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Produtores de milho do Paraná têm melhor remuneração em outubro, aponta boletim do Deral

 Aumento foi de 26% em relação ao mesmo mês do ano passado. O boletim de conjuntura agropecuária preparado pelo Deral aponta ainda que o custo de produção de frangos, em que a alimentação tem o maior peso, também teve aumento.



Produtores de milho do Paraná têm melhor remuneração em outubro, aponta boletim do Deral.Foto: Albari Rosa/Arquivo AEN


@AEN

Os preços recebidos pelos produtores de milho no mercado paranaense tiveram aumento expressivo de 26% em outubro deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. Mas o custo da produção de frango, em que a alimentação é uma das variáveis mais significativas, também evoluiu, com aumento de 9,2% comparando-se setembro deste ano com o mesmo mês de 2023.

A análise detalhada faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 17 de outubro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), e nesta edição analisa, ainda, a produção de cevada e de cenoura e o desempenho comercial do leite e de suínos.

Na última semana os produtores paranaenses de milho receberam R$ 55,58 pela saca de 60 quilos do produto. No fechamento de outubro de 2023 essa mesma saca rendeu R$ 44,02. O cenário favorável no mercado doméstico pode ter como justificativa a variação cambial, visto a valorização de 16% do dólar frente ao real. Isso direcionou o produto para exportação, reduzindo a oferta no mercado interno, o que elevou os preços. Também contribui o período de entressafra, com uma maior demanda pelo cereal.

A alimentação dos frangos de corte, que tem o milho como um dos insumos, é o principal item a pesar no custo de produção. No Paraná ele representou 65,95% do custo total, que ficou em R$ 4,61 o quilo em setembro, de acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS), da Embrapa Suínos e Aves (CNPSA), base para o boletim produzido no Deral.

Esse valor, que se refere à criação de frango em aviários tipo climatizado em pressão positiva (caracterizado pela indução de ar externo para dentro do galpão), foi 9,2% superior aos R$ 4,22 por quilo em setembro do ano passado. O valor especificamente da alimentação foi de R$ 3,04 por quilo no último mês, aumento de 7,8% em relação aos R$ 2,82 por quilo em setembro de 2023.

CEVADA – O documento também aborda a perspectiva de se colher 291 mil toneladas de cevada em 2024, desde que as condições climáticas sejam favoráveis. A grande preocupação é com eventuais chuvas nos próximos 10 dias, o que pode atrasar a colheita. Cerca de 24% da área de 78 mil hectares já estava colhida no início desta semana.

No ano passado as chuvas durante a colheita, especialmente na região de Guarapuava, foram prejudiciais tanto na produtividade quanto na qualidade dos grãos. Esse fator foi importante inclusive para o desânimo de alguns produtores com essa cultura. Se as intempéries forem vencidas, a participação da cevada nacional na produção de malte pode crescer, diferentemente de 2023.

CENOURA – O boletim do Deral aponta ainda para a produção de 131,3 mil toneladas de cenoura no ano passado em 3,8 mil hectares do Paraná. O produto gerou Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 312,9 milhões. O Núcleo Regional de Apucarana destaca-se com participação de 58,4%. Nessa regional fica Marilândia do Sul, município com maior produção do Estado, com 67,5 mil toneladas em 1,5 mil hectares.

Nas cinco unidades da Ceasa no Paraná foram comercializadas 41,8 mil toneladas de cenoura no ano passado, com giro de R$ 109,2 milhões. Este ano, com produção maior que a expectativa, os preços têm se reduzido mês a mês. O produtor recebeu R$ 1,43 por quilo em setembro (63,7% a menos que os R$ 3,82 de janeiro). No varejo o quilo sai por R$ 2,84, contra R$ 8,20 de janeiro (65,3% a menos).

LEITE – De janeiro a setembro o Paraná importou 6,1 mil toneladas de produtos lácteos, como leite em pó e queijo muçarela. O volume é 42% inferior às 10,6 mil toneladas dos mesmos produtos em igual período de 2023.

Essa nova realidade beneficiou os produtores, que receberam em média 16,8% a mais por cada litro de leite entregue à indústria. Mas os consumidores sentiram os preços evoluírem nas gôndolas dos supermercados, custando 25,6% a mais em comparação com setembro do ano passado – de R$ 4,25 para R$ 5,34 o litro do longa vida, em média.

SUÍNOS – A análise sobre suínos leva em conta a exportação de cerca de 7 mil toneladas de carne industrializada pelo Brasil no ano passado – nesse grupo incluem-se apresuntado e fiambre como os mais comuns. O Paraná figurou como o maior exportador, com 2,7 mil toneladas, o que representa 37% do total.

O Paraguai foi o principal parceiro, recebendo 2,2 mil toneladas de carne suína brasileira industrializada, 86% provenientes do Paraná. Nos primeiros nove meses de 2024 o Brasil já enviou 6,8 mil toneladas da mesma carne para o Exterior.


