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Evento apoiado pelo Ministério de Cultura do Uruguai promove conexão entre líderes brasileiros do setor de materiais de construção



Lideranças participantes representam 75% do PIB do setor de atacado e varejo no Brasil e América Latina



Maca/Uruguai. Foto: Divulgação 

Rio Grande do Sul, fevereiro de 2024.
Entre os dias 11 e 14 de março acontecerá o “Summit: Líderes de Famílias Empresariais”, em Punta Del Este (UY), evento liderado pela Atlas, referência em componentes e acessórios para a construção civil, com apoio do Ministério de Turismo do Uruguai.


O evento reunirá mais de 90 líderes familiares do atacado e varejo de material de construção especialmente do Brasil e também do Uruguai, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Líbano com o objetivo de gerar conexões de negócios e ampliar o conhecimento cultural destas empresas.

“Estamos na quinta edição e reforçamos o nosso compromisso de reunir os maiores líderes do setor de materiais de construção para formação, networking qualificado e criação de novas conexões no setor. Com o apoio do Ministério de Turismo, este ano vamos fazer uma edição inédita, ressaltando a cultura uruguaia e suas possibilidades para os negócios”, comenta Márcio Atz, Diretor da Divisão de Materiais de Construção da Atlas.

A parte formativa do evento abordará temáticas voltadas à governança, finanças, transformação digital, sucessão familiar e perpetuidade nos negócios, e serão lideradas pela ISE Business School, uma das melhores escolas de gestão do mundo e primeiro lugar no ranking mundial de Programas Abertos de Educação Executiva.

A recepção de boas-vindas será no restaurante OVO BEACH by OSAKA, maior clube beach da Praia Mansa, conhecida pela sua gastronomia e coquetéis, apresentando o Kero by Osaka, espaço renovado dedicado à descoberta de coquetéis e à fusão de sabores.

Os líderes participarão do Gran Tour de Terroirs Del Uruguai, um tour de vinhos, criado especialmente para o evento, que inclui conhecimento dos principais vinhedos e produtores do país como Bodega Cerro del Touro, Alto de la Ballena, Bodega Garzón, Vinos de Mar, Pizzorno, Bouza, e Los Cerros de San Jua. Com criação do Sommelier Jerónimo Tellarini, diretor da Escola de Sommeliers do Uruguai e criador do famoso curso de vinhos "Desde la viña a tu copa”, o evento terá como propósito mostrar as principais diferenças e os fatores de qualidade de vinhos em cada região. “A ideia do tour é mostrar como os fatores climáticos e culturais influenciam e agregam na diversidade dos vinhos do Uruguai”, explica Jerónimo.

Os eventos de integração e networking acontecerão também nas principais atrações turísticas do país. A programação inclui um almoço, que será realizado na vinícola Narbona, fundada em 1909, uma das tradicionais vinícolas uruguaias. Além disso, está previsto um passeio cultural pelo MACA (Museo de Arte Contemporâneo Atchugarry), considerado o maior a céu aberto da América Latina, com mais de 70 esculturas e galerias de arte de artistas nacionais e internacionais.



Sobre a Atlas

A Atlas desenvolve negócios e produtos para pintura, construção e casa há 58 anos. Integrante da Holding InBetta, a empresa possui duas unidades fabris, uma em Esteio/RS (40 mil m2 e 550 colaboradores) e outra em Paulista/PE (30 mil m2 e 350 colaboradores), além dos centros de distribuição no RS, SP e PE. Na linha Atlas Pintura e Construção, o portfólio da empresa conta com mais de 1000 itens e na linha Atlas Casa o catálogo chega a 500 opções. Atualmente, a empresa exporta para mais de 50 países da América do Sul e América Central, além de alguns países na América do Norte, Europa e África. Presente em grande parte das lojas de materiais de construção, ferragens, home centers, e lojas de tintas do Brasil e exterior, a Atlas é premiada frequentemente pela busca da qualidade no atendimento a seus clientes, distribuidores, atacadistas, varejistas e consumidores finais.

Por que Montevidéu está prestes a ficar sem água


A água que sai da torneira em Montevidéu tem uma quantidade maior de sódio e cloreto do que o indicado pela regulamentação uruguaia desde o final de abril, o que fez centenas de milhares a beber água engarrafada. GETTY IMAGES



BBC News Mundo

Todas as manhãs, Sebastián Ciliurczuk abria a torneira de sua casa em Montevidéu para ferver a água do chimarrão.


