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As notícias do dia | 30 agosto 2024 - Noite

 As notícias do dia | 30 agosto 2024 - Noite

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 Euronews em Português

Zelenskyy apresentará em setembro “plano de vitória” da Ucrânia aos Estados Unidos

O presidente ucraniano afirmou que a contraofensiva militar na região de Kursk, onde existe uma central nuclear, faz parte do plano de vitória da Ucrânia.


Direitos de autor
De Oliveira Guedes, Christina Maria/

Volodymyr Zelenskyy anunciou que a Ucrânia vai apresentar o seu “plano de vitória” aos Estados Unidos em setembro. Pretende partilhá-lo com Kamala Harris e Donald Trump, afirmando que o seu êxito depende do apoio de ambos. 


O líder ucraniano desenhou um plano de vitória em quatro fases: “Uma das áreas onde parte do trabalho foi feito é a região de Kursk. A segunda é o lugar estratégico da Ucrânia na infraestrutura de segurança mundial. A terceira passa por medidas para forçar a Rússia a pôr termo à guerra através de meios diplomáticos. A quarta será a nível económico - não vou falar sobre isso”, afirmou. 


Zelenskyy sublinhou ainda a importância da região de Kursk no plano de vitória, referindo que a incursão surpresa iniciada a 6 de agosto levou à retirada de tropas russas do leste da Ucrânia. 


A Rússia tem manifestado o seu interesse na ocupação total do Donbass ucraniano. Zelenskyy afirma que a incursão de Kursk ajudou a evitar a potencial ocupação das regiões de Kharkiv, Sumy e Chernihiv. 


Risco de incidente nuclear na central russa de Kursk

A incursão da Ucrânia na região russa de Kursk, que faz parte do plano de vitória de Kiev, tornou-se um motivo de preocupação para a agência de controlo nuclear da ONU.  


O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica, Rafael Grossi, partilhou os seus receios sobre os riscos para a central nuclear na cidade de Kurchatov, depois de visitar as instalações na terça-feira. 


Numa reunião com os responsáveis da central nuclear, o chefe da agência das Nações Unidas para o controlo nuclear disse que o seu objetivo era “determinar um caminho a seguir” e “maximizar a cooperação necessária” para “preservar e prevenir qualquer acidente ou qualquer violação dos pilares de segurança e proteção estabelecidos pela AIEA”. 


Grossi sublinhou as potenciais ameaças que os drones podem representar para a central, observando que os recentes desenvolvimentos perto das instalações, decorrentes da incursão da Ucrânia na Rússia, aumentaram essas preocupações. 


“O núcleo do reator que contém material nuclear está protegido apenas por um telhado normal. Isto torna-o extremamente exposto e frágil, por exemplo, ao impacto da artilharia, de um drone ou de um míssil”, afirmou.  


 “Esta guerra não é da responsabilidade da AIEA, o que é da responsabilidade da AIEA [...] é garantir que não ocorre nenhum acidente nuclear”, acrescentou ainda.


 Grossi deslocar-se-á a Kiev na próxima semana para se encontrar com o presidente Volodymyr Zelenskyy. 

Assim é a vida dos russos detidos pelas forças ucranianas


Dezenas de russos terão sido capturados pelas forças ucranianas durante a incursão do país em Kursk. As forças da Ucrânia revelaram o interior de um dos centros de dentenção no país.


 De  Euronews com AP

Publicado a 18/08/2024 - 20:05 GMT+2•Últimas notícias 20:08


Trata-se de um raro olhar sobre o que se passa no interior de um centro de detenção ucraniano. A localização exata permanece secreta por razões de segurança mas algures em território ucraniano, vários prisioneiros russos conhecem a sua nova realidade.


Este local alberga dezenas de prisioneiros de guerra. Um número que aumentou substancialmente desde o início da incursão ucraniana em Kurks.


“Mais de 300 prisioneiros de guerra passaram pela nossa instituição desde 7 de agosto de 2024" explica Vadym, diretor-adjunto do departamento educativo do centro de detenção. Um facto surpreendente é que 80% destes prisioneiros são recrutas, o que esclarece a composição das forças russas envolvidas no conflito.


As cenas observadas mostram estes homens a caminhar pelos corredores com as mãos atrás das costas, guiados por guardas - imagens que evocam a dura realidade da sua situação de prisioneiros em território inimigo.


As forças ucranianas forneceram alguns detalhes sobre as condições e vida destes reclusos. Numa espécie de cozinha é possível ver uma taça com uma sopa rala com alguns legumes, nomeadamente repolho e cenoura - faz parte da alimentação básica recebida.


Além da alimentação, são fornecidas aos prisioneiros condições para dormirem, tal como roupa e outros bens de primeira necessidade.


"Todos os prisioneiros de guerra recebem um local para dormir, colchão, roupa de cama, almofada, cobertor, artigos de primeira necessidade, tais como: colher, prato, copo, pasta e escova de dentes, detergente em pó, sabão. Também lhes fornecemos roupa", explica Vadym, dando conta de outras necessidades, também elas satisfeitas pelos serviços do centro penitenciário. "Todos os prisioneiros de guerra podem passear durante o dia, pelo menos durante uma hora. Uma vez por semana, há sauna", explica.


Para além da alimentação, foi dada atenção às necessidades intelectuais dos prisioneiros. Têm acesso a livros, incluindo obras do famoso escritor russo Mikhail Bulgakov. Este pormenor sugere uma tentativa de manter alguma normalidade e estímulo mental no meio destas circunstâncias, no mínimo, diferentes.


Mais de 150 russos capturados por dia

Desde o início da incursão ucraniana, centenas de russos terão sido capturadas pelas forças da Ucrânia, segundo as informações fornecidas pelo país.


Segundo explicou Oleksii Drozdenko, responsável pela administração militar da região ucraniana de Sumy, ao jornal The Guardian, houve dias em que mais de 150 russos foram capturados.


“Por vezes há mais de 100 ou 150 prisioneiros de guerra num dia”, explicou Drozdenko, sublinhando que a maioria dos militares russos que os ucranianos têm encontrado na fronteira são jovens recrutas que “não querem lutar” contra os ucranianos.


Apesar das informações fornecidas, persiste a incerteza quanto ao número exato de soldados russos capturados pelas tropas ucranianas durante o ataque a Kursk.

126 milhões de euros em apoio militar para a Ucrânia ainda este ano, promete Portugal

Presidente ucraniano teve encontro com Montenegro em São Bento e Marcelo Rebelo de Sousa em Belém. Ajuda portuguesa inclui treino de pilotos para uso de F-16. Portugal apoia adesão da Ucrânia à UE e à NATO. Zelenskyy agradece apoio, considerando Portugal um "sincero amigo e parceiro" da Ucrânia.


A ajuda militar fornecida por Portugal à Ucrânia será de 126 milhões de euros em 2024, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, num encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy no palácio de São Bento em Lisboa.