Decisões embasadas em dados favorecem a lucratividade do pecuarista

A adoção de tecnologias no manejo do gado é essencial para que o produtor obtenha informações confiáveis e precisas que ajudarão na gestão e estratégia no negócio


Divulgação Siltomac


Com o avanço da tecnologia no campo, o produtor rural passou a ter acesso a mais dados sobre sua fazenda, porém, não basta ter apenas esses números, se estes não forem precisos e confiáveis para que possam embasar as melhores tomadas de decisões. No caso da pecuária, independentemente da vocação da fazenda (cria, recria ou engorda) ou atividade leiteira, as escolhas passam obrigatoriamente por fatores importantes, como: compra e venda dos animais, gestão de desperdícios, programação de dietas, entre outros itens. Portanto, para ser assertivo é preciso contar com ferramentas que ajudem a otimizar a gestão garantindo ganhos financeiros.  

De acordo com o professor do programa pós-graduação UNESP - Jaboticabal, Flávio Dutra de Resende, Pesquisador Científico – APTA Colina/SP, mesmo com o acesso facilitado às tecnologias, ainda há muitos produtores resistentes às mudanças e às inovações. “Ou seja, vão tocando a fazenda e quando algo dá errado no final não sabem o motivo, pois não têm controle e não sabem indicar os problemas. Sem dados não é possível fazer nenhum tipo de gestão ou identificação dos gargalos no sistema de produção pecuário”, destacou.

Pensando na engorda intensiva, por exemplo, que exige um maior investimento, o primeiro ponto a se atentar é em relação ao valor da dieta dos animais. Segundo Resende, a partir do momento que o pecuarista faz a análise dos custos, ele naturalmente tende a selecionar os animais mais eficientes. “O alvo hoje são aqueles com ganho de peso acima de 1,100kg carcaça/dia. Porém, não são todos os bovinos que vão conseguir ter esse desempenho dentro do mesmo lote, e mais uma vez é preciso ter gestão e dados para fazer a seleção com base nos indicadores e consequentemente atingir as metas de produção”, pontua.

O médico veterinário, William Marchió, diretor da Criatec Consultoria em Agronegócios, reforça que na etapa de engorda, cada detalhe é importante e vai fazer muita diferença no final. “Se o pecuarista conseguir imprimir 100 gramas de ganho de peso dia por animal, ao final do ciclo, ele pode atingir o ganho de mais de uma arroba. Obviamente que não é tão simples, mas é onde certamente estará o seu lucro”, acrescentou.

 

Formulação da dieta

Para que esse ganho de peso diário seja eficiente, além da correta seleção dos animais é preciso atenção com a qualidade da formulação da dieta que será fornecida. Muitos confinamentos utilizam ainda a “bica corrida”, ou seja, o vagão de distribuição começa na primeira baia e vai despejando o alimento ao rebanho na linha de cocho sem contabilização por lote. “Por exemplo, este pecuarista não terá a métrica de quilos de matéria seca por @ produzida, algo que é extremamente importante em um confinamento. Dessa forma, ele pode estar tendo prejuízo e nem sabe. Além disso, dieta formulada não tem nada a ver com dieta consumida”, disse Resende.

Ainda segundo o professor, a recomendação é buscar alternativas que possam garantir a eficiência e a precisão da formulação dessas dietas. “A Siltomac, por exemplo, é uma empresa de equipamentos que garante uma excelente qualidade de mistura para que aquilo que seja formulado seja distribuído na lida de cocho como foi formulado. Além disso é de suma importância a utilização da balança para que tenha controles das quantidades que está sendo entregue em cada baia”, detalhou.

A balança em questão é a Solumac, uma solução inteligente e sem fio, criada e patenteada pela Siltomac, que desempenha funções específicas como: nota de cocho, gestão de estoques, custo total da ração fornecida e relatórios gerenciais. Entre os seus diferenciais está a possibilidade de gerenciamento dos desperdícios, qualidade da mistura a ser fornecida, pois todos os componentes da ração são pesados com precisão.

Além disso, possui o software próprio de gestão fornecido gratuitamente, com a possibilidade de integração com outros softwares. “São ferramentas como estas que vão agregar nesse processo de avaliação. Esses equipamentos simplificaram a maneira de avaliar, trazendo eficiência na solução desses problemas básicos do dia a dia dos confinamentos”, complementa Marchió.

Futuro com tecnologia

Como o produtor não tem autonomia para interferir nas oscilações de preço do mercado, a solução é ser eficiente da porteira para dentro. Para isso é preciso ter uma boa gestão operacional, algo que cada vez mais vai demandar de tecnologia.

Por isso, o diretor da Criatec Consultoria em Agronegócios reforça que a automação é algo fundamental nessa jornada, pois ajudará a melhorar a falta de mão de obra. “Quando os processos são automatizados, dependemos cada vez menos do erro humano. Com as margens de lucro cada dia mais restritas, quanto mais eficiente a fazenda for, menor serão os impactos com as oscilações do mercado pecuário”, destacou Marchió.

Os pecuaristas que buscam otimizar seus processos podem contar com a linha completa de soluções da Siltomac, que se destaca por sua tecnologia de ponta e parcerias estratégicas com grandes marcas, como a Siemens. Essa colaboração reforça o compromisso da empresa em oferecer equipamentos inovadores que aumentam a eficiência e a lucratividade em todas as fases da pecuária.

