenhuma delas tem brasileiros na disputa. Com isso, já se sabe a quantidade oficial de pódios brasileiros em 2024. Foram 20 no total: três ouros, sete pratas e dez bronzes. O país se despede sem registrar o melhor desempenho em boa parte dos critérios, embora tenha se aproximado em alguns casos.



O desempenho em Tóquio-2020 seguirá, pelo menos por mais quatro anos, como o parâmetro a ser batido. No Japão, tivemos a maior quantidade de ouros (sete, empatado com os Jogos do Rio, em 2016), o maior total de medalhas (21), a melhor posição no quadro geral (12º), assim como o maior número de modalidades diferentes subindo ao pódio (13).


A principal queda na performance em Paris está no número de ouros. Além de Rio e Tóquio, o desempenho em Atenas, quando o Brasil conquistou cinco primeiros lugares, também foi superior. Neste critério, o resultado é igual a Atlanta (1996), Pequim (2008) e Londres (2012), todas com três ouros. De 1996 para cá, apenas em Sydney, em 2000, o país teve menos ouros. Naquela edição, na realidade, o Brasil não subiu ao lugar mais alto nenhuma vez.


No número total de medalhas, no entanto, Paris fica atrás apenas de Tóquio. Agora são duas edições consecutivas na casa dos 20 pódios.


Ainda é preciso esperar o fim dos Jogos para saber em que posição o país termina no quadro de medalhas. Porém, já se sabe que serão onze as modalidades medalhistas, atrás de Tóquio e Rio (em casa, doze esportes medalharam). No final das contas, nenhuma modalidade estreou como medalhista para o Brasil em Paris.



A Olimpíada de Paris chegará ao fim neste domingo (11), com a cerimônia de encerramento, prevista para começar às 16h (horário de Brasília). no Stade de France. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que a dupla Duda e Ana Patrícia, campeãs olímpicas no vôlei de praia, ficará responsável por carregar a bandeira do país no evento.


Morre economista Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos

 Nascida em Portugal, se dedicou a lutar por uma sociedade mais justa



Rio de Janeiro - A economista Maria da Conceição Tavares esteve no ato com lideranças femininas de movimentos sociais e sindicais defendo o governo da presidenta Dilma Rousseff . 
(Fernando Frazão/Agência Brasil)© Fernando Frazão/Agência Brasil

@agência Brasil

Referência do pensamento econômico desenvolvimentista, a economista Maria da Conceição Tavares morreu neste sábado aos 94 anos, em Nova Friburgo, onde morava com a família. A causa da morte não foi divulgada. Ela deixa dois filhos, Laura e Bruno, dois netos, Ivan e Leon, e o bisneto Théo.


A economista se notabilizou pela defesa de uma sociedade mais justa e solidária e formou diversas gerações de economistas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade de Campinas (Unicamp), incluindo nomes como a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-senador José Serra, entre muitos outros.

Nascida em 1930 em Anadia, no distrito de Aveiro, em Portugal, ela migrou para o Brasil em meio à ditadura salazarista, em 1954, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Naturalizou-se brasileira em 1957 e, em terras brasileiras, desenvolveu uma extensa carreira como economista, sendo influenciada pelo pensamento de Celso Furtado, Caio Prado Jr. e Ignácio Rangel.

No X, o presidente Luis Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Maria da Conceição Tavares. 
“Tive o prazer e a honra de conviver e conversar muito com minha amiga ao longo dos anos, debatendo o Brasil e os nossos desafios sociais e econômicos no Instituto Cidadania, em conversas no Rio de Janeiro ou em viagens pelo Brasil. Nesse momento de despedida, meus sentimentos aos familiares, em especial aos filhos, aos muitos amigos, alunos e admiradores de Maria da Conceição Tavares”, acrescentou Lula.

Maria da Conceição chegou a participar da elaboração do plano de metas do governo Juscelino Kubitschek e se destacou nos estudos sobre substituição das importações, tendo trabalhado na Comissão Econômica para América Latina (Cepal).

Publicou centenas de artigos e dezenas de livros, dentre os quais textos clássicos e considerados obrigatórios nos cursos de economia, como o famoso “Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil - Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro”, obra publicada em 1972. Ganhou o Prêmio Jabuti 1998, na categoria economia.

Nos últimos anos, ganhou fama entre jovens nas redes sociais, com o compartilhamento de vídeos de entrevistas e aulas em que faz discursos enérgicos, em seu estilo franco e despudorado, sobre o processo de industrialização nacional. Ela criticava, por exemplo, a política econômica do regime militar no Brasil. Chegou a ser presa por agentes da ditadura, por 48 horas, em 1974.

Teve grande influência sobre a elaboração do Plano Cruzado, no governo de José Sarney, e chegou a se emocionar durante entrevista em rede nacional de TV ao dizer que o plano foi o primeiro programa anti-inflacionário a não prejudicar o trabalhador.

Sempre buscou se posicionar, distanciando-se da neutralidade. Foi uma das principais conselheiras econômicas do PMDB no período pré-redemocratização, sob a liderança de Ulysses Guimarães. Após a morte deste, filiou-se ao PT, partido pelo qual se elegeu deputada federal (1995-1999).   

Neste ano, ela foi homenageada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde trabalhou, no contexto do Dia Internacional da Mulher. “Ela foi muito importante para minha geração, para a luta pela democracia, para a discussão de um projeto nacional de desenvolvimento”, disse o presidente do banco público, Aloizio Mercadante, na ocasião.

Zonta recebe homenagem pelos 50 anos do Condor


Pedro Joanir Zonta, Tico Kuzma e o prefeito Rafael Greca 


O fundador e presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta, esteve nesta segunda-feira (29) no gabinete do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, para receber o “Voto de Congratulações e Aplausos” pelos 50 anos da rede. A homenagem foi uma proposição do vereador Tico Kuzma, que também esteve presente na entrega.


Nascido em Curitiba, em 1974, o Condor chega a meio século de existência com uma trajetória marcada por grandes conquistas. “Receber esta homenagem de Curitiba me deixa muito feliz e grato, pois aqui foi o berço da nossa empresa, que hoje já expandiu para 20 cidades do Paraná e Santa Catarina”, afirma Zonta.


A história do Condor iniciou em um mercado de 110m² e cinco funcionários no bairro Pinheirinho. Hoje, possui 56 lojas e quase 14 mil colaboradores, que garantem o atendimento a mais de 60 milhões de clientes por ano.


Greca ressaltou o orgulho que a rede representa para Curitiba e destacou a transformação notável de um pequeno armazém em uma empresa de grande porte. “Eu tenho o prazer de receber o nosso estimado amigo curitibano Joanir Zonta, que foi agraciado pela Câmara Municipal de Curitiba, através do vereador Tico Kuzma, nosso líder naquele plenário, com a menção honrosa pelos 50 anos de funcionamento dos supermercados Condor, que remonta a 1974”, expressou o prefeito.


Para o vereador proponente, Tico Kuzma, a homenagem é um reconhecimento ao Grupo Condor e a todos os seus colaboradores, por toda história de sucesso da rede, que é liderada pelo seu fundador Joanir Zonta. Nosso agradecimento pela parceria com a cidade de Curitiba em diversos projetos, além da geração de empregos e oportunidades aos curitibanos. O Condor é orgulho de Curitiba”, destaca Kuzma.


*WBC COMUNICAÇÃO

©1999 | 2024 Jornal de Curitiba Network BrasilI ™
Uma publicação da Editora MR. Direitos reservados.