O avião que transportou Zelenskyy de Bruxelas para Lisboa aterrou em Figo Maduro ao início da tarde. O chefe de Estado ucraniano foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro e várias altas entidades políticas e militares.


"Quando a Rússia lançou a sua brutal invasão, muitos pensaram que a Ucrânia não iria sobreviver mais do que algumas semanas como Estado livre e soberano. A sua presença aqui, as demonstrações de coragem e resistência que o povo ucraniano tem demonstrado ao longo dos anos, são uma clara demonstração da vontade férrea em preservar a liberdade, soberania e a integridade do seu território”, disse Montenegro, já em São Bento.


Portugal e Ucrânia assinaram um acordo bilateral de cooperação e segurança com um horizonte de dez anos. Além do apoio de 126 milhões de euros em 2024, Lisboa fornecerá a Kiev caças F-16, assegurando a manutenção e o treino dos pilotos para o uso das aeronaves.


Apesar de o acordo não ser vinculativo em termos jurídicos, Montenegro garantiu um “compromisso a 100%” quer por parte de Portugal, quer da Ucrânia. 


O chefe do governo português salientou que a diplomacia portuguesa apoia “as aspirações da Ucrânia" na adesão à União Europeia e à NATO, mencionando os “níveis de integração absolutamente fantásticos" da comunidade ucraniana em Portugal, a segunda mais numerosa, só atrás da brasileira.


Zelenskyy vê em Portugal "sincero amigo e parceiro"

Volodymyr Zelenskyy agradeceu o apoio anunciado por Portugal, que considera um "sincero amigo e parceiro" da Ucrânia.

O presidente ucraniano realçou que o acordo de segurança com Portugal é a prova de que a ajuda dos aliados de Kiev vai para além das palavras.

"Todos os acordos sobre segurança mostram que a solidariedade dos nossos aliados não são palavras, são ajudas concretas”, disse Zelenskyy.

“É muito importante que as narrativas russas não sejam adoptadas e por isso não nos podemos cansar da guerra.", acrescentou.

Zelenskyy lembrou ainda a comunidade ucraniana que vive em território nacional.

“Está muito bem integrada”, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.


Encontro em Belém

Volodymyr Zelenskyy foi recebido com honras militares por Marcelo Rebelo de Sousa ao final da tarde desta terça-feira no Palácio de Belém, onde terá um jantar oficial, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Morais. No livro de honra do Palácio de Belém, Volodomyr Zelensky escreveu que é “uma grande honra e prazer visitar hoje Portugal"


Frisou que os ucranianos estão "muito agradecidos pela solidariedade de Portugal (...) em tempos de difíceis desafios provocados pela agressão armada da Rússia.”

"Juntos com os nossos amigos, como Portugal, a Ucrânia irá definitivamente ganhar e a paz justa e duradoura será restaurada na nossa casa europeia comum”.

“Desejo a Portugal e ao seu povo amigo paz e prosperidade. Glória à Ucrânia. Viva Portugal”, conclui o líder ucraniano.

Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Rangel vão representar Portugal na conferência da paz na Suíça, a 15 e 16 de junho.

Lula chama guerra em Gaza de genocídio e critica "hipocrisia"

 Presidente voltou a abordar tema após fala sobre Holocausto


Cerimônia de Lançamento da Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos
Fotos Ricardo Stuckert/PR © Foto Ricardo Stuckert

@
Agência Brasil 🇧🇷 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar publicamente sobre a guerra de Israel na Faixa de Gaza, dias após a repercussão de uma entrevista em que ele comparou as ações militares israelenses no território palestino ao Holocausto contra judeus da 2ª Guerra Mundial. Ao discursar no lançamento do programa Petrobras Cultural, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (23), o presidente classificou o conflito militar como genocídio e responsabilizou o governo de Israel pela matança que já vitimou cerca de 30 mil civis, principalmente mulheres e crianças palestinas. 


"Quero dizer para vocês, agora, eu não troco a minha dignidade pela falsidade. Quero dizer a vocês que sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado Palestino, viver em harmonia com o Estado de Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças", afirmou o presidente. 


"Não tentem interpretar a entrevista que eu dei na Etiópia, leia a entrevista ao invés de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. São milhares de crianças mortas e desaparecidas. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio", prosseguiu Lula, fazendo referência à declaração concedida no último domingo (18), em Adis Abeba, na Etiópia, quando comparou a ação de Israel em Gaza ao que Adolf Hitler tinha promovido contra os judeus na 2ª Guerra Mundial.


Na ocasião, o comentário fez o governo de Israel declarar Lula persona non grata no país. Em resposta, o governo brasileiro convocou de volta ao país o embaixador em Tel Aviv “para consultas”. Além disso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou o chanceler do governo israelense, Israel Katz, por declarações dadas nos últimos dias sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Hipocrisia

O presidente ainda afirmou que o governo brasileiro trabalha para uma reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que inclua representações permanentes de países da América Latina, da África, da Índia e outras nações. Ele ainda criticou os vetos do governo dos Estados Unidos às resoluções da ONU para um cessar-fogo em Gaza e, sem citar nomes, chamou de "hipócrita" a classe política pela inação diante dos conflitos em curso.  


"Somente quando a gente tiver um conselho [de segurança] da ONU democrático, com mais representação política, e somente quando a classe política deixar de ser hipócrita, somente quando ela encarar as verdades. Não é possível que as pessoas não compreendam o que está acontecendo em Gaza. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade com milhões de crianças que vão dormir todo santo dia com fome, porque não têm um copo de leite, apesar do mundo produzir alimento em excesso", afirmou.


O presidente apelou por mais política para a solução de guerras. "É importante que as pessoas saibam enquanto é tempo de saber. Nós precisamos ter consciência que o que existe no mundo hoje é muita hipocrisia e pouca política. A gente não pode aceitar guerra na Ucrânia, como não pode aceitar a guerra em Gaza, como não pode aceitar nenhuma guerra", concluiu.

 

 

Ucrânia: "Mil cartas pela paz" devem chegar ao Papa, ao Patriarca Kirill e ao cardeal Zuppi

Colegas e amigos se reúnem em memorial improvisado ao lado de um restaurante destruído pelas forças russas no centro de Kramatorsk, no fim de junho (AFP or licensors)


Ao todo, 190 turmas de quase todas as regiões da Itália participaram da iniciativa com 1528 cartas e 6 vídeos. Os mais significativos serão entregues ao cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, e todos os outros serão enviados ao Papa Francisco e ao Patriarca Kirill. O projeto foi idealizado pela Fidae, a federação das escolas católicas primárias e de ensino médio da Itália, com o patrocínio do Unesu, o Departamento Nacional de Escolas e Universidades da CEI. 

 Vatican News

Uma delegação da presidência nacional da Fidae, a federação das escolas católicas primárias e de ensino médio da Itália, juntamente com a direção do Unesu, o Departamento Nacional de Escolas e Universidades da Conferência Episcopal Italiana, e uma pequena representação de estudantes, entrega nesta quarta-feira (12) alguns trabalhos do projeto "Mil cartas pela paz" ao cardeal Matteo Maria Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana. A iniciativa foi idealizada um ano após o início da guerra na Ucrânia com o objetivo de ajudar a criar uma verdadeira cultura de paz que "deve se tornar uma competência", disse a presidente nacional da Fidae, Virginia Kaladich, "e não apenas um sentimento".
Mil cartas pela paz

Ao todo, 190 turmas de quase todas as regiões da Itália participaram do projeto ao enviar 1528 cartas e 6 vídeos. Há três meninos de Pescara que com simplicidade escrevem ao Papa Francisco se comprometendo a rezar pela paz "como o senhor e a construí-la em nossas vidas, dia após dia". Uma outra estudante que, em vez disso, escreve diretamente a Putin, pedindo-lhe que se coloque no lugar dos ucranianos: "imagine se o senhor perdesse esposa, filhos, pais, primos e netos, seria muito ruim para o senhor, não é? E se eu lhe dissesse que os ucranianos estão passando por isso?", concluindo com um apelo por um mundo de paz, onde se possa dormir tranquilamente "sem medo de bombardeios. Isso seria bom, não seria?". Um aluno do ensino médio escreve para um amigo imaginário, pedindo-lhe que pense na paz "em que podemos viver todos os dias, porque algumas tensões são criadas por nós mesmos, acreditando que o próximo nos odeia", concluindo com o desejo de encontrar a paz, a mesma paz que "poderá espalhar pelo mundo".

Alguns dos trabalhos mais significativos serão entregues, então, ao cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, enquanto todos os outros serão enviados ao Papa Francisco e ao Patriarca Kirill, como um sinal concreto de paz que "deve ser construída desde os bancos escolares", conclui a presidente Virginia, "como uma semente que crescerá e dará frutos com o tempo".

Todas os trabalhos serão divulgados nos próximos dias em uma seção interna do site da federação das escolas católicas. O projeto "Mil cartas pela paz" foi idealizado pela Fidae com o patrocínio do Unesu.

Agência SIR

Moscou, padre Caruso: a visita do cardeal Zuppi foi um evento histórico

Padre Caruso: renovada esperança de que a guerra "não tenha a última palavra".



No dia seguinte à viagem de dois dias do enviado do Papa Francisco à Rússia, o capelão da comunidade católica italiana e missionário há 25 anos no país, expressa renovada esperança de que a guerra "não tenha a última palavra". Ele compartilha a experiência de ter concelebrado a liturgia solene na Catedral de Moscou com dom Zuppi, confirmando a necessidade de se concentrar na unidade entre as Igrejas, que é o fundamento da paz.



Antonella Palermo – Vatican News

Após a missão de dois dias em Moscou do cardeal Matteo Zuppi, enviado do Papa, a comunidade católica local se agarra ainda mais à esperança. O missionário italiano padre Giampiero Caruso, capelão da comunidade italiana em Moscou, onde vive há onze anos, depois de passar quatorze deles na Sibéria, fala de um "evento histórico".
A missão do enviado do Papa dará frutos inesperados


"Minha impressão pessoal é que este é definitivamente um evento histórico", comentou ao Vatican News. "O próprio fato da presença de Sua eminência Zuppi aqui em Moscou é, na minha opinião, um fato do qual somente no futuro seremos capazes de entender o alcance real. Há fatores políticos e históricos que devem ser considerados e julgados, certamente, mas não devemos nos esquecer de que há um fator que está além de tudo isso e que escapa a qualquer análise humana: a certeza de que é Cristo quem conduz a história. Portanto, tenho certeza de que ela dará frutos, imprevisíveis e imprevistos".




Missa com Zuppi: unidade entre as Igrejas, fundamento da paz
Padre Caruso participou, junto com os bispos da Conferência dos Bispos Católicos da Rússia e um grande grupo de sacerdotes, e na presença de embaixadores e representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Santa Missa celebrada em 29 de junho na Catedral de Moscou. Uma liturgia solene e "imponente", conta ele, especificando que "não foi casual a coincidência com a solenidade dos Santos Pedro e Paulo". Recorda quanto "o coro estava maravilhoso", tanto que "o cardeal no final agradeceu, dizendo que não tinha nada a invejar ao coro da Capela Sistina". As palavras de sua homilia foram muito significativas para o contexto histórico em que estamos vivendo. Ele enfatizou a unidade como a base entre as Igrejas para que a paz possa acontecer".
"Vivemos com medo"


Que os cristãos estejam juntos por uma paz justa e estável na Ucrânia é precisamente o desejo que o Papa Francisco expressou novamente neste dia 30 de junho, quando recebeu a delegação ecumênica do Patriarcado de Constantinopla no Vaticano. Até que ponto a unidade cristã realmente afeta a resolução do conflito? "Acredito que ela afeta não apenas o conflito, mas o cumprimento da história tout court", aponta padre Giampiero, referindo-se ao clima de suspensão vivido pelos fiéis neste momento, após a tentativa de golpe no país. "Nós, da capelania italiana, estávamos em peregrinação em Vladimir naqueles dias (cerca de duzentos quilômetros a nordeste de Moscou, ndr), no sábado, quando aconteceu, e estávamos logicamente preocupados, tanto que decidimos retornar a Moscou prontamente porque as notícias não eram totalmente claras e para evitar não poder voltar", conta ele. Então vivemos com medo e temor".



Que cada crente se pergunte: o que posso fazer pela paz?


É necessária uma paz criativa, disse dom Paolo Pezzi, arcebispo de Moscou. Falar de paz criativa "significa que cada crente deve se perguntar em consciência o que pode fazer pessoalmente para que haja paz, mesmo que não viva em um contexto tão próximo ao nosso", explicou o padre italiano. Ele insiste nesse aspecto que realmente deve unir as intenções em diferentes latitudes. "Acredito que é responsabilidade de qualquer crente entender na vida cotidiana como se pode levar a paz de que o mundo inteiro precisa e alguns de maneira mais precisa."




A última palavra não é a guerra, mas a vitória de Cristo ressuscitado
Padre Caruso, com um tom amargo, diz que muitos italianos voltaram para casa ou que as empresas internacionais para as quais trabalham pediram que eles fossem para outros lugares. "Trabalho como professor de religião na escola Italo Calvino. Muitas famílias italianas foram embora e, como dizer, é uma característica da comunidade italiana em Moscou, essa reciclagem contínua, mas agora, neste último período, não há retorno. As pessoas estão indo... mas não há famílias chegando". E conclui sobre o movimento de esperança que deve continuar a animar os corações: "O que eu continuo dizendo às pessoas a quem sou confiado é que a esperança é a certeza de algo que já aconteceu. O Senhor da história é Cristo, como eu disse, o Cristo ressuscitado. E o fato de ele ter ressuscitado não significa simplesmente que ele voltou à vida, mas que ele realmente mudou o curso da história, e não devemos nos esquecer disso: mesmo que com dor essas coisas ainda aconteçam, elas não são a última palavra. A última palavra é certamente a vitória de Cristo, sua ressurreição".