Há 45 dias, esse contador de 41 anos teve que mudar esse hábito e esquentar um litro de água engarrafada para fazer a tradicional infusão.


Assim como ele, centenas de milhares de uruguaios deixaram de beber água da torneira ou usá-la para preparar suas bebidas.


A qualidade da água corrente na capital uruguaia e cidades próximas piorou ao longo do ano porque um dos reservatórios que abastecem o sul do país secou por falta de chuvas e porque a principal reserva de água doce da região - a represa Paso Severino, localizada a 80 quilômetros ao norte de Montevidéu, estava praticamente esgotada. Nesta semana, ela estava com apenas 3% da capacidade, mas já chegou a ficar com 1,7% no início de julho.



Um país próximo a um dos rios mais largos do mundo e que acreditava que suas reservas de água eram infinitas enfrenta a pior seca desde 74 anos, e suas consequências não são vistas apenas na produção agrícola, mas também no dia a dia vida de mais da metade de seus 3,5 milhões de habitantes.


O Uruguai, que foi o primeiro país do mundo a incluir em sua Constituição que o acesso à água potável é um direito humano fundamental, agora encontra dificuldades para cumprir o que determina o documento.


Manifestações populares pela água também são vistas nas ruas de Montevidéu. GETTY IMAGES




Água salgada na torneira

O governo de centro-direita de Luis Lacalle Pou estava confiante de que a escassez de água seria resolvida com as chuvas, mas isso não ocorreu.


"(A ação foi tomada) pensando que era uma questão temporária e que as chuvas viriam", declarou o vice-ministro do Meio Ambiente, Gerardo Amarilla, em entrevista ao canal local 12 em meados de maio.


Questionado sobre se essa era a razão pela qual não tinha sido feita anteriormente uma represa para transferir água de outro rio para a bacia que alimenta o abastecimento da capital, o governante reconheceu que sim.


Naquela época, o governo adotou medidas transitórias - por 45 dias - para flexibilizar os requisitos de qualidade da água encanada.


"Vamos torcer para que não precisem ser prorrogados", disse Lacalle Pou na ocasião.


Setenta dias depois, a qualidade da água não melhorou. 

A planta de purificação localizada na cidade de Aguas Corrientes tem mais de 140 anos e abastece a capital uruguaia e arredores. GETTY IMAGES


Com pouca água doce na represa Paso Severino, o governo autorizou em 26 de abril que a Companhia Nacional de Abastecimento de Água (OSE, estatal) utilize a água do rio da Prata, que tem maior concentração de sal e cloreto, e a misture com os outros estoques.


Uma semana depois, o governo permitiu que a proporção de sódio para cloreto fosse ainda maior na água que as autoridades dizem ser "própria para consumo humano".


Com essas disposições, o Uruguai garantiu que a água não parasse de sair quando a torneira fosse aberta. Apesar disso, a água que hoje sai da torneira em Montevidéu pode ter, segundo autorização do governo, mais que o dobro de sódio e quase o triplo de cloreto em relação aos valores máximos da definição de potabilidade do país sul-americano.


Em alguns dias, porém, esses novos tetos foram ultrapassados, segundo registros oficiais.


A água também contém maior quantidade de trialometanos, compostos químicos que se formam no líquido quando ele é tratado com cloro para desinfecção.


Diante do agravamento da crise hídrica, o governo decretou estado de emergência hídrica em 19 de junho e adotou uma série de medidas extraordinárias, como a construção de uma barragem de emergência e de uma barragem temporária, a compra de uma dessalinizadora e a instalação de uma tubulação de cerca de 13 quilômetros para levar água de outro rio até a estação de tratamento de água.

Investimentos adiados repetidamente


A causa imediata da crítica situação hídrica no sul do Uruguai é a falta de chuva.


Nos últimos três anos e meio, choveu 25% a menos que a média histórica, e, se for considerado apenas o primeiro semestre de 2023, a queda foi de 43% em relação à média.


A falta de chuvas no sul do país é ainda maior e, segundo o Instituto Uruguaio de Meteorologia, “o período atual é o mais seco” desde 1947.


Mas os especialistas consultados pela BBC Mundo consideram que a atual situação de emergência foi alcançada também pela falta de planejamento dos sucessivos governos uruguaios.


O reservatório Paso Severino foi inaugurado em outubro de 1987 e foi o último grande projeto realizado pelo Uruguai para aumentar sua capacidade de abastecimento de água.


Sua construção havia sido planejada após um estudo realizado em 1970, que recomendou várias medidas adicionais a serem adotadas, como a construção de outra barragem na cidade de Casupá, a 110 quilômetros de Montevidéu, para ter um segundo reservatório de grande vazão. A conclusão de uma segunda obra de abastecimento de água foi adiada, governo após governo.


Cinco episódios de estiagem nas décadas de 1990 e 2000 trouxeram o tema à tona de forma intermitente, mas como essas crises não foram suficientemente severas para afetar o abastecimento de água potável, logo o investimento voltou a ser adiado.


Em 2013 e após o aparecimento de cianobactérias na água, o governo uruguaio disse que deveria ser construído um novo reservatório; um ano depois, anunciou o início do projeto Casupá.


O tempo passou, o presidente José Mujica entregou o governo ao seu sócio de esquerda Tabaré Vázquez e, quase no final do mandato, em dezembro de 2019, o então presidente apresentou os estudos preliminares para o governo Lacalle Pou iniciar a construção do reservatório.


O projeto estabeleceu um cronograma de obras com conclusão em junho de 2024 e exigiu um investimento de US$ 100 milhões (cerca de R$ 470 milhões).

Outro projeto


O governo de Lacalle Pou decidiu ir por outro caminho diante da proposta de um grupo de investimentos para construir uma estação de tratamento de água na cidade costeira de Arazatí, a oeste de Montevidéu, para tirar água do rio da Prata a um custo de cerca de US$ 280 milhões (cerca de R$1,3 bilhão), mais juros, pagáveis ​​em 20 anos.


Isso politizou a discussão pública sobre a solução, e atualmente os partidos de oposição defendem o projeto Casupá, enquanto os governistas apoiam a iniciativa na costa uruguaia.


Até mesmo funcionários do governo declararam que continuam a beber água da torneira, enquanto os opositores afirmam que ela pode ser usada para quase nada.


“Suponha que (...) tivéssemos decidido pela barragem de Casupá, (...) teríamos feito tudo certo e em novembro ela estaria pronta; aquela represa [hoje] não tinha água”, disse Lacalle Pou em entrevista coletiva em maio.


“O que o governo decidiu?” perguntou o presidente, e ele respondeu: “Uma fonte inesgotável de água como o projeto Arazatí, que tira água do rio da Prata”.


O chefe de Estado disse que o projeto que lhe foi deixado pelo governo anterior não está descartado.


O gerente geral da OSE afirmou algum tempo depois que os dois projetos deveriam ser executados. "Você tem que fazer Arazatí o mais rápido possível e também tem que fazer Casupá", disse ele.

"Total falta de visão"


Para o diretor do Instituto de Ecologia e Ciências Ambientais da Faculdade de Ciências da Universidade da República do Uruguai, Daniel Panario, houve uma “total falta de visão”.


"Acreditamos firmemente que nada acontece aqui", disse ele à BBC Mundo.


Panario, que também é doutor em tecnologia ambiental e gestão hídrica, entende que, para evitar essa crise, deveria ter sido feito um investimento pontual tanto na geração de uma nova fonte de água quanto no reparo de tubulações.


No Uruguai, metade da água transportada pela OSE é perdida, enquanto a média de vazamentos nos países em desenvolvimento é de 35%, segundo o Banco Mundial.


“Os diferentes governos decidiram que era mais barato tornar a água potável do que consertar os canos ”, diz ele.


Sobre a dicotomia do que deveria ser a nova fonte de recursos hídricos para o sul do país, Panario sustenta que "não poderia ser nenhum dos dois" projetos em discussão, mas que o mais adequado é o de Casupá porque supõe um custo mais baixo.


O especialista alerta ainda que no passado a distribuição de água corrente no sul do país era descentralizada para várias fontes locais, e que ao longo das décadas a unificação dependente de uma única bacia agravou a crise atual.


Diego Berger, doutor em engenharia ambiental e administração de recursos hídricos, concorda que o acesso à água potável no Uruguai era considerado seguro e que faltava planejamento.


“É preciso entender que é um bem finito e que no futuro haverá mais flutuações, mais anos de seca e mais anos de enchente”, disse à BBC Mundo.


“Nenhuma presidência vai colher frutos [de planejar e investir] em seu governo porque as políticas de água implicam trabalhar no longo prazo, e em muitos lugares não querem fazer isso porque transcende a administração”, acrescenta.


Berger é o coordenador de projetos especiais no exterior da empresa israelense de água Mekorot, contratada pela OSE antes desta crise para consultoria. No ano passado, em entrevista à mídia local, Berger disse ser um "milagre" que o sul do Uruguai tenha "água todos os dias" porque depende de uma única fonte de abastecimento.


O especialista acredita que o mais conveniente é construir primeiro a estação de tratamento de água do rio da Prata, para garantir uma segunda fonte de água , e que o projeto Casupá seja desenvolvido em uma segunda etapa, porque depende da mesma bacia que nesses anos foi afetado.


Berger também acha que é preciso conscientizar a população sobre o consumo de água.


De acordo com um relatório do Ministério do Ambiente publicado a 7 de julho que inclui previsões meteorológicas e projeções baseadas em diferentes modelos, a normalidade na bacia que alimenta o abastecimento ao sul do país poderá ser alcançada em dezembro.


As chuvas dos últimos dias pouco ajudaram a resolver a crise hídrica do Uruguai, país que terá que buscar soluções de longo prazo para evitar o temido "dia zero" em que falta água.

Curitiba terá voo direto da Azul até Montevidéu a partir do segundo semestre

O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e pelo gerente de Relações Institucionais da Azul, César Grandolfo, durante o Paraná Day, evento realizado em Lisboa que reuniu autoridades portuguesas e paranaenses.


Governador Carlos Massa Ratinho Junior e o gerente de Relações Institucionais da Azul, César Grandolfo. Foto: Jonathan Campos/AEN


©AEN

Curitiba vai ganhar uma nova rota internacional a partir do segundo semestre deste ano. A Azul Linhas Aéreas anunciou nesta segunda-feira (15) o voo ligando a capital paranaense a Montevidéu, no Uruguai. O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e pelo gerente de Relações Institucionais da Azul, César Grandolfo, durante o Paraná Day, evento realizado em Lisboa que reuniu autoridades portuguesas e paranaenses.


O novo voo será operado três vezes por semana, utilizando aeronaves Embraer E2, com capacidade para transportar até 136 pessoas. O início das vendas está previsto para ocorrer em junho. As informações dos dias, horários e data do voo inaugural também serão divulgados no mês que vem pela companhia aérea.


Ratinho Junior ressaltou que o governo é parceiro da companhia para expandir as rotas aéreas do Paraná, o que ajuda a incrementar o turismo e os negócios do Estado. “Esta rota é muito importante para a conexão de Curitiba com a América do Sul. Estamos transformando o Estado no hub logístico do continente e isso também inclui a ampliação da malha aeroviária paranaense”, ressaltou o governador. “O Paraná passou a ser uma grande rota de turismo internacional, e além de receber novos voos, também está se tornando um destino de navios de cruzeiros”.


Para a Azul, o novo voo representa um grande passo para estabelecer novas conexões internacionais ao Brasil. “Estamos muito felizes com esse anúncio, pois mostra a forte relação que estamos construindo com a região Sul, principalmente com o estado do Paraná. Fazer esse anúncio aqui em Lisboa também é uma realização, pois a Azul planeja cada vez mais ligar o Brasil ao resto do mundo. Expor essa nova rota para outros países faz parte de um projeto estruturado de expansão”, destacou Grandolfo.


Fábio Russo, CEO da CCR Aeroportos, que administra o Aeroporto Internacional Afonso Pena e outros três terminais paranaenses, afirmou que a nova conexão é uma oportunidade de fortalecer os laços comerciais, culturais e turísticos entre as capitais paranaense e uruguaia.


“Estamos ansiosos para receber os passageiros nessa nova rota e proporcionar uma experiência de viagem memorável. A CCR Aeroportos continuará trabalhando para elevar o nível de segurança e conforto no Aeroporto Internacional de Curitiba, conectando pessoas e lugares de forma eficiente e confiável”, disse.


ROTAS AÉREAS – O Paraná está no radar das companhias aéreas e tem recebido uma série de novas rotas nos últimos meses. Entre elas, está outra conexão até a capital uruguaia, com um voo direto entre Foz do Iguaçu e Montevidéu operando duas vezes por semana.


A companhia também retomou, no último mês, os voos entre Curitiba e Congonhas, na cidade de São Paulo. No final do ano passado, também foi iniciado o voo direto entre Foz e Santiago, no Chile, operado pela JetSmart. Foram retomados, ainda, os voos diretos da Gol entre Maringá e o Aeroporto de Congonhas.


PARANÁ DAY – O Paraná Day reuniu nesta segunda-feira, em Lisboa, empresários portugueses, representantes de startups, prefeitos e lideranças políticas. O evento foi organizado pela Conexão de Negócios Paraná-Lisboa, Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e pela Invest Paraná, agência de prospecção de investimentos do Governo do Estado.


O evento faz parte de uma missão internacional liderada por Ratinho Junior, que passou também pelos Estados Unidos. O objetivo é atrair novos investimentos para o Paraná e a apresentar a investidores estrangeiros os potenciais do Estado, incluindo importantes projetos logísticos, como o pacote de concessões rodoviárias e a Nova Ferroeste.

Alegria da Igreja no Uruguai pela iminente Beatificação de Dom Jacinto


Dom Jacinto Vera, primeiro Bispo de Montevidéu 


Dom Jacinteo é considerado pai dos pobres e amigo dos sacerdotes, promoveu a integração dos cristãos leigos na vida da sociedade, a educação católica e a imprensa católica.


Vatican News

Os Bispos e o povo do Uruguai expressaram imensa alegria pela aprovação, da Santa Sé, de um milagre por intercessão do primeiro Bispo de Montevidéu. Ao recordar a figura deste incansável evangelizador, os Bispos declaram: “Foi um missionário e apóstolo, na cidade e no campo. Ele percorreu, três vezes, todo o país inteiro, socorrendo os feridos de guerras civis e fomentando missões de paz. Considerado pai dos pobres e amigo dos sacerdotes, promoveu a integração dos cristãos leigos na vida da sociedade, a educação católica e a imprensa católica. Fundou o Seminário da capital para a formação de futuros sacerdotes e incentivou a vinda de numerosas Congregações religiosas ao país: Salesianos e Salesianas, Dominicanos, Vicentinos, Capuchinhos, Jesuítas…”.


Os Bispos uruguaios destacaram ainda que Dom Jacinto Vera “guiou a Igreja sul-americana, mormente nos momentos difíceis, revitalizando a vida e a graça do Evangelho entre todos, sem distinção. Ao término da sua vida terrena, o Bispo contava com uma admiração unânime da sociedade do seu tempo, até de seus adversários. Sua iminente Beatificação leva-nos a renovar o nosso ardor missionário e o desejo de servir o país e o povo uruguaio”.


Dados biográficos

Jacinto Vera nasceu em 3 de julho de 1813 em um navio, no Oceano Atlântico, durante a viagem de sua família para o Uruguai, proveniente das Ilhas Canárias. Ao chegar ao país, o jovem trabalho com a sua família na lavoura, em Maldonado e Toledo. Aos 19 anos, sentiu-se chamado para a vida sacerdotal. Por isso, foi dispensado de servir o exército. Não tendo condições de estudar no país, por falta de Institutos de religiosos, transferiu-se para Buenos Aires, Argentina, onde se formou e celebrou sua Primeira Missa em 6 de junho de 1841.


Após a Ordenação foi designado como vigário paroquial e, depois, pároco da Villa de Guadalupe, em Canelones, onde trabalhou 17 anos. Em 4 de outubro de 1859, foi nomeado Vigário Apostólico do Uruguai, recebendo a ordenação episcopal na Matriz de Montevidéu, em 16 de julho de 1865.


Ministério episcopal

Em 1870, Dom Jacinto Vera participou do Concílio Vaticano I. Em 1878, com a criação da diocese de Montevidéu, que abrangia todo o Uruguai, foi nomeado seu primeiro Bispo.


Dom Jacinto faleceu durante uma missão apostólica, em 6 de maio de 1881. Em seu funeral, o povo já o considerava Santo, que lhe dedicou um memorial fúnebre, onde descansam seus restos mortais, na Catedral de Montevidéu, inaugurado um ano após a sua morte.


A Congregação das Causas dos Santos, com a aprovação do Santo Padre, reconheceu o seu milagre da “cura de uma menina de 14 anos”, ocorrida em 8 de outubro de 1936. Após uma operação de apendicite, a menina foi acometida por uma infecção, que se agravou, não obstante os incessantes tratamentos. Um tio da enferma levou-lhe uma fotografia, com uma relíquia do Servo de Deus, pedindo que lhe fosse colocada sobre a ferida e que toda a família rezasse muito. Na mesma noite, a febre diminuiu e cessaram suas dores. Na manhã seguinte, os médicos constataram a completa cura da menina, cientificamente inexplicável.


Fonte: Agência Fides

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