Sobre – Fundada há mais de 50 anos, a Siltomac é pioneira em equipamentos para pecuária no Brasil. Sediada em São Carlos/SP, a empresa desenvolve e disponibiliza inovações tecnológicas para mecanização e automação da nutrição animal a partir de oito unidades industriais. A companhia atua também com agricultura, pecuária e com frigorífico.


A impenhorabilidade da pequena propriedade rural


É importante destacar aos produtores a questão da proteção constitucional que existe sobre a pequena propriedade rural produtiva e trabalhada pela família.

Trata-se da impenhorabilidade da pequena propriedade rural familiar na acepção da lei, que está prevista no art. 5º da Constituição Federal, que dispõe que a propriedade rural, desde que produtiva e trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes da atividade campesina.

O art. 833 do Código de Processo Civil também diz que é impenhorável a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família. Aqui também se vê o princípio da proteção à propriedade familiar, desde que esta esteja cumprindo com sua função social (seja área produtiva).

Para pedir a liberação de um imóvel rural eventualmente penhorado numa ação de execução, o primeiro aspecto a ser verificado é o tamanho da área: o imóvel não pode ser maior do que 04 módulos fiscais.

O módulo fiscal é uma unidade de medida em hectares, cujo valor é fixado pelo INCRA para cada Município. Esse parâmetro é utilizado por analogia ao art. 4º da Lei 8.629/93 que trata do conceito de pequena propriedade rural que não deve sofrer intervenção desapropriatória. Portanto, a dimensão de um módulo fiscal varia de acordo com o Município onde está localizada a propriedade. No Brasil, essa metragem fica entre 05 a 110 hectares. O site oficial da EMBRAPA informa o tamanho do módulo fiscal em cada um dos Municípios do país.

Estando a área dentro da metragem legal (possuindo até 04 módulos fiscais), é imprescindível provar que o executado é produtor rural e trabalha na terra com sua família. Essa prova pode ser feita por meio da declaração de IR, de notas fiscais de insumos das últimas safras, do cadastro de produtor rural (CAD/PRO), de comprovante de contribuição sindical, de comprovantes de ITR, de laudos de orientação de aplicação de produtos nas lavouras, de certidão da EMATER (ou outra agência ou órgão estadual de assistência técnica que vise fomentar e amparar a agricultura familiar), entre outros documentos idôneos a demonstrar a efetiva atividade rural naquela área.  

Ademais, mesmo que o imóvel em questão tenha sido tomado em hipoteca na cédula de crédito rural executada, ainda permanece a proteção constitucional, que tem força superior à garantia real, justamente por conta da prevalência do interesse coletivo sobre o interesse individual.

E esse direito de liberação da pequena propriedade rural de uma eventual penhora em ação de execução não preclui, ou seja, poderá ser alegado a qualquer tempo e grau de Jurisdição, antes da extinção da execução.

Lybor Landgraf é referência nacional

A Lybor Landgraf é uma banca de advocacia (www.lybor.com.br) na área de dívidas rurais, dívidas industriais, dívidas com Bancos em geral e dívidas em face de empresas que agem como “bancos ou agiotas” para empresar dinheiro para os produtores rurais. A Lybor Landgraf é uma advocacia em excelência na sua expertise, com reconhecimento nacional, premiada pelo Senado Federal e pelo Setor Sucroalcooleiro como o melhor escritório de advocacia em sua especialidade.


A Dra. Kellen Bombonato é a nossa diretora jurídica geral. O nosso diretor superintendente é o advogado Dr. Osmar de Vasconcellos, responsável por recepcionar o atendimento a novos clientes, para avaliar o caso e encaminhar para a nossa diretora jurídica geral, Dra. Kellen Bombonato (drosmar@lybor.com.br +55 44 3027 4500).

A LYBOR LANDGRAF é hoje a BANCA DE ADVOCACIA (www.lybor.com.br) mais prestigiada no país na sua especialidade, detentora de vários prêmios nacionais em sua expertise, contando com uma equipe de profissionais diretos de aproximadamente 50 profissionais e indiretos de 900 profissionais, com atuação em todos os Estados da Federação do Brasil, com mais de 14 mil processos em andamento na área litigiosa e mais de 40 mil clientes na área preventiva-consultiva.

Após seis anos em alta, valor da produção agrícola cai 2,3% em 2023

 Valor da produção das principais culturas alcançou R$ 814,5 bilhões



Colheita de soja, soja, grãos.
© CNA/Wenderson Araujo/Trilux

@Agêcia Brasil

Em 2023, após seis anos ininterruptos de crescimento, a produção agrícola nacional apresentou retração na geração de valor de produção, em números absolutos, mesmo com a consolidação de um novo recorde na produção de grãos. O valor da produção das principais culturas agrícolas do Brasil alcançou R$ 814,5 bilhões, o que representa uma queda de 2,3%, na comparação com o ano anterior. É o que aponta a Produção Agrícola Municipal (PAM) 2023, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Com a superoferta de algumas das principais commodities agrícolas, como a soja e o milho, que bateram recorde de produção no país, e o arrefecimento de mercados consumidores globais, os preços dos principais produtos agrícolas nacionais sofreram forte correção ao longo do ano, impactando diretamente na receita gerada. Ao todo, as dez culturas com maior valor bruto de produção concentraram 87% de todo o valor bruto gerado pela produção agrícola nacional.