Ofensiva russa na Ucrânia provoca a morte de pelo menos seis civis nas últimas 24 horas

Forças ucranianas destruíram um depósito de munições "muito significativo" na cidade portuária de Henichesk, atualmente ocupada pela Rússia, em Kherson.

 © EuroNews

Na Ucrânia, os ataques com mísseis e bombardeamentos russos mataram pelo menos seis pessoas nas últimas 24 horas.


A informação foi avançada pelas autoridades do país.


Em Kharkiv, no leste, quatro pessoas morreram quando um míssil antitanque russo atingiu um carro civil, disse o governador Oleh Synyehubov.




Em Kherson, a sul, duas pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas na sequência dos bombardeamentos russos.


O governador da região diz que as forças russas atacaram bairros residenciais, um centro comercial e edifícios educativos.


Já as forças ucranianas destruíram um depósito de munições "muito significativo" na cidade portuária de Henichesk, atualmente ocupada pela Rússia, em Kherson.


Enquanto isso, o número de mortos no rescaldo da destruição da barragem de Kakhovka aumentou para 16 no território controlado pela Ucrânia. As autoridades russas disseram que 29 pessoas morreram nos territórios controlados por Moscovo.

Lula recebe chanceler russo e discute sobre proposta de paz na Ucrânia

Brasil quer reunir países dispostos a conversar sobre o fim da guerra

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

@Agência Brasil 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira (17), no Palácio da Alvorada, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que cumpre agenda oficial em Brasília. O encontro foi reservado. Segundo o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, foi uma visita de cortesia. Após o encontro, Vieira falou a jornalistas na entrada da residência oficial e comentou sobre a disposição do governo brasileiro em ajudar a dialogar sobre o fim da guerra na Ucrânia.


"A conversa, tanto comigo como com o presidente, não entramos em questão de guerra. Entramos em questões de paz. O Brasil quer promover a paz, está pronto para arregimentar ou se unir a um grupo de países que estejam dispostos a conversar sobre a paz. Essa foi a conversa que nós tivemos", afirmou. O ministro evitou comentar críticas de países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, sobre a posição brasileira em relação ao conflito. "O Brasil e a Rússia completam, este ano, 195 anos de relação diplomática, com embaixadores residentes", destacou.


Mauro Vieira também relatou que Lula recebeu, das mãos de Lavrov, uma carta enviada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em que o convida para visitar a Rússia, em junho, para um fórum econômico em São Petesburgo. "O convite está sendo examinado", disse o chanceler.


Ainda este ano, os governos de Brasil e Rússia devem se reunir novamente por meio da comissão de alto nível dos dois países, que são presididas pelo vice-presidente brasileiro e o primeiro-ministro russo.


"Identificamos uma quantidade bem grande de interesses comuns, em ciência e tecnologia, cultural e pesquisa espacial", destacou Vieira.


Visita oficial

Mais cedo, no Palácio do Itamaraty, Lavrov agradeceu o empenho do Brasil para negociar o fim da guerra na Ucrânia e disse que o governo russo está interessado em solucionar o conflito o mais rapidamente possível. Lavrov fez a declaração após se reunir com o ministro das Relações Exteriores do Brasil.


Desde o início do governo, Lula tem defendido a criação de um grupo de países neutros para negociar uma saída pacífica entre Rússia e Ucrânia. A guerra já dura mais de um ano, desde que as forças russas invadiram o território ucraniano, em meio a conflitos regionais e à atuação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em países próximos à fronteira com a Rússia.


“Reiterei nossa posição em favor de um cessar-fogo imediato, do respeito ao direito humanitário e de solução negociada com vistas a uma paz duradoura e que contemple as preocupações de ambos os lados”, disse o chanceler brasileiro em declaração à imprensa após o encontro.


Em viagem à China na semana passada, o presidente Lula disse que, com “boa vontade” mútua, seria possível convencer os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que a paz interessa a todo o planeta.


O presidente brasileiro pediu paciência para convencer os países que estão fornecendo armas à Ucrânia, dizendo que os Estados Unidos devem parar de “incentivar a guerra” e sugerindo que a União Europeia e os demais países comecem a falar em paz.


Sanções

O conflito tem impactado o comércio global, com as sanções impostas à Rússia pelos Estados Unidos, Japão e países europeus. Além disso, Rússia e Ucrânia são grandes produtores agrícolas, e a guerra está causando aumento nos preços dos alimentos em todo o mundo. A Europa também está sendo fortemente impactada pela falta do fornecimento de gás natural da Rússia.


Nesta segunda-feira, Mauro Vieira reiterou a posição brasileira contrária à aplicação de sanções unilaterais. “Tais medidas, além de não contarem com a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem impacto negativo a todo o mundo, em especial aos países em desenvolvimento, muitos dos quais ainda não se recuperaram plenamente da pandemia”, disse.


Para o Brasil, a Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes, insumo essencial para o agronegócio brasileiro. No ano passado, o presidente russo garantiu o fornecimento ininterrupto de fertilizantes para o país. Hoje, os chanceleres conversaram sobre medidas para garantir o fluxo desse insumo.


Brasil e Rússia também atingiram quase US$ 10 bilhões em comércio bilateral este ano. "Era o volume que tinha sido estabelecido como meta, há cerca de 12 anos, quando foi criada a comissão de alto nível [entre os dois países]", afirmou Mauro Vieira.



Chanceler russo Sergei Lavrov visita o Brasil; Ricardo Caldas comenta

Batalha pelo Donbass é "dolorosa e difícil", diz Volodymyr Zelensky enquanto Exército luta em Bakhmout


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (5) que seu Exército está travando uma batalha "dolorosa e difícil" contra as forças russas na região do Donbass, no leste do país, onde está localizada Bakhmout, disputada pela Rússia há meses. A cidade ainda resiste, mas o cerco está apertando. A RFI conversou com civis em Chassiv Yar, um vilarejo cheio de artilharia ucraniana, a 15 quilômetros do front e que pode cair logo após Bakhmout.


Com informações do enviado especial em Tchassiv Yar, Vincent Souriau

Neste domingo, o presidente ucraniano saudou a bravura de seus homens. “Gostaria de prestar uma homenagem especial à bravura, força e resiliência dos soldados que lutam no Donbass", disse Zelensky em seu comunicado diário.


As tropas russas continuam tentando cercar a cidade simbólica de Bakhmout, o epicentro da guerra no leste da Ucrânia, informou o Exército ucraniano neste domingo, garantindo ter repelido novos ataques. No seu relatório diário, o Estado-Maior ucraniano afirma que "mais de 130 ataques inimigos" foram repelidos nas últimas 24 horas, em vários setores do front, como Kupyansk, Lyman, Bakhmout e Avdiïvka. "O inimigo continua suas tentativas de cercar a cidade de Bakhmout", diz o relato, sem maiores detalhes.


Enquanto isso em Chassiv Yar, não muito longe do front, Alina não quer nem pensar sobre a possível chegada dos russos em seu bairro. “Entre, entre!” convida ela, com um grande sorriso, fumando um cigarro na frente de sua mercearia, como se nada estivesse acontecendo. “Afinal, por que eu deveria me importar? Os soldados estão lá, por que eu não continuaria vivendo normalmente? Sim, sim, sou um pouco maluca”, admite. “Mas cada um ajuda como pode. Eu, me assusto com as armas, mas fico aqui e vendo pão e salsicha”, diz.



“Eles não vão chegar tão longe! O Exército vai pará-los”, acredita. Alina quer manter o ânimo, mas há 15 dias a cidade está sem eletricidade, não há mais aquecimento, água encanada e os hospitais não conseguem acomodar todos os feridos. "Mas não se preocupe! Temos um kit de primeiros socorros. Eu faço o que você quiser: médico, enfermeiro, técnico. Sim, sim, vamos colocar um curativo, vamos desinfetar e pronto”, diz Alina, rindo.


O cerco se fecha em Bakhmout

Nas últimas semanas, as forças russas avançaram ao norte e ao sul de Bakhmut, cortando três das quatro rotas de abastecimento ucranianas e tornando a posição dos defensores cada vez mais precária.


O Exército separatista pró-Rússia de Donetsk, que dá apoio às forças russas, publicou um vídeo com o objetivo de mostrar combatentes do grupo paramilitar russo Wagner no subúrbio norte de Bakhmout, alegando que a pequena estação ferroviária de Stoupky, havia sido conquistada.


Na sexta-feira, o grupo paramilitar Wagner garantiu que havia "cercado virtualmente" a cidade.


Aldeias ao norte e oeste de Bakhmout foram atacadas, confirmou Serhii Tcherevatyi, porta-voz do Grupo Oriental das Forças Armadas Ucranianas, à CNN, no sábado. Ele disse que embora a situação em Bakhmout seja "difícil", ela permanece "sob controle".


"Os russos poderiam tentar cercar as forças ucranianas em Bakhmout, mas o comando ucraniano deu o sinal de que preferia a retirada a arriscar um cerco", estimou, também no sábado, o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), um grupo de especialistas americanos.


A batalha por Bakhmout, uma cidade industrial cuja importância estratégica é contestada, já dura desde o verão. A cidade se tornou um símbolo porque está no centro da luta entre russos e ucranianos por meses.

(Com informações da RFI e da AFP)

Prefeito de Curitiba participa de ato pela paz na Ucrânia

Ato pela paz no Memorial Ucraniano em homenagem as vitimas da Guerra da Ucrânia que completa 1 ano hoje - Curitiba, 24/02/2023 - Foto: Daniel Castellano / SMCS


@SMCS

A comunidade ucraniana de Curitiba se reuniu no Memorial Ucraniano do Parque Tingui, nesta sexta-feira (24/2), em um ato pela paz entre a Rússia e a Ucrânia.


A ação contou com a presença do prefeito Rafael Greca e foi realizada pelas igrejas ucranianas de Curitiba, sociedades de cultura ucraniana (Subras e Clube Poltava) e Representação Central Ucraniano-Brasileira (RCUB).

Prefeito Rafael Greca presente no ato pela paz no Memorial Ucraniano em homenagem as vitimas da Guerra da Ucrânia que completa 1 ano hoje - Curitiba, 24/02/2023 - Foto: Daniel Castellano / SMCS


Os participantes vestiam as típicas camisas bordadas, camisetas com dizeres ucranianos e levaram bandeiras e velas.


“Mais um vez estamos nos reunindo aqui no Parque Tingui, em frente à Igreja de São Miguel Arcanjo, suplicando paz para a Ucrânia. Esperamos que esta guerra, que já dura um ano, chegue ao fim com a ajuda de todas as nações, incluindo o Brasil que vem fazendo sua parte. Afirmamos nossa solidariedade e pedimos pela paz”, disse o prefeito, antes das orações.

Ato pela paz no Memorial Ucraniano em homenagem as vitimas da Guerra da Ucrânia que completa 1 ano hoje - Curitiba, 24/02/2023 - Foto: Daniel Castellano / SMCS


O Paraná concentra a maior parte da imigração ucraniana no Brasil, com destaque para Prudentópolis, que recebeu muitas famílias no século 19. São cerca de 400 mil imigrantes e descendentes em todo estado, 55 mil deles na capital.


A descendente de ucranianos Tania Maria Lezan Popadiuk, acompanhada de sua filha Gabriela, estava emocionada e pediu que a guerra termine logo.


“Viemos aqui para rezar pela paz. Esta guerra não tem o menor sentido e nossos irmãos ucranianos estão sofrendo muito. Nossos antepassados já saíram de sua terra natal por causa de guerra e agora as coisas se repetem", disse Tania.


Presenças

Estiveram presentes o presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira, Vitorio Sorotiuk; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina Castro; a presidente do Instituto Municipal de Turismo ,Tatiana Turra; o coordenador da Assessoria de Relações Internacionais da Prefeitura de Curitiba, Rodolpho Zanin Feijó; a deputada estadual Marcia Huculak; Carlos Valdir Henze Junior, representante do Clube Cultural Ucraniano Poltava; Felipe Oresten da Sociedade Ucraniana do Brasil; o cônsul da Ucrânia em Curitiba, Mariano Czaikowski; Marta Olkowska, cônsul da Polônia; o cônsul do Reino Unido, Adam Patterson; o assessor de Relações Internacionais na Fecomércio PR, Rodrigo Schimit; o arcebispo da igreja Ortodoxa Ucraniana, dom Jeremias Ferens; o arcebispo da Igreja Greco-Católica, dom Volodemer Koubetch; e a diretora do Grupo Folclórico Barvinok, Solange Melnyk Oresten.

Foto: Daniel Castellano / SMCS


Assembleia Geral da ONU aprova nova resolução pelo fim da guerra

Conflito completará um ano nesta sexta-feira

© Loey Felipe


Da Agência Brasil 

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje (23) uma nova resolução pedindo o fim da guerra na Ucrânia. O texto foi aprovado por 141 votos. Outros 32 países votaram contra a resolução e sete se abstiveram. O Brasil foi o único país dos Brics (bloco econômico composto também por Rússia, China, Índia e África do Sul) a votar favorável. A aprovação ocorreu na véspera do conflito completar um ano.


A resolução, como um todo, pede o fim da guerra, o respeito à soberania ucraniana, à integridade física de civis e às convenções internacionais relativas ao tratamento de prisioneiros de guerra. O texto também conclama às duas partes e à comunidade internacional que busquem formas de mediar a paz, além de ressaltar que o fim da guerra fortaleceria a harmonia e segurança internacionais.


O documento ainda aponta os efeitos da guerra na segurança alimentar, energética e nuclear, pedindo uma solução imediata em conformidade com os princípios previstos na Carta da ONU, o tratado que estabeleceu as Nações Unidas. Além disso, enfatizou a necessidade dos responsáveis por crimes de guerra enfrentarem processos internacionais.


Antes da votação da resolução, na abertura da sessão, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou os efeitos da guerra. Ele afirmou que 40% dos ucranianos precisam de ajuda humanitária e que a disputa já deixou 8 mil mortos. O documento não tem força legal, apenas um peso político.


A Rússia fez críticas à postura dos países ocidentais. Para os russos, a crise está sendo estimulada pelo ocidente que, na visão deles, tem conduzido uma “guerra híbrida” que desencadeou em uma crise alimentar. Na visão de Moscou, a resolução aprovada não ajudará a encerrar o conflito. Existe, segundo eles, uma “russofobia” crescente. A Rússia alega ainda que as sanções impostas ao país atingem mais duramente os países em desenvolvimento.



Brasil

O Brasil tem procurado mostrar um posicionamento equilibrado diante do tema e evita tomar decisões que coloquem o país na guerra. A posição do governo brasileiro, por exemplo, é de não enviar munição para tanques do exército ucraniano. Na avaliação do presidente Lula, a medida seria entendida como uma participação do Brasil na guerra.


O Brasil chegou a sugerir à ONU a inclusão de um parágrafo que pede o fim das hostilidades entre os dois países. O ministro das Relações Internacionais, Mauro Vieira, considerou essa postura importante no cenário internacional.


A postura do Brasil está sendo bem vista pela Rússia, que vê o parceiro de Brics como um mediador em potencial. Para Moscou, a postura do Brasil é digna de respeito, por resistir aos apelos dos Estados Unidos para apoiar diretamente o exército ucraniano.

UCRÂNIA "Ucrânia fez progressos que ninguém esperava"




@EURONEWS

No dia 9 de fevereiro, pela primeira vez, o presidente ucraniano apareceu numa fotografia da "família europeia". Uma fotografia simbólica, que representa o início de um longo caminho ainda com muitos obstáculos. Os analistas sublinham os avanços dos últimos meses.


Benjamin Couteau, investigador do Instituto Jacques Delors, lembra que "quando a candidatura foi oficialmente reconhecida em junho passado, foram pedidas sete reformas prioritárias a implementar". Hoje, diz Couteau, "a Ucrânia não implementou tudo o que lhe foi pedido, mas encontra-se numa fase muito avançada".


A adoção de uma lei sobre os media e a vasta operação anticorrupção demonstraram a determinação do presidente ucraniano perante os líderes europeus.


Alberto Alemanno, especialista em direito da União Europeia, destaca "a aceleração política e a forte vontade por parte do Presidente Zelenskyy e do seu governo de cooperar com toda uma série de peritos internacionais que estão a promover de uma forma sem precedentes a adesão de um Estado candidato à União Europeia".


O próximo passo importante é a luz verde dos 27 para a abertura das negociações. Mas enquanto a guerra durar, muitas incertezas persistem.


Benjamin Couteau sublinha que "este processo depende, em grande parte, do resultado do conflito e que a única coisa de que podemos ter a certeza é a determinação dos ucranianos em ir o mais rapidamente possível e o mais longe possível neste processo de adesão".



Canadá envia primeiro tanque Leopard 2 para a Ucrânia

 Avião da Força Aérea canadiana saiu de Halifax   -   Direitos de autor  screenshot - EV


De  Euronews

Com uma mega operação de logística em curso, o Ocidente começou a enviar armas e material militar para a Ucrânia.


Do Canadá saiu, este sábado, um avião da Força Aérea com o primeiro tanque Leopard 2 a bordo.


O aparelho "descolou de Halifax", confirmou a ministra canadiana da Defesa, Anita Anand, através da rede social Twitter.



"O Canadá está solidário com a Ucrânia e continuaremos a fornecer às Forças Armadas ucranianas o equipamento de que precisam para vencer", acrescentou a ministra.



Os EUA, por outro lado, prometeram o envio de mísseis guiados e de defesas antiaéreas, enquanto França e Itália enviarão, na primavera, o sistema de defesa antiaérea de longo alcance SAMP/T - MAMBA.


Na madrugada deste sábado, o primeiro-ministro português, António Costa, também confirmou que Portugal vai ceder às Forças Armadas ucranianas tanques Leopard 2, acrescentando que está em curso uma operação logística com a Alemanha para recuperar alguns carros de combate.


"Estamos neste momento a trabalhar para podermos ter condições de dispensar alguns dos nossos tanques. Sei quantos tanques serão [enviados para a Ucrânia], mas isso será anunciado no momento próprio", disse o líder do executivo à agência Lusa no final de uma visita que efetuou à missão militar portuguesa na República Centro Africana.


Acrescentou que "o movimento que está em curso na Europa é no sentido de poder ter o conjunto desses meios disponibilizados até ao final de março."


EUA: "luz verde" para uso de dinheiro russo apreendido

Entretanto, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, anunciou a autorização o uso de fundos e ativos russos confiscados para ajudar a Ucrânia.


O anúncio foi feito durante um encontro com o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, em Washington.


De acordo com Garlando dinheiro vem de ativos apreendidos ao oligarca russo Konstantin Malofeyev, que foi indiciado em abril por não cumprir sanções.


Já Andriy Kostin diz que este passo permitirá o uso dos 5,4 milhões de dólares dos bens confiscados para "reconstruir a Ucrânia."


No terreno, a guerra continua com avanços de ambos os lados do conflito no leste da Ucrânia, com fogo de artilharia em Donetsk e Lugansk.


Kiev suspeita que a Rússia está a preparar uma ofensiva de larga escala que pode atingir a capital.


Para asfixiar a capacidade de a Rússia financiar a guerra entra, este domingo, em vigor um acordo dos 27 Estados-membros da União Europeia para fixar limites aos preços dos produtos petrolíferos russos.

O ministro da defesa da Ucrânia na sua possível passagem para a pasta da indústria: "Eu recusaria".

Archivo - Oleksi Reznikov, ministro de Defensa de Ucrania - MYKOLA TYS / ZUMA PRESS / CONTACTOPHOTO



© Fornecido por News 360*

O Ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksi Reznikov, disse no domingo que se recusaria a chefiar o Ministério das Indústrias Estratégicas se o governo lhe oferecesse o cargo como medida na sequência de um escândalo de corrupção na pasta que atualmente dirige sobre a compra de rações militares.


"Se de repente recebesse tal oferta do presidente da Ucrânia ou do primeiro-ministro, recusá-la-ia porque não tenho a experiência que me permitiria ser o ministro do Ministério das Indústrias Estratégicas. Portanto, penso que é um erro", disse ele numa entrevista com o canal de televisão ucraniano ICTV, como foi relatado pelos meios de comunicação locais.


Reznikov reiterou que só se demitiria se o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky lhe pedisse que o fizesse, embora ainda não tenha feito tal oferta.


"Repito mais uma vez que a decisão de demissão do Ministério da Defesa ou do Ministério dos Negócios Estrangeiros só pode ser tomada pelo Presidente em conformidade com a Constituição da Ucrânia", disse, sublinhando que "esta é a primeira vez" que ouviu falar da oferta de mudança para o Ministério da Indústria.


Sublinhou que era "notícia": "Posso dizer que isto é novidade para mim. Não tive qualquer conversa sobre o Ministério da Indústria Estratégica com o Presidente da Ucrânia, o Comandante-em-Chefe", disse ele.


Várias fontes oficiais disseram aos media ucranianos nos últimos dias que Zelenski poderia anunciar a substituição de Reznikov na próxima semana, mas ainda não foi feito nenhum anúncio oficial. Seria substituído pelo chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, Kirilo Budanov.


Zelenski descreveu a onda de despedimentos como "necessária". "Todas as questões internas que impedem o Estado estão a ser eliminadas e continuarão a ser eliminadas. É justo, é necessário para a nossa defesa, e ajuda a nossa aproximação às instituições europeias", disse ele.


A Ucrânia foi palco de numerosos casos de corrupção no passado e a Transparency International classificou-a em 122º lugar entre 180 na sua sondagem de percepção da corrupção em 2021. A luta contra tais crimes é também uma das principais exigências da União Europeia (UE) no processo da sua possível adesão ao bloco, que a Rússia rejeita firmemente.


*Fonte: (EUROPA PRESS)

O alto funcionário militar da OTAN apela aos países da OTAN para que passem para uma «economia de guerra»


Presidente do Comité Militar da OTAN, Almirante Rob Bauer - ANDREW VAUGHAN / ZUMA PRESS /CONTACTOPHOTO 


© Fornecido por News 360

O presidente do Comité Militar da OTAN, o Almirante holandês Rob Bauer, argumentou que os Estados membros da OTAN precisam de mudar para uma "economia de guerra" para satisfazer as necessidades da Ucrânia face à invasão russa.


"Precisamos de aumentar a produção da indústria de defesa e já se fala cada vez mais sobre isto a nível nacional. Isto poderia significar dar prioridade a certas matérias-primas, certas capacidades de produção necessárias para a indústria de defesa em vez da civil. Estas prioridades devem ser discutidas, parcialmente, sobre uma economia de guerra em tempo de paz", disse Bauer numa entrevista com a estação de televisão portuguesa RTP no sábado.


Bauer disse que no último quarto de século a economia global tem funcionado com base no princípio do "de vez em quando", mas as perdas materiais e técnicas significativas da guerra revelaram a fraqueza desta abordagem."Ambos os lados gastam muitas munições e material destrutivo: tanques e aviões. Ambos os lados precisam de comprar muita matéria-prima e munições para continuar a lutar. O problema para ambos é que a indústria da defesa no Ocidente e na Rússia precisa de aumentar a sua produção", argumentou ele. As reservas em arsenais "normalmente não são necessárias, mas assim que são necessárias, é uma loucura", disse ele.


Para conseguir esta transição será necessária uma mudança na mentalidade da população, que ele descreveu como "difícil". "Temos de garantir que os russos não ganham a guerra na Ucrânia. Se o fizerem, teremos um problema muito maior em termos de dinheiro e de defesa: os russos estarão nas nossas fronteiras", advertiu ele.


Bauer apontou o rearmamento como uma das principais prioridades da Aliança, que ele reconheceu ter perdido o seu monopólio de iniciativa militar. Entretanto, Moscovo mantém objectivos estratégicos que vão para além da Ucrânia e procura recuperar a dimensão da antiga União Soviética, salientou.


Fonte: (EUROPA PRESS)

Biden deve enfrentar mais resistência em 2023 para enviar ajuda à Ucrânia

Wolodymyr Zelensky presenteia a líder democrata Nancy Pelosi com uma bandeira da Ucrânia, no Congresso dos EUA (21/12/22). REUTERS - JONATHAN ERNST

A Casa Branca deve encontrar resistência entre os republicanos alinhados à visão nacionalista da América para a aprovação de pacote de ajuda à Ucrânia que está em análise no Congresso dos Estados Unidos.


Leandra Felipe, correspondente da RFI nos EUA

Na noite dessa quarta-feira (21), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky fez um discurso no Congresso americano finalizando a visita anunciada de última hora a Washington para acertar detalhes de uma ajuda financeira e assistência ao país que há 10 meses está em guerra contra a Rússia. Foi a primeira viagem do presidente da Ucrânia ao exterior.


Com a pressão da inflação e ameaça de recessão, a ajuda financeira para a Ucrânia pode ser um desafio para o presidente Joe Biden. Isso porque caberá ao Congresso aprovar o pacote adicional de US$ 45 bilhões que a Casa Branca pretende enviar aos ucranianos.


Vai ser difícil juntar os votos com a nova configuração das duas casas legislativas. Após as eleições de meio de mandato em novembro, os republicanos têm uma pequena vantagem na Câmara dos deputados e Biden manteve uma apertada maioria no Senado.E se numericamente a vantagem é quase um empate nas duas casas, a ajuda a um país estrangeiro vai ser ainda mais criticada pelos republicanos, sobretudo porque o próximo ano será de muita pressão da oposição - vai ser o terceiro ano do mandato democrata e com republicanos já de olho nas eleições presidenciais de 2024.


Cenário mudou

Até agora, o governo Biden enviou quase US$67 bilhões em assistência econômica e militar à Ucrânia. Parte desse montante, foi um pacote de U$40 bilhões aprovado em maio, com 358 votos a favor, e somente 57 contrários na Câmara. No Senado, na época, só 11 senadores votaram contra o projeto para aprovação final.


Por outro lado, agora politicamente, os republicanos, a imprensa contrária a Biden e parte da população se mostram cada vez mais críticos com relação a essa ajuda, tanto pelos problemas na economia, quanto devido a problemas como a crise de imigração e humanitária na fronteira do México e Estados Unidos, sobretudo no Texas.


Em uma pesquisa realizada em novembro, pouco mais da metade dos eleitores republicanos apoiaram a ajuda à Ucrânia - muito abaixo dos 80% que expressavam apoio em março, logo após o início da guerra.


Caridade e moletom

Para a Ucrânia, a visita surpresa de Volodymyr Zelensky valeu a pena. Os EUA anunciaram que vão fornecer quase US$2 bilhões adicionais em assistência militar, o que inclui a transferência de um sistema de defesa aérea chamado Patriot, considerado extremamente eficaz e de alto custo, além de tanques de guerra, artilharia e mísseis.


Quanto ao discurso na noite da quarta-feira, Zelensky dirigiu-se ao Congresso e à população em inglês. Ele disse que a ajuda não deve ser vista como caridade, mas como um investimento do governo norte-americano na democracia mundial.


Essa afirmação do presidente ucraniano também foi criticada. A imprensa alinhada aos republicanos condenou até mesmo o moletom verde usado por Zelensky, ao dizer que ele deveria ter se apresentado mais formalmente no Capitólio, e se de fato não se trata de caridade.


No Twitter, o deputado republicano Andy Biggs escreveu: “Chega de cheques em branco para a Ucrânia". Biggs é um dos líderes emergentes dentro da ala mais nacionalista alinhada a Donald Trump.


Mas por outro lado, ao longo do dia, democratas alinhados a Biden fizeram de tudo para apoiar a visita. A atual líder democrata da Câmara, Nancy Pelosi, fez de tudo para levar senadores e deputados ao Congresso, em uma semana próxima ao Natal e em um dia de nevasca em boa parte do centro-leste do país.


Na Casa Branca, antes do evento no Congresso, Biden havia usado o mesmo argumento de Zelensky na defesa da democracia para reafirmar o apoio ao país em guerra contra a Rússia. Biden disse que as ações comandadas por Vladimir Putin são um ataque brutal ao direito dos ucranianos de existir como nação. E reiterou que os Estados Unidos vão fortalecer a capacidade da Ucrânia de se defender com treinamento e mais envio de mísseis. Mas isso vai depender não apenas dele, mas muito da vontade do Congresso que estará cada vez mais pensando em 2024.

Ucrânia espera defesa aérea de longo alcance

Kiev   -   Direitos de autor  Evgeniy Maloletka/Copyright 2020 The AP. All rights reserved

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A Rússia lançou um novo ataque com drones contra Kiev, na manhã desta quarta-feira. Não foram registadas vítimas nem danos em instalações elétricas. Dois edifícios administrativos no centro da capital foram atingidos e a defesa aérea ucraniana revelou que abateu 13 drones.


Os ataques com mísseis russos e com drones durante os últimos dois meses destruíram infraestruturas chave em toda a Ucrânia, e Kiev tem repetido os pedidos de ajuda aos aliados ocidentais, principalmente o envio de defesa aérea de longo alcance.


As autoridades norte-americanas já garantiram que o Pentágono está a finalizar planos para enviar mísseis Patriot. Este sistema de defesa aérea de longo alcance pode ser utilizado em todas as condições meteorológicas para combater mísseis balísticos táticos, mísseis de cruzeiro e aeronaves avançadas. Será o sistema de defesa de longo alcance mais eficaz enviado para a Ucrânia e as autoridades dizem que vai ajudar a assegurar o espaço aéreo para as nações da NATO na Europa de Leste.



Entretanto, os serviços secretos de Kiev revelaram que as forças russas estão a utilizar mísseis que a Ucrânia transferiu para a Rússia nos anos 90. Em declarações ao jornal The New York Times, o representante dos serviços secretos militares ucranianos disse que as forças russas estão a utilizar mísseis balísticos e bombardeiros estratégicos que a Ucrânia transferiu para a Rússia para desmantelamento, no âmbito do Memorando de Budapeste.

Kiev pode sofrer apagão total. Presidente da câmara alerta: "É necessário estarmos preparados"

Mulher num café, à luz das velas, durante corte de energia, em Kiev, Ucrânia   -   Direitos de autor  Andrew Kravchenko/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, alertou, este domingo, para a possibilidade de um corte total da eletricidade na capital ucraniana, num futuro próximo.


Perante a destruição de infraestruturas vitais para o funcionamento da cidade, o autarca diz estar a ponderar todos os cenários possíveis e apela à população - já habituada a cortes temporários de energia - para que esteja preparada.


"Estamos a fazer tudo para que isso não aconteça. Mas sejamos honestos, os nossos inimigos estão a fazer tudo para manter a cidade sem aquecimento, eletricidade, nem água, e para que todos nós morramos. Essa é a sua missão. O futuro do país e o futuro de cada um de nós depende de como estamos preparados para várias situações. É necessário estarmos preparados", afirmou Klitschko, durante uma entrevista.



Klitschko reconhece ainda que a Rússia está a explorar a falta de acesso a energia para mudar o sentimento dos países vizinhos - altamente dependentes do gás russo para se aquecerem - em relação à guerra.


Nas últimas semanas, bombardeamentos russos deixaram várias vezes milhões de ucranianos sem eletricidade e água, além dos cortes em vigor para evitar sobrecargas e permitir reparações.


Os ataques da Rússia a centrais e linhas elétricas já danificaram ou destruíram por completo cerca de 40% do sistema energético da Ucrânia.

Alemanha reforça apoio a Ucrânia "pelo tempo que for necessário", garante Steinmeier

À terceira foi de vez; depois de duas tentativas falhadas o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, chegou finalmente à Ucrânia. Mas cedo viu os planos da visita serem alterados. Numa deslocação à cidade de Koryukivka, no norte do país, o alarme das sirenes antiaéreas soou e, na iminência de um ataque, toda a comitiva viu-se obrigada a refugiar-se num abrigo subterrâneo.


O momento foi aproveitado para falar com os habitantes locais sobre as dificuldades de um dia a dia em guerra,


Já em Kiev, o presidente alemão, que até já tinha sido desconvidado pelo presidente Volodymyr Zelenskyy por alegadas ligações à Rússia, acabou por se sentar à mesa com o homólogo ucraniano. 



Frente a frente, Steinmeier reforçou o apoio da Alemanha à Ucrânia, através da entrega de sistemas de defesa aérea, numa altura em que as infraestruturas energéticas do país se encontram sob ataque dos mísseis russos.


" Estamos do vosso lado, apoiamos-vos, vamos continuar a apoiar-vos, economicamente, politicamente, militarmente, pelo tempo que for necessário. A Alemanha, senhor presidente, condena as medidas de escalada da Rússia, que incluem a mobilização parcial e a retórica nuclear irresponsável", declarou o chefe de Estado germânico, em conferência de imprensa.


A Ucrânia tem visto os ataques de mísseis russos intensificar-se nos últimos dias, com Moscovo a acusar Kiev de se estar a preparar para lançar a chamada "bomba suja", um dispositivo que combina explosivos convencionais com material radioativo.


As autoridades ucranianas negam e ao lado do Ocidente acusam o Kremlin de querer um pretexto para manter a "agressão russa". A pedido de Kiev, que espera desmentir as acusações russas, uma equipa de peritos da Agência Internacional de Energia Atómica é aguardada na Ucrânia .



Do lado russo, uma explosão no exterior de uma estação de televisão na cidade ocupada Melitopol foi considerada pela Rússia um ataque terrorista.

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