Neste histórico domingo (9/6), o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, fez aquilo que parecia impossível, que muitos prometeram, mas nunca cumpriram e o que os curitibanos aguardavam há quase 17 anos: as 12 faixas para veículos do trecho final da Linha Verde Norte (Lote 4.1) foram liberadas ao tráfego, nos dois sentidos, assim como a nova trincheira e os 3 viadutos construídos na região do antigo Trevo do Atuba, desfazendo o maior nó viário da cidade.
Vista aérea da Linha Verde Norte no trevo do Atuba que teve o tráfego liberado hoje. - Curitiba, 09/06/2024. Foto: Daniel Castellano/SMCS
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As obras ampliaram o grande corredor de transporte que agora conecta Curitiba de Norte a Sul, desde o Pinheirinho ao Atuba. A cerimônia de entrega das obras viárias do lote – o trecho final da Linha Verde – foi cercada de forte emoção e muitos simbolismos, pois a execução dos trabalhos foi um dos principais compromissos do plano de governo do prefeito Rafael Greca e exigiu a superação de muitos desafios.
Desde 2017, a gestão liderada pela determinação do prefeito não mediu esforços para viabilizar o trecho norte da Linha Verde que agora, com as pistas de veículos liberadas, torna-se a maior avenida da cidade. Cercado por centenas de pessoas, a maioria da comunidade local, Greca esteve acompanhado do vice-prefeito, Eduardo Pimentel, e da primeira-dama, Margarita Sansone, que na ocasião foi homenageada pelo seu aniversário, festejado em 7 de junho.
"Obra colossal a altura da grandeza da cidade. Eis a Linha Verde pronta para vocês usarem com saúde e com respeito à vida, sem correr de mais, prestando a atenção no trânsito, desde São Paulo até o Rio Grande do Sul. Nos dias que fazemos o bem, existimos. Nos outros, nós duramos. Existimos nós, eu e o Eduardo Pimentel, pelo bem que realizamos hoje neste lugar. Não existe mais o Trevo do Atuba. Agora, há um complexo de viadutos, uma trincheira e a liberação à fluidez do trânsito", afirmou Greca.
O prefeito destacou ainda que, uma obra que trancava a cidade e que ficou quatro anos parada, agora está sendo entregue a todos os curitibanos.
Prefeito Rafael Greca, com a primeira-dama Margarita Sansone, o vice-prefeito Eduardo Pimentel, e demais autoridades, entregam a Linha Verde Norte no trevo do Atuba. - Curitiba, 09/06/2024. Foto: Daniel Castellano/SMCS
"Como eu sempre dizia para aqueles que não conseguiram entregar essas obras da Linha Verde ou que duvidavam deste momento: se fica difícil para vocês, deixa que eu faço! E eu fiz! E logo chegarão os Ligeirões", acrescentou Greca.
A participação da Banda Lyra Curitibana tornou o momento ainda mais especial, com o Parabéns para você e o hino da cidade.
Outro momento que emociou a todos foi a abertura das pistas e faixas para o tráfego de veículos, logo após a entrega pelo prefeito Rafael Greca: um comboio de caminhões, conduzidos pelos operários que atuaram na obra, abriu o caminho para o trânsito, com direito a um animado buzinaço.
Instantes antes do evento, durante entrevista aos jornalistas, a primeira-dama Margarita Sansone, emocionada, falou sobre a importância da entrega na Linha Verde.
"A obra da Linha Verde está ai para todos verem e usufruírem o benefício que ela promove", disse Margarita.
O vice-prefeito Eduardo Pimentel, que foi secretário de Obras Públicas, lembrou que a obra da Linha Verde neste trecho era esperada há anos.
Prefeito Rafael Greca, com a primeira-dama Margarita Sansone, o vice-prefeito Eduardo Pimentel, e demais autoridades, entregam a Linha Verde Norte no trevo do Atuba. - Curitiba, 09/06/2024. Foto: Daniel Castellano/SMCS
“Esta é uma obra metropolitana que ajuda Curitiba e a Região Metropolitana Norte. Nossa administração foi marcada por desatar nós. Este foi um deles. Coroamos hoje com a liberação do tráfego das 12 pistas da Linha Verde. A cidade é uma permanente construção. E os compromissos que fizemos, nós cumprimos”, disse Pimentel.
O prefeito de Colombo, Helder Lazarotto dirigiu ao prefeito Rafael Greca um agradecimento especial.
“O senhor conseguiu vencer algo que muitos não acreditavam. Esta obra importante para Curitiba, talvez seja ainda mais importante para a Região Metropolitana, especialmente para Colombo. Vai melhorar muito a mobilidade urbana. Foi enorme o desafio”, declarou Lazarotto, que falou em nome dos prefeitos presentes.
Adeus Trevo do Atuba
Prefeito Rafael Greca, com a primeira-dama Margarita Sansone, o vice-prefeito Eduardo Pimentel, e demais autoridades, entregam a Linha Verde Norte no trevo do Atuba. - Curitiba, 09/06/2024. Foto: Daniel Castellano/SMCS
O antigo Trevo do Atuba já não existe mais. No local, o conjunto de trincheira, três viadutos e 12 faixas distribuídas em 5 pistas, nos dois sentidos, garantem a fluidez no trânsito e facilitam a conexão entre Curitiba e a Região Metropolitana, fazendo a interseção com a antiga BR-116.
São obras que saltam aos olhos: a nova trincheira é uma imensa escavação com 32 metros de largura e 500 metros de extensão e os três viadutos, juntos, somam 117 metros de comprimento.
A estimativa da Superintendência de Trânsito (Setran) é de que 70 mil veículos circulem diariamente pela região, nos dois sentidos.
A implantação da trincheira e viadutos, na prática, vai tornar a vida dos motoristas que circulam na região muito mais fácil, pois permitiu a retirada dos semáforos, que causavam congestionamento, oferecendo aos motoristas a liberdade para escolher caminhos com maior conforto e segurança.
Foram liberadas definitivamente aos motoristas as pistas da direita e da esquerda na ligação da Linha Verde com a Estrada da Ribeira, com a Rodovia Régis Bittencourt e com a Rua Mascarenhas de Moraes.
Também foram abertas as vias de acesso e de saída da capital paranaense a Colombo, na Região Metropolitana, a São Paulo, além dos caminhos de acesso para dentro da cidade via bairros Santa Cândida ou sentido Pinheirinho.
Prefeito Rafael Greca, com a primeira-dama Margarita Sansone, o vice-prefeito Eduardo Pimentel, e demais autoridades, entregam a Linha Verde Norte no trevo do Atuba. - Curitiba, 09/06/2024. Foto: Ricardo Marajó/SMCS
3 km de obras
A Linha Verde é o 6º eixo de transporte e de integração viária de Curitiba, que teve as obras iniciadas em setembro de 2007, separadas em lotes Sul e Norte.
O Lote 4.1 abrange quase 3 km de extensão, no trecho norte, com obras executadas desde a altura do Hospital Vita até a concessionária Mercedes/Savana.
Os trabalhos foram os mais complexos de toda a Linha Verde porque incluem as chamadas Obras de Arte Especiais (trincheiras e viadutos), terraplanagem, pavimentação, drenagem, paisagismo, sinalização viária, relocação de postes de energia, semaforização e acessibilidade.
Também contemplam a infraestrutura para as futuras estações Atuba e Solar do transporte coletivo. A implantação das estruturas para as paradas de ônibus pertencem a outro contrato, diferente do lote 4.1, e está com os serviços em execução.
Em sua totalidade, a intervenção no lote 4.1 inclui 12 faixas, sendo uma central com 2 faixas para ônibus, 2 vias marginais com 3 faixas em cada sentido, 2 vias locais com uma faixa cada e 2 faixas para estacionamento. Em alguns trechos a configuração de vias e faixas pode variar.
A obra contempla ainda nova iluminação, novas calçadas, nova sinalização, ciclovia e paisagismo. Ao longo do trecho foram plantadas 1.000 mudas de árvores de ipês roxos e amarelos, que ao longo dos anos transformarão o local em um corredor colorido natural e sustentável.
A execução dos trabalhos aqueceu o mercado de trabalho, abrindo aproximadamente 300 pontos de serviços.
Prefeito Rafael Greca, com a primeira-dama Margarita Sansone, o vice-prefeito Eduardo Pimentel, e demais autoridades, entregam a Linha Verde Norte no trevo do Atuba. - Curitiba, 09/06/2024. Foto: Ricardo Marajó/SMCS
Obras complementares
Obras complementares do Lote 4.1 continuam em ruas do entorno, sem prejudicar o fluxo de carros na região. Pavimentações, calçadas, iluminação e paisagismo estão em andamento, com previsão de conclusão para agosto. Cinco estações-tubo estão sendo implantadas, com previsão de operação após suas conclusões, entre julho e dezembro.
Presenças
Participaram do evento os deputados estaduais Márcia Huçulak, Maria Victoria e Luiz Cláudio Romanelli; a ex-governadora Cida Borghetti; os prefeitos Loreno Bernardo Tolardo (Quatro Barras), Otavio Maurilio Alberti Goetten de Oliveira (Bocaiúva do Sul) e Bihl Zanetti (Campina Grande do Sul); os secretários municipais do Governo e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur, de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues, do Desenvolvimento da Região Metropolitana de Curitiba, Leverci Silveira Filho, de Planejamento, Finanças e Orçamento, Cristiano Hotz, da Comunicação Social, Cinthia Genguini, de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi, de Educação, Maria Sílvia Bacila, do Esporte, Lazer e Juventude, Carlos Pijak Junior, da Saúde, Beatriz Batistella, de Defesa Social e Trânsito, Péricles de Matos, de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação, Alexandre Jarschel, e do Urbanismo, Julio Mazza; a procuradora-geral do Município, Vanessa Volpi; o controlador geral do Município, Daniel Falcão; os presidentes da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra, da Fundação de Ação Social (FAS), Maria Alice Erthal, da Cohab Curitiba, José Lupion Neto, do Instituto Curitiba de Saúde (ICS), Tiago Waterkemper, do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac), Marino Galvão Júnior, e da Companhia de Desenvolvimento de Curitiba, Marcelo Frehse; os vereadores Marcelo Fachinello (presidente da Câmara Municipal), Tico Kuzma, Osias Moraes, Pier Petruzziello, Hernani, João da 5 Irmãos, Leonidas Dias, Mauro Bobato, Mauro Ignácio, Herivelto Oliveira, Sabino Picolo, Serginho do Posto, Beto Moraes, Bruno Pessuti e Jornalista Márcio Barros; o diretor do Departamento de Pavimentação da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Mário Padovani; e a ex-secretária Municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias.
Números do Lote 4.1 da Linha Verde
- 11,8 km de pistas para veículos
- 2,8 km de canaleta de ônibus
- 4,3 km de calçadas
- 3,3 km de ciclovias
- 61 mil metros cúbicos de terra para construir a trincheira
- 18 mil metros cúbicos de concreto usados na trincheira, viadutos e canaletas
- 800 toneladas de aço nas estruturas