Segundo o IBGE, dentre todas as culturas agrícolas, a soja ainda segue em destaque em termos de valor gerado. A oleaginosa também obteve recorde de produção e exportação em 2023. O volume total produzido chegou a 152,1 milhões de toneladas, um acréscimo de 25,4% no ano. Segundo a pesquisa, a soja apresentou novamente o maior valor de produção entre os produtos agrícolas levantados, totalizando R$ 348,7 bilhões, um acréscimo de 0,4% na comparação com o ano anterior.


De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em 2023, a soja novamente liderou o ranking de valor gerado com a exportação entre os produtos nacionais.


“Por sua vez, o valor de produção obtido com a produção de milho apresentou substancial queda. Influenciado, principalmente, pela correção dos preços da commodity no mercado global, após anos em elevação, e como reflexo de uma excelente safra em termos de volume colhido, os produtores tiveram dificuldades até mesmo de encontrar armazéns de estoque para recebimento dos grãos que vinham do campo, uma vez que competiam também com uma supersafra de soja", informa o IBGE.


Segundo o instituto, o volume de milho produzido no ano foi de quase 132 milhões de toneladas, um aumento de 20,2% em relação a 2022. "Porém, com a queda dos preços nas bolsas internacionais, o valor de produção seguiu direção contrária, com retração de 26,2%”, destaca a pesquisa.


Mesmo com registro de adversidades climáticas que afetaram a produtividade no extremo sul do país, houve, em 2023, a maior safra de grãos registrada na série histórica da pesquisa. Foi possível observar a ampliação das áreas plantadas de soja e milho, as duas principais culturas nacionais, impulsionadas pelos bons resultados alcançados nas últimas safras, aliados aos preços das principais commodities, que se mantiveram em patamares elevados nos anos anteriores, estimulando os produtores a investirem nessas culturas.


Ambas, que somadas respondem por quase 90% do volume de grãos produzidos no país, aproveitando-se das condições climáticas favoráveis em boa parte das regiões produtoras, apresentaram incremento no rendimento médio, recuperando-se dos efeitos da estiagem que afetaram as lavouras em 2022.


Em 2023, o Brasil, que já tinha a posição de maior produtor mundial de soja, obteve nova safra recorde, resultado da ampliação das áreas de cultivo e da melhor produtividade em campo. Esse resultado teve impacto direto na elevação da oferta global da oleaginosa, fazendo com que os preços dessa commodity fossem pressionados para baixo. Dentro desse quadro, mesmo em ano de supersafra, houve uma elevação de 0,4% no valor da produção da cultura.


“Com relação aos produtos, destaque para a soja. O peso da soja no valor de produção agrícola em 2023 foi de 42,8%. Temos quase metade do peso do valor da produção agrícola nacional advindo da soja. Soja lidera o peso no valor de produção agrícola em todas as regiões, à exceção do Sudeste", diz o IBGE.


"Com relação à exportação, tivemos aumento de 29,4%, recorde com quase 102 milhões de toneladas exportadas no ano de 2023. A soja segue sendo o produto com a maior participação na pauta de exportações do país e a China segue sendo o maior parceiro comercial do país. Setenta e seis por cento da soja exportada teve como destino a China”, destaca o supervisor nacional da PAM, Winicius Wagner.


A área plantada, considerando todas as culturas levantadas na PAM 2023, totalizou 96,3 milhões de hectares, o que representou uma ampliação de quase 5 milhões de hectares. O resultado supera em 5,5% o registrada no ano anterior, mantendo o ritmo de crescimento observado ao longo dos últimos anos no território nacional. Dentre os produtos que vêm ganhando mais espaço no campo, a soja se destaca com o acréscimo de mais 3,2 milhões de hectares da área cultivada, seguida do milho de segunda safra, com aumento de 1,2 milhão de hectares.


Em 2023, o Centro-Oeste mais uma vez foi a grande região com maior valor da produção agrícola, totalizando R$ 274,9 bilhões, uma redução de 9,5% frente ao ano anterior, tendo destaque na produção de soja, milho e algodão.


Entre os estados, o destaque foi novamente Mato Grosso, com a geração de R$ 153,5 bilhões, decréscimo de 12,2% no ano, com maior participação da soja, o seu principal produto agrícola, mesmo com registro de queda de 5,9% no valor gerado com a oleaginosa.


O município de Sorriso, em Mato Grosso, apesar do decréscimo de 27,6%, mais uma vez gerou o maior valor da produção agrícola nacional, totalizando R$ 8,3 bilhões, tendo a soja e o milho como as culturas de maior valor.

Métodos de plantio influenciam a sustentabilidade das pastagens, saiba como


Escolha influencia diretamente na qualidade, densidade e sustentabilidade das pastagens, impactando a produtividade

 


A escolha do método de plantio é uma decisão estratégica que pode definir o sucesso na formação das pastagens, elemento essencial para a produção agropecuária. Métodos como: plantio a lanço ou plantio em linha de forma direta, oferecem diferentes benefícios e desafios, influenciando desde a germinação das sementes até a sustentabilidade a longo prazo das áreas cultivadas. Compreender as implicações de cada técnica, em conjunto com o manejo adequado do solo e o uso de novas tecnologias, é essencial para garantir pastagens produtivas e resistentes.
 
Direto X Convencional
 
No plantio direto, como o próprio nome diz, as sementes são colocadas diretamente no solo sem o revolvimento prévio, o que ajuda a conservar a estrutura do solo e a reduzir a erosão. Este método é particularmente eficaz em regiões do Brasil onde o solo seja agricultável, onde a conservação da umidade é essencial para o estabelecimento das plantas.
 
De acordo com Alessandro Passamai Júnior, Assistente Técnico de Sementes, da Sementes Oeste Paulista (Soesp), o plantio direto oferece melhor retenção de umidade e redução dos custos operacionais, mas pode exigir maior controle de plantas daninhas para garantir a distribuição adequada das sementes. "A manutenção do resíduo vegetal remanescente na superfície do solo contribui para a preservação da matéria orgânica e para a promoção da biodiversidade no solo, aspectos essenciais para a sustentabilidade a longo prazo", detalha.
 
Por outro lado, o plantio convencional, que envolve o preparo do solo com aração e gradagem, é frequentemente utilizado em áreas onde o controle inicial de plantas daninhas é uma prioridade. "Embora essa técnica permita uma preparação mais rigorosa do solo, ela pode levar à perda de matéria orgânica, resultando em um solo menos fértil e mais suscetível à erosão", diz o especialista.
 
Linha X Lanço
 
A escolha entre plantio em linha e a lanço também tem implicações significativas:
  • Em linha, as sementes são colocadas em sulcos a uma profundidade ideal, protegendo-as da radiação solar direta e de ataques de pragas. "Isso resulta em uma germinação mais rápida e em um estabelecimento mais eficaz das plantas, promovendo uma pastagem mais densa e uniforme."
  • "A lanço, as sementes são distribuídas superficialmente, fica menos uniforme com relação ao arranjo de plantas na área e exposta a erros na incorporação, podendo deixar as sementes mais profundas do que o recomendado, afetando a qualidade da pastagem", detalha Passamai Júnior.
Antes da semeadura
 
Práticas como a correção da acidez do solo, a aplicação de fertilizantes e o controle de daninhas e pragas no local, criam um ambiente favorável para o desenvolvimento das sementes. "Um solo bem preparado garante uma base uniforme para a germinação, o que é essencial para a formação de uma pastagem saudável e produtiva", ressalta Alessandro.
 
Fatores ambientais e inovações tecnológicas
 
Também deve-se levar em conta os fatores ambientais, como o clima e a topografia da área. Em regiões mais secas, o plantio direto é preferível devido à sua capacidade de conservar a umidade do solo. "Em áreas onde a disponibilidade de água é limitada, o plantio direto se torna uma opção estratégica para garantir o sucesso da pastagem", afirma Passamai Júnior. Já em áreas com topografia acidentada, essa técnica ajuda a minimizar a erosão, mas pode ser limitada pela dificuldade de acesso de maquinários em terrenos muito inclinados. Em locais de climas mais úmidos, o plantio convencional pode ser viável, mas exige cuidados redobrados com a erosão e a compactação do solo.
 
Além dos métodos tradicionais, tecnologias modernas, como a agricultura de precisão, têm permitido otimizar o uso de insumos e melhorar a eficiência do plantio, contribuindo para uma produção mais sustentável. Ferramentas como sensores e mapeamento georreferenciado possibilitam uma aplicação mais eficiente, melhoram a eficácia do plantio e reduzem o desperdício.
 
Sustentação da produtividade
 
O manejo pós-plantio, incluindo a irrigação adequada e a rotação de pastagens, também desempenha um papel importante na maximização dos resultados. "A irrigação garante a disponibilidade de água necessária para o crescimento inicial, enquanto a rotação de pastagens ajuda a evitar o esgotamento do solo e a reduzir a pressão de pragas e doenças. Essas práticas, quando integradas ao método de plantio escolhido, asseguram a longevidade e a produtividade do pasto", ressalta o técnico da Soesp.
 
A formação de pastagens de alta qualidade e sustentabilidade depende de uma série de fatores interligados, sendo o método utilizado um dos mais determinantes. A escolha entre direto, convencional ou outras técnicas deve ser feita com base em uma análise cuidadosa das características do solo, das condições climáticas e das necessidades específicas da área. "Com a aplicação adequada e o uso de novas tecnologias, é possível garantir pastagens produtivas e sustentáveis a longo prazo, contribuindo para a eficiência e a sustentabilidade do agronegócio", completa Passamai Júnior.
 
Qualidade da semente
 
Independentemente do método de plantio escolhido, é fundamental que o produtor tenha atenção em relação à qualidade das sementes que irá utilizar - O insumo precisa estar livre de doenças. As sementes blindadas com tecnologia Advanced da Soesp, por exemplo, recebem na fábrica o tratamento para garantir sua qualidade.
 
A empresa tem laboratório especializado em sementes forrageiras acreditado pela CGCRE do Inmetro e aplica dois fungicidas e um inseticida à superfície das sementes. Todo esse processo tecnológico proporciona um alto valor cultural, viabilidade e pureza, para as Brachiarias e Panicuns.
 
As sementes blindadas com a tecnologia Advanced têm ainda como importante característica a uniformidade e resistência, assim não entopem o maquinário de plantio. Além disso, são produtos com inteligência na absorção de água e ideais para ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), com menor custo por hectare formado.
 
Sobre – A Sementes Oeste Paulista - SOESP está sediada em Presidente Prudente (SP) e desde 1985 anos atua no mercado oferecendo sementes de pastagem. Sua matriz conta com infraestrutura voltada à produção, beneficiamento, comercialização e desenvolvimento de novas tecnologias, tanto para pecuária como para agricultura de baixo carbono. A empresa desenvolveu a tecnologia Soesp Advanced, que revolucionou o mercado de sementes forrageiras nos países de clima tropical, ao trazer diversos benefícios no plantio e estabelecimento dos pastos, e se adequar perfeitamente ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).



Agtech brasileira cria tecnologia que facilita e torna eficiente a gestão de fazendas

 

Feita por produtores para produtores, software agrícola da SSCrop, tem mudado a realidade de muitas propriedades no campo e atualmente já gerencia mais de meio milhão de hectares pelo país


Nailton Ficagna, CEO da SSCrop. Divulgação SScrop

A gestão de uma propriedade rural independentemente do porte é algo extremamente complexo e que requer cuidados. O produtor precisa estar atento às tarefas diárias de manejo, como: preparado de solo, compra de insumos, manutenção dos equipamentos, planejamento de plantio, aplicação de fertilizantes, defensivos, colheita, pós-colheita, entre outros. Paralelo, há as questões financeiras, administrativas e tributárias que também exigem conhecimento. Enfim, organizar tudo isso nunca foi tarefa fácil e certamente é a dor em muitas fazendas.

Pensando em transformar esse processo burocrático em decisões mais simples e assertivas, surgiu o software de gestão agrícola da SSCrop, uma agtech brasileira que desenvolveu uma ferramenta feita de produtores para produtores. A frente dessa inovação está o Nailton Ficagna, CEO da empresa com amplo conhecimento no campo. Ele, que é filho de agricultor, ainda criança mudou com a família do Rio Grande do Sul para desbravar a produção de grãos em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano.  

Durante os anos na fazenda, Ficagna percebeu que a propriedade da família, bem como outras de amigos e conhecidos na região, tinham uma dificuldade em comum: problemas na gestão e as ferramentas até então disponíveis (na época) eram complexas, burocráticas e careciam de tecnologia. Aos 16 anos ele saiu da propriedade familiar e foi estudar em outra cidade. Foi quando teve os primeiros contatos com informática e resolveu cursar Ciências Contábeis, o que lhe trouxe uma visão ampla e clara do caminho profissional que gostaria de seguir: o desenvolvimento de sistemas e soluções para o agro.

A partir de então entrou de cabeça no mundo da inovação e do empreendedorismo, mas sem se desconectar de suas origens no campo. Nos anos seguintes seguiu inovando e desenvolvendo diversas soluções para a classe produtora, mas foi em 2016, a grande virada de chave, quando resolveu focar de fato no desenvolvimento de software de gestão, uma ferramenta mais simples e objetiva. “Resolvi me conectar às minhas raízes e focamos na solução dentro daquela essência pensado em nossa fazenda, algo voltado para as safras de grãos”, lembrou o empresário.

Naquele momento iniciou um detalhado trabalho de pesquisa. “Conversei com mais de 40 produtores de grãos de várias regiões do Brasil. Criamos um grupo para trocar ideias e entender como poderíamos desenvolver uma ferramenta para gestão, uma solução de fácil uso, focada no produtor rural e que pudesse trazer ganhos ao seu negócio. Assim nasceu software agrícola totalmente web da SSCrop”, conta Ficagna.

Aceleração qualificada

Outro momento importante na trajetória da Agtech brasileira foi em 2020, quando a empresa foi aprovada no primeiro batch (programa de aceleração) de startups exclusivamente voltadas para o agronegócio, realizado pela Cyklo Agritech. Instalada em Luís Eduardo Magalhães, a iniciativa ajuda empreendedores a construir soluções inovadoras dedicadas ao setor. Para isso, a aceleradora conta com corpo de mentores com mais de 30 profissionais experientes das mais diversas áreas de atuação e que juntamente com os investidores e parceiros, ajudaram a criar o modelo que norteia aqueles que ingressam a alcançarem o tão sonhado sucesso.

Durante os nove meses que a SSCrop ficou no processo de aceleração da Cyklo, Ficagna além de muito aprendizado fez a sua empresa decolar de vez. Segundo ele, no período ele pode extrair o máximo de conhecimento dos mentores que lá estavam, tendo uma ampla visão mercadológica, abertura de mercado, além da exposição para investidores. “Foi um ano fantástico de muito trabalho. Quando ingressamos na Cyklo tínhamos uma média de 30 clientes e atualmente já temos 250 clientes. Estar lá foi um divisor de águas na nossa vida, por isso, sempre destacamos a importância das aceleradoras na jornada de uma startup”, destacou.

Atuação e posicionamento

Hoje, a SSCrop, tem um posicionamento bem consolidado e estruturado. Além da sede no Oeste da Bahia, abriu escritório em Campinas/SP, onde alocou as áreas de administração e marketing e se prepara para uma nova unidade comercial, em Londrina/PR. Sua atuação abrange clientes de 20 estados brasileiros e seu software já é responsável pela gestão de mais de 500 mil hectares. Segundo o CEO, a meta nos próximos anos é chegar a 1,5 milhões de hectares com cerca de mil clientes.

Além de entender as dores e falar a língua do produtor rural, a solução da SSCrop também se destaca por fazer questão de estar perto do produtor.  “Conhecemos muito como funciona o dia a dia no campo e tentamos gerar as soluções da maneira mais simples possível, mas de forma que traga resultado e que não emperre processos que são desnecessários. Vamos na contramão de muitas empresas de ERP’s que querem controlar tudo, e nós buscamos facilitar e gerar soluções”, destacou o executivo.

Com toda tecnologia embarcada no software é adaptável aos mais diversos portes de fazendas. “Temos clientes que vão desde 100 hectares até clientes que possuem 20 mil hectares. São estruturas completamente diferentes e o sistema se encaixa e é eficiente em todas elas”, diz Ficagna.

Na prática o sistema da SSCrop é prático e pode ser acessado via Web por computador, smartphone ou tablete, ou seja, o produtor recebe um login e passa ter todo o controle em poucos cliques. Com o sistema inteligente é possível ter acesso de maneira intuitiva, objetiva e rápida, a diversas informações relacionadas à gestão financeira da fazenda, entre elas: todo o controle sobre despesas, receitas, empréstimos e investimentos. Além disso, é possível organizar contas a pagar e a receber, informações bancárias, fluxo de caixa, contratos de venda; custos, por cultivos, safras ou talhões.

O software possibilita ainda diversos dados relacionados aos insumos, aplicações, manutenções de máquinas, gestão da colheita, produtividade e serviços na lavoura. Além de permitir um controle total dos estoques de insumos, combustíveis, almoxarifado e produção. “Outro diferencial é o nosso suporte técnico. Temos a filosofia de estar muito próximo ao produtor desde a implantação até o suporte de dúvidas. Nosso tempo de resposta no WhatsApp, por exemplo, tem menos de 1,5 minuto. Estamos sempre prontos e perto para ajudar. Somado a tudo isso, nossa preocupação com melhorias é constante, estamos, por exemplo, finalizando uma nova remodelagem do sistema que será lançada em breve com ainda mais inovação”, finaliza Ficagna. 

Espaço Impulso inicia atividades no Show Rural de Inverno 2024 com foco em tecnologias do futuro

Kiko Sierich/Itaipu Parquetec


Nesta terça-feira, 27 de agosto, uma cerimônia de abertura marcou o início das atividades do Espaço Impulso durante o Show Rural de Inverno 2024, em Cascavel, no Paraná. O evento, que continua com uma extensa programação até o dia 29, celebrou o início das atividades deste hub de inovação focado em promover e validar tecnologias voltadas ao agronegócio.

A cerimônia de abertura contou com a presença de diversas autoridades, incluindo Dilvo Grolli, presidente da Coopavel; Professor Irineu Colombo, diretor superintendente do Itaipu Parquetec, além de representantes do SEBRAE, Iguassu Valley e prefeitura de Cascavel.  

Kiko Sierich/Itaipu Parquetec

Durante sua fala, Irineu Colombo, destacou a importância do Espaço Impulso em parceria com a Coopavel. "Esse ambiente reúne pessoas que querem apresentar soluções ou têm desafios a serem resolvidos na agropecuária. Temos várias empresas aqui que estão apresentando e vão apresentar propostas, projetos e soluções, e com isso, levamos adiante nossa capacidade de mobilizar o oeste do Paraná para a produção de conhecimento e o empreendedorismo, contribuindo para o desenvolvimento regional."  

Colombo também ressaltou a relevância do Itaipu Parquetec na promoção do empreendedorismo enfatizando que no Espaço Impulso o principal objetivo é promover interconexões entre aqueles que querem empreender, que têm ou querem desenvolver soluções, e aqueles que buscam financiá-las. “Esse espaço é essencial, pois reúne as quatro hélices – sociedade, governo, universidade e setor empresarial – todos girando essa hélice do empreendedorismo regional."  

Dilvo Grolli, destacou a importância da confiança nas pessoas como um pilar fundamental para a liderança e o sucesso. Ele concluiu sua fala reforçando o papel do empreendedorismo em projetos como elementos inspiradores para todos que almejam deixar um legado positivo. "Aí está nossa figura empreendedora, em acreditar nas pessoas e nos projetos, e esse é um local que nos inspira a ser esse modelo de empreendedores", finalizou.  

Com uma estrutura física de 400 m², que inclui salas de trabalho, espaços de coworking e uma arena de apresentações, o Espaço Impulso também se beneficia dos 720 mil m² do Parque Show Rural Coopavel, utilizado como fazenda experimental. A missão do espaço é criar conexões entre o setor agrícola e a inovação, impulsionando o desenvolvimento de soluções tecnológicas de maneira sustentável e competitiva.  

Após a cerimônia, o Espaço Impulso iniciou oficialmente suas atividades com a primeira palestra da Cargill - "Como inovar de fora para dentro: Case prático", ministrada por Hélvio Cruz. Com uma programação intensa, o evento seguirá trazendo novidades que demonstram o impacto positivo da tecnologia no campo, reforçando o importante papel da inovação para o futuro do agro.  

Nesta edição, o Espaço traz ao público uma seleção diversa de temas atuais e relevantes, como: Cyber segurança; sucessão familiar; inovação; empreendedorismo; ESG; gestão de risco no agro; energia; sustentabilidade; inteligência artificial e conectividade. 

O Show Rural de Inverno 2024 continua até o dia 29 de agosto, trazendo palestras, oficinas e demonstrações que abrangem as principais culturas de inverno, como trigo, aveia e cevada, além de outras iniciativas que visam a sustentabilidade e a competitividade no setor agrícola. 


Kiko Sierich/Itaipu Parquetec

*Imprensa ItaipuParquetec

Sindiveg participa do Simpósio Paranaense de Tecnologia de Aplicação ao falar sobre nova lei de defensivos agrícolas

 Evento marcado para os dias 05 e 06 de setembro promove o encontro de engenheiros agrônomos do Paraná





Para falar sobre a nova lei de defensivos agrícolas, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) confirma participação no Simpósio Paranaense de Tecnologia de Aplicação. O evento ocorrerá nos dias 05 e 06 de setembro, na cidade de Pinhais (PR).

“O Sindiveg é a entidade sindical que representa legalmente a indústria de produtos para defesa vegetal no Brasil há mais de 80 anos. Neste papel, identificamos como fundamental a interação com os diferentes elos da cadeia produtiva, como é o caso da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, responsável pelo evento e de suma importância para a difusão de conhecimento entre os profissionais da região”, explica o gerente de Assuntos Regulatórios do Sindiveg, Fábio Kagi.

Como forma de reforçar esse laço, o profissional, em nome do Sindicato, realizará no segundo dia do evento, às 14 horas, a palestra “Nova lei de defensivos14.785/23”.  Segundo o gerente, a apresentação visa esclarecer sobre o novo marco legal, principalmente em aspectos tangentes à prescrição de produtos via receita agronômica.

“Em resumo, após mais de 30 anos de vigência do marco legal anterior, foi publicada em 2023 essa nova lei que visa modernizar os procedimentos para registro e liberação de defensivos agrícolas e trazer maior segurança jurídica ao setor, por isso é essencial que os trabalhadores do setor entendam o funcionamento na prática”, contextualiza Fábio, ao frisar a importância desse debate para o desenvolvimento do setor.



Agenda do Simpósio

Dividido em dois dias, o encontro também contará com uma seleção de apresentações elaboradas por engenheiros agrônomos, que tratarão de temas, como: “O receituário agronômico como ferramenta da correta aplicação de defensivos”, por Manfred Schmid, “A importância do engenheiro agrônomo na escolha da tecnologia”, por Luis Fernando Gastaldi, “Estratégia para redução de deriva em aplicações”, por Karine Alves, “Descomplicando misturas de tanque”, por Dionizio Gazziero, e “Regulagem dos equipamentos em função das recomendações agronômicas”, por Rone Batista de Oliveira. 

Sobre o Sindiveg


Há mais de 80 anos, o Sindiveg - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal atua no Brasil representando o mercado de defensivos agrícolas no País, com suas 27 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. O Sindicato tem como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto dos defensivos, bem como apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, na promoção do uso consciente de defensivos agrícolas, sempre respeitando as leis, a sociedade e o meio ambiente. Mais informações: https://www.sindiveg.com.br

IHARA lança inseticida no 14º Congresso Brasileiro do Algodão

 Soluções disruptivas como Terminus e Chaser visam maximizar a produtividade, fortalecendo a cotonicultura brasileira na economia do País 



cultura do algodão

Com tradição e história na cultura do algodão, a IHARA, empresa de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas, tem sido uma parceira constante dos cotonicultores, investindo em tecnologias que viabilizam esse cultivo no País, principalmente na região do Cerrado. Em mais uma edição, a empresa estará presente no 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que será realizado entre os dias 3 e 5 de setembro de 2024, em Fortaleza/CE, com o lançamento do inseticida Terminus e outra solução do portfólio: Chaser que combina ação inseticida e fungicida em um único produto.   

O TERMINUS é um inseticida que apresenta alta performance devido à sua formulação inovadora, que potencializa o controle rápido e prolongado das principais pragas como Bicudo-do-algodoeiro, Mosca Branca e o Pulgão. Essa tecnologia possui flexibilidade para o uso em todo o ciclo do algodão, proporcionando uma maior qualidade da pluma.

Outra solução é o CHASER, que traz uma molécula exclusiva no Brasil ao combinar ação inseticida e fungicida em um único produto. Essa tecnologia é eficaz contra Bicudo, Ácaro Rajado, Pulgão e Ramulária, pragas que afetam significativamente a produtividade do algodão. O Chaser possui ação anti-feeding, que paralisa a alimentação das pragas imediatamente, além de atuar diretamente na respiração celular e apresentar efeito ovicida sobre ácaros.

De acordo com o agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Gustavo Corsini, no ano passado, os agricultores enfrentaram desafios significativos no controle do Bicudo-do-algodoeiro e o uso de ferramentas como Terminus e Chaser se fazem necessárias porque oferecem formulações inovadoras que se adaptam às condições adversas e à crescente resistência das pragas. Elas auxