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De volta ao comando da CBF, Ednaldo Rodrigues demite Fernando Diniz

Dorival Júnior, treinador do São Paulo, é cotado para assumir seleção


  • O novo técnico da Seleção Brasilecbfira de Futebol masculino, Fernando Diniz, ao lado de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Foto: Frame de vídeo/CBF©


@Agência Brasil 🇧🇷 

A seleção brasileira masculina de futebol não será mais comandada interinamente pelo técnico Fernando Diniz. Na sexta-feira (6), um dia após retornar à presidência da CBF, Ednaldo Rodrigues comunicou sua decisão a Diniz, em conversa pelo telefone. Embora a CBF ainda não tenha publicado nota oficial sobre a saída do técnico - falta a definição de questões burocráticas relacionadas ao desligamento -, a notícia da demissão e trechos do diálogo entre Ednaldo e Diniz foram antecipados pela assessoria de imprensa da entidade. 


"A decisão foi informada ao técnico Fernando Diniz pelo próprio presidente, quando agradeceu o trabalho realizado por ele e explicou os motivos da antecipação no processo de escolha de um treinador definitivo”, detalhou a assessoria da CBF. "A saída do Diniz se deve aos resultados da seleção, que não foram os esperados“, disse uma das fontes ouvidas pela Reuters. O Brasil está atualmente no incômodo sexto lugar nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026”.


Nos seis jogos à frente da seleção brasileira Diniz acumulou três derrotas, um empate e duas vitórias. Paralelamente, ele seguiu treinando o Fluminense, com o qual foi campeão da Copa Libertadores do ano passado.  


  • Dorival Júnior, treinador do São Paulo, aparece como o mais cotado para assumir o comando da seleção brasileira - Reuters/Ivan Alvarado/Direitos Reservados

De acordo com a Agência Reuters, agora o mais cotado para assumir o comando técnico da seleção é Dorival Júnior, treinador do São Paulo, campeão da Copa do Brasil no ano passado. Desde março de 2023, o preferido de Ednaldo Rodrigues dirigir a seleção brasileira era o técnico italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, mas ele renovou o contrato com o clube espanhol no último dia 29 de dezembro. 


“O Ednaldo já abriu conversas com o presidente do São Paulo, Júlio Casares, para manifestar o interesse em Dorival Júnior. “Ele explicou que tinha pressa e queria o Dorival logo por causa do início da temporada. O Júlio afirmou que ia conversar com o Dorival e que a situação será resolvida até segunda-feira“, revelaram fontes ouvidas pela Reuters. 


* Com informações da Reuters


Em jogo morno, Suíça e Noruega ficam no 0 a 0 pelo Grupo A da Copa

Antes, na madrugada, as Filipinas bateram a anfitriã Nova Zelândia


© Reprodução Twitter/Fotballandslaget

© Agência Brasil

O grupo A abriu a segunda rodada da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia mas terminou a jornada ainda indefinido. Nesta terça (25), no duelo principal da chave, Suíça e Noruega ficaram no 0 a 0, no estádio Waikato, em Hamilton (Nova Zelândia) e não estão nem eliminadas nem classificadas. As suíças lideram a chave com quatro pontos, enquanto as norueguesas amargam a lanterna, com apenas um.



Em um confronto equilibrado na posse de bola (43% para a Suíça, 42% para a Noruega e 15% em disputa), ambas as seleções passaram a maior parte do jogo tentando decifrar a outra sem conseguir criar muitas oportunidades.


Vinda de derrota surpreendente para as donas da casa na estreia, a Noruega criou mais e melhores chances, porém esbarrou na goleira Gaelle Thalmann.


No primeiro tempo, ela defendeu cabeçada à queima roupa de Sophie Roman Haug. Após uma boa chegada suíça que terminou em chute por cima do gol de Crnogorcevic, as norueguesas voltaram à carga na segunda etapa.


Após rebatida dentro da área, novamente Sophie Roman Haug finalizou e viu Thalmann espalmar. Mais tarde, a goleira fez duas intervenções no mesmo lance. O chute forte de fora da área de Graham foi desviado para o lado e no rebote Maanum obrigou Thalmann a colocar para escanteio com o pé esquerdo.


O 0 a 0 permaneceu no placar até o fim e deixou a Noruega em situação pior para a última rodada, que acontece no próximo domingo (30). Somente a vitória diante de Filipinas, em Auckland, classifica a equipe. Já a Suíça garante a vaga com um empate diante da Nova Zelândia, em Dunedin, mas tem a possibilidade de avançar até mesmo com derrota, a depender do resultado do outro jogo.



Filipinas vence a primeira em Copas na história

Uma das anfitriãs, a Nova Zelândia abriu a segunda rodada com grandes expectativas. Após bater a Noruega na estreia, uma vitória diante de Filipinas na capital Wellington deixaria a vaga bem encaminhada. No entanto, em outro resultado surpreendente, as filipinas, estreantes em Mundiais, fizeram um jogo eficiente e saíram com o triunfo por 1 a 0.


As neozelandesas tiveram a bola (54% de posse) e as oportunidades (15 chutes ao gol contra apenas quatro das adversárias), mas a única bola na rede foi obra de Sarina Bolden, das Filipinas, que fez o gol do jogo de cabeça, após cruzamento da direita que a goleira Victoria Sesson, de forma atabalhoada, não conseguiu defender, aos 24 minutos do primeiro tempo.


A seleção da casa teve ótimas chances na segunda etapa. A cabeçada de Wilkinson na saída da goleira Olivia McDaniel saiu por centímetros. Depois, Hand acertou a trave e teve um gol de cabeça anulado por impedimento de Wilkinson na origem do lance. Por último, Grace Jale, que entrou no segundo tempo, teve a chance de empatar em um chute de primeira à queima roupa, mas McDaniel fez uma grande defesa.


Ambas as seleções agora somam três pontos e chegam à última rodada vivas. Uma vitória classifica qualquer um dos dois países. Uma derrota os elimina. O empate significa torcer por um resultado favorável no outro jogo da chave.

Colômbia estreia na Copa Feminina com vitória sobre a Coreia do Sul

Equipe sul-americana triunfou com gols de Usme e de Linda Caicedo



Agência Brasil

Em partida válida pelo Grupo H da Copa do Mundo de futebol feminino, a Colômbia superou a Coreia do Sul por 2 a 0, na madrugada desta terça-feira (25) no estádio de futebol de Sydney, na Austrália.



Com este resultado, a seleção sul-americana assumiu a vice-liderança da chave com três pontos, mesma pontuação da líder Alemanha, que goleou o Marrocos por 6 a 0.




A vitória da Colômbia começou a ser construída aos 29 minutos do primeiro tempo, quando a meio-campista Usme deslocou a goleira Yoon Young-Geul em cobrança de pênalti. Nove minutos depois a jovem atacante Linda Caicedo, de 18 anos, avançou pela esquerda e acertou chute de fora da área. A goleira sul-coreana falhou na defesa e a equipe colombiana deu números finais ao marcador.

Alemanha aplica 6 a 0 no Marrocos, a maior goleada da Copa Feminina

Antes, na madrugada, a Itália venceu a Argentina nos minutos finais


© Reuters/Asanka Brendon Ratnayake/Direitos Reservados

© Agência Brasil

A seleção alemã atropelou a Marrocos na estreia, com goleada de 6 a 0, a maior nesta edição da Copa do Mundo de futebol feminino.  A atacante Popp marcou duas vezes para as europeias, bicampeãs mundiais (2003 e 2007), no primeiro tempo no estádio Melbourne Rectangular, na Austrália. Na etapa final, a Alemanha ampliou com Bühl e Schüller e ainda contaram com dois gols contra - de Aït El Haj e Redouani das marroquinas, debutantes em Mundiais. Com o triunfo, a Alemanha lidera o Grupo F, que tem ainda Colômbia e Coreia do Sul, cujo primeiro na Copa será às 23h (horário de Brasília) desta segunda (24) no Sydney Football Stadium. 



Atual vice-campeã europeia, a Alemanha mostrou desde os primeiros minutos de confronto, porque é considerada uma das favoritas ao título. Bem postada em campo, precisou de 10 minutos para abrir o placar: Huth cruza pela direita, a goleia Er-Rmichi sai mal, e atacante Popp cabeceia para o fundo da rede. Aos 38 minutos, Popp marcou o segundo dela, novamente de cabeça, sem chances para a goleira Er-Rimich. 


Na volta do intervalo, bastaram 21 segundos de bola para as europeias marcarem o terceiro, com Bühl, até agora o gol mais rápido da Copa. Depois, as marroquinas aumentaram a vantagem alemã com dois gols contra seguidos, após escanteios. 



O primeiro deles, quando Huth mandou a bola na área, a volante Nakkach tentou afastar de cabeça e bola acabou batendo em Ait El Haj que escorou para o fundo da rede. O segundo gol saiu após a goleira Er-Rmichi evitar um gol socando a bola, mas ela foi na cabeça da zagueira Mrabet e tomou novamente o caminho do gol. A lateral Redouani  ainda tenta tirar a bola na linha, mas não deu.


O placar já anotava 5 a 0 para a Alemanha. E não parou por aí. Aos 44 minutos, Lattwin chuta ao gol marroquino, a goleira Er-Rmichi ainda espalma mas a bola sobra nos pés de Schüller, que manda certeiro para o fundo do gol, fechando a goleada alemã.




Itália leva melhor sobre Argentina

A seleção italiana superou a Argentina por 1 a 0 na estreia do Mundial, com gol de Girelli, aos 42 minutos da etapa final, no estádio Eden Park. em Melbourne (Austrália). Com o triunfo, as italianas estão em segundo lugar no Grupo G, com os mesmos três pontos que a líder Suécia, à frente na tabela devido ao saldo de gols. A chave tem ainda África do Sul.


Com show de Ary Borges, Brasil faz 4 a 0 no Panamá em estreia na Copa

Meia marcou três vezes e deu passe para Bia Zanerrato fechar o placar





© Thais Magalhães/CBF/Direitos Reservados


Agência Brasil


A primeira partida do Brasil na Copa do Mundo de Futebol Feminino foi mais do que tranquila. Sem sustos, a seleção atropelou o Panamá por 4 a 0, no estádio Hindmarsh, em Adelaide (Austrália), nesta segunda-feira (24). Brilhou a estrela de Ary Borges, estreantes em Mundiais, que fez três gols e deu o passe para Bia Zaneratto marcar o outro. Com o resultado, a equipe comandada por Pia Sundhage pula para a liderança do Grupo F, com três pontos, se aproveitando do empate entre França e Jamaica na véspera.






Com a rainha Marta - que se recuperava de um desconforto na coxa esquerda - no banco, o Brasil começou a todo vapor em Adelaide. Com menos de dez minutos de jogo, já havia finalizado quatro vezes ao gol adversário, exigindo boas intervenções da goleira Bailey.




Aos 18, começou o show de Ary Borges. Debinha foi lançada pela esquerda, dominou e cruzou na área. A meio-campista surgiu livre e cabeceou no canto esquerdo para abrir o placar.




Jogando muito pelos lados, o Brasil não deixava o Panamá respirar, sempre mantendo a posse de bola na casa dos 60% e criando chance atrás de chance. Aos 38, veio o segundo.

Tamires cruzou pela esquerda, Ary Borges cabeceou e parou em Bailey. No entanto, no rebote, com a goleira caída no chão, ela não teve dificuldades para marcar o segundo.

Após intervalo tem mais Ary e entrada de Marta

A seleção entrou no segundo tempo disposta a resolver o jogo. Logo aos três minutos, a vantagem foi ampliada com um golaço coletivo. Após troca de passes na entrada da área panamenha, Debinha cruzou pela esquerda e encontrou Ary Borges de frente para o gol. Ela dominou e, após deixar a marcação no chão, apenas rolou para trás para Bia Zaneratto finalizar para o gol escancarado e fazer o 3 a 0.


Com a vitória pouco ameaçada, Pia Sundhage começou a fazer mudanças na equipe e o Brasil diminuiu o ritmo. No entanto, a meta adversária continuou sem ter descanso.


Aos 25, Geyse, que havia entrado no lugar de Debinha, cruzou pela esquerda e encontrou a iluminada Ary Borges, que mais uma vez completou de cabeça para marcar.


Cinco minutos depois, a estrela da noite (na Austrália) deixou o gramado para a entrada de Marta.

A camisa 10 teve chances para marcar e se tornar a única jogadora na história das Copas a fazer gols em seis edições da competição. Porém, o Brasil (que terminou o jogo com 34 finalizações) não conseguiu mais marcar.



Depois da atuação consistente na estreia, a seleção agora tem, em tese, seu desafio mais duro na primeira fase da Copa. Enfrenta no sábado (29), às 7h (horário de Brasília), a forte equipe da França, em Brisbane, em duelo que pode definir quem termina em primeiro na chave.

Brasil inicia busca por título inédito da Copa diante do Panamá

Seleção entra em campo a partir das 8h da próxima segunda-feira (24)


Rainha Marta defendendo o Brasil em mundiais. A maior artilheira da história da seleção (entre homens e mulheres), que estará pela sexta e última vez em um Mundial. Foto: Thaís Magalhães/CBF/Direitos Reservados 


Por Agência Brasil 🇧🇷 


O Brasil inicia, a partir das 8h (horário de Brasília) da próxima segunda-feira (24), a sua caminhada na Copa do Mundo de futebol feminino. E o primeiro desafio da seleção brasileira é a equipe do Panamá em jogo disputado em Adelaide (Austrália) e válido pelo Grupo F, que também conta com a presença de Jamaica e França (que empataram sem gols no último domingo).


E a expectativa é de que a equipe canarinho tenha uma boa participação na competição, como afirmou a técnica sueca Pia Sundhage em entrevista coletiva concedida na madrugada deste domingo (23): “Estamos muito felizes com os dois últimos resultados, pois o jogo está na nossa linha de confiança. Podemos olhar para cada uma, é um pouco diferente de um ano atrás. Então, tivemos uma linha de começo similar e acho que o mais importante é achar que está tudo garantido. E, por favor, aproveitar o jogo. Se fizermos isso, teremos uma grande chance de vencer amanhã [contra o Panamá]. E, na verdade, nós vamos ganhar muitos jogos se juntarmos um ataque lindo e uma defesa muito sólida”.





A própria Pia, aliás, é um dos trunfos do Brasil na competição. Assim como a seleção brasileira, a treinadora tem no Mundial deste ano a oportunidade de um título inédito. A sueca de 63 anos levou os Estados Unidos ao ouro olímpico em 2008 (superando o Brasil na final) e em 2012. Na Copa do Mundo, porém, ficou no quase algumas vezes. Como atleta ajudou a Suécia a ficar em terceiro lugar na primeira edição, em 1991. Como técnica foi vice-campeã em 2011, comandando os EUA, derrotados pelo Japão na decisão.


Os números da treinadora no comando do Brasil são significativos. Em 54 jogos são 33 vitórias, 12 empates e nove derrotas, com 124 gols marcados e 40 sofridos. Em Tóquio a seleção de Pia caiu nas quartas de final para o Canadá, nos pênaltis. No ano passado veio o primeiro título oficial com o time brasileiro: a Copa América, em 2022, que garantiu lugar à equipe na Olimpíada de Paris, na França, em 2024.





A Copa do Mundo de 2023 também marcará o final do ciclo da Rainha Marta defendendo o Brasil em mundiais. A maior artilheira da história da seleção (entre homens e mulheres), que estará pela sexta e última vez em um Mundial, tem como meta garantir a conquista inédita.


“A Copa do Mundo perfeita para o Brasil seria vencer. Chegar à final e, dessa vez, vencer. É muito complicado pensar em outro cenário. Para mim, particularmente, como jogadora e atleta, é agora ou nunca”, declarou a Rainha do Futebol em entrevista ao site da Fifa.


Confronto com o Panamá
Primeiro adversário do Brasil, o Panamá é um dos oito estreantes em Copas e a seleção pior colocada no ranking da Fifa entre as que estão na chave brasileira, na 52ª posição. A equipe da América Central se classificou pela repescagem mundial, eliminando o Paraguai. A convocação do técnico mexicano Ignacio Quintana tem 12 atletas que atuam no país e 11 que jogam no exterior, sendo três na Europa e duas nos Estados Unidos.





Porém, Quintana deixou claro, em coletiva concedida no último domingo, que, apesar do favoritismo brasileiro, sua equipe entrará em campo para competir: “Nosso objetivo tem que ser competir. Há melhor oportunidade do que ter a oportunidade de competir com suas referências esportivas? Queremos apresentar um plano que não demonstre apenas que o Panamá está em sua primeira Copa e que chegamos no papel de vítimas”.

Pelé mudou os rumos do esporte mais popular do Brasil

Rei do Futebol teve trajetória de glórias nos gramados


Por Fábio Lisboa* - Jornalista da TV Brasil - Rio de Janeiro

O futebol brasileiro tem vários personagens. Porém, nenhum deles teve o protagonismo de Edson Arantes do Nascimento. A importância de Pelé é tamanha que é possível falar que, a partir dele, o mundo mudou a forma de ver os jogadores e a seleção do Brasil. Hoje (29), aos 82 anos, Pelé morreu no Hospital Albert Einstein, na zona Sul da capital paulista, em decorrência de falência múltipla de órgãos. 



A trajetória daquele que viria a ser conhecido como o Rei do Futebol começou de forma muito comum. Nascido em 23 de outubro de 1940, na cidade mineira de Três Corações, Pelé veio de uma família pobre, que trabalhava duro para educar os filhos.


Ainda na infância, um fato pareceu definir sua relação com o futebol. Ao ver seu pai, o ex-jogador José Ramos do Nascimento, o Dondinho, chorar após a derrota da seleção brasileira na final da Copa do Mundo de 1950, o pequeno Edson prometeu que conquistaria o primeiro Mundial do país.


Antes de cumprir esta promessa, Pelé daria os primeiros passos no esporte na cidade paulista de Bauru, para onde sua família se mudou durante sua infância. Lá, defendeu várias equipes amadoras de futebol de campo e salão, até que, ao completar 15 anos, foi levado para fazer um teste no Santos. Aprovado, foi contratado em junho de 1956 e começou a defender a equipe da Vila Belmiro.


No Santos, desandou a marcar gols, o que lhe garantiu a primeira convocação para a seleção brasileira em 1957 para participar da Copa Roca, competição na qual fez seu primeiro tento e iniciou uma caminhada de conquistas.


Rei desde jovem

Pelé, por Arquivo Nacional/ Correio da Manhã

A qualidade de Pelé era tamanha que a ideia de que ele era o rei do futebol surgiu antes mesmo da conquista de um título de expressão pela seleção. Jovem ainda, aos 17 anos, meses antes da disputa da Copa de 1958, o dramaturgo Nelson Rodrigues se referiu ao jogador em uma crônica sobre o jogo entre América e Santos.


“O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: - a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento.”



A coroação definitiva veio com a conquista dos títulos das Copas do Mundo. “Em 1957, o futebol brasileiro estava por baixo, com a derrota para a seleção uruguaia em 1950, a apenas regular participação na Copa de 1954, os resultados fracos durante uma excursão à Europa em 1956 e o fraco desempenho no Campeonato Sul-Americano de 1957. E surge Pelé, com 17 anos”, relembra o pesquisador Rodrigo Saturnino.


“Com Pelé e Garrincha, a seleção nunca perdeu. Foram três títulos mundiais em quatro Copas. Pelé foi o principal responsável por esse desempenho. A identificação da seleção com o povo brasileiro atingiu seu ponto máximo. Pelé se transformou na face do Brasil bem sucedido, o brasileiro mais reconhecido da história, em todo o mundo”, afirma Saturnino, pesquisador do Grupo Literatura e Memória do Futebol (Memofut).


O sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj) Ronaldo Helal afirma que Pelé foi fundamental para a seleção acabar com a história de que teria um complexo de vira-latas (expressão de Nelson Rodrigues) que a impediria de conquistar títulos.


“Em 1958, o Brasil ganha a Copa do Mundo, e Pelé foi marcante, se tornando o rei do futebol com 17 anos de idade.”


Auge no MéxicoEntre todas as conquistas uma ocupa um lugar especial na história do futebol, a da Copa do Mundo de 1970, no México. Foi nesta competição que Pelé mostrou todo o seu potencial como jogador. “Em 1970 ele foi fundamental, fez uma Copa ímpar, brilhante do início ao fim, e colocou o Brasil no topo do futebol mundial”, diz Helal.


Clodoaldo, um dos companheiros de Pelé naquela campanha, compartilha desta opinião. “Foi o melhor momento do Pelé na seleção brasileira. O vi em 1970 como nunca, preparado nos aspectos físico, técnico e psicológico. Ele estava voando. Foi o momento no qual atingiu o máximo de sua carreira.”


Maior goleador

Porém, o sucesso de Pelé não se deve apenas à seleção. Foi pelo Santos que ele marcou a maior parte dos seus 1281 gols (em 1363 jogos), que o transformaram no maior goleador da história do futebol mundial. O tipo de feito que fez com que o público o tratasse de uma forma especial.


“O Pelé foi o único jogador, pelo menos que eu saiba, que fazia uma boa jogada contra um time, ou um gol de placa, e a torcida adversária aplaudia, às vezes, de pé”, diz Helal.


E um destes gols mobilizou a atenção do público de forma especial, o de número mil, alcançado no dia 19 de novembro de 1969 em vitória de 2 a 1 do Santos sobre o Vasco no estádio do Maracanã. Pelé tinha apenas 29 anos ao alcançar esta marca.


Fórmula secreta

Pelé - REUTERS/Dylan Martínez//Direitos reservados

Tantos feitos levam à pergunta, como um menino comum, nascido em Minas, se transformou no rei do futebol? “O destaque na história do futebol vem de seu talento e sua técnica, por ter sido o único a fazer excepcionalmente bem, dentro de campo, tudo o que um jogador de futebol pode fazer. Selecione um atributo, e Pelé foi um dos melhores”, afirma Saturnino.


O ex-jogador Pepe, companheiro de Santos e da seleção do eterno camisa 10, defende que um jogador com estas características surge apenas uma vez na história.


“No futebol atual têm aparecido grandes jogadores. Porém, igual a Pelé não aparece. Completo, perna direita, perna esquerda, impulsão, chute, cabeceio, corrida, gols, maior artilheiro do futebol mundial de todos os tempos. Penso que seu Dondinho e dona Celeste rasgaram a fórmula e não aparece mais um jogador igual a Pelé”.


  • *Todas as declarações que compõem esta matéria foram dadas em entrevistas concedidas por ocasião da comemoração do aniversário de 80 anos de Pelé.

Rei do futebol, Pelé morre aos 82 anos

O atleta estava internado no hospital Albert Einstein, em SP



DA Agência Brasil

 Edson Arantes do Nascimento, que ficou mundialmente conhecido como  Pelé, morreu hoje (29), aos 82 anos, no Hospital Albert Einstein, na zona sul da capital paulista. De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, a morte ocorreu em decorrência de falência múltipla de órgãos. 


"O Hospital Israelita Albert Einstein confirma com pesar o falecimento de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no dia de hoje, 29 de dezembro de 2022, às 15h27, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia", diz o texto divulgado. Pelé estava internado no hospital desde 29 de novembro.


Kely Nascimento, filha de Pelé, postou nas redes sociais uma mensagem de despedida. "Tudo que nos somos é graças a você. Te amamos infinitamente. Descanse em paz". O Santos Futebol Clube publicou uma imagem de uma coroa com o dizer "eterno".


O estado de São Paulo decretou luto oficial de 7 dias em razão da morte do atleta. “Em homenagem ao maior mito do futebol brasileiro, estou decretando luto oficial de sete dias. Meus sentimentos a familiares e amigos e ao Santos Futebol Clube, seu clube de paixão”, disse o governador Rodrigo Garcia, em nota.


O Santos também publicou uma nota de pesar pela morte do rei do futebol. O clube também decretou luto de 7 dias. “O Santos FC lamenta profundamente o falecimento do melhor jogador de futebol de todos os tempos, o homem que levou o nome do Alvinegro Praiano para o mundo, nosso maior ídolo, que eternizou a camisa 10 e a transformou em obra de arte”. 


“Nossos sentimentos à mãe dona Celeste, à esposa Márcia Aoki, filhos e netos e para todos os apaixonados pelo esporte, como nós, súditos do Rei, para sempre”, diz o texto.


Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório de Pelé.

Tite escolhe Thiago Silva como capitão do Brasil na estreia da Copa

Técnico e zagueiro concederão entrevista na próxima quarta


Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

O técnico Tite definiu que o zagueiro Thiago Silva será o capitão da seleção brasileira na estreia da Copa do Catar, contra a Sérvia, a partir das 16h (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (24) no Estádio de Lusail. A partida vale pela primeira rodada do Grupo G da competição.


Como parte do cerimonial da Fifa na Copa do Mundo, Tite e Thiago Silva concederão uma entrevista coletiva na próxima quarta-feira (23), antes do treino, que está marcado para as 12h.


No penúltimo treino do Brasil antes da estreia, o técnico da seleção brasileira comandou uma atividade fechada à imprensa.


Thiago capitão

Aos 38 anos de idade, o defensor já defendeu a seleção brasileira em 109 jogos, em muitas delas como capitão da equipe, e tem sete gols marcados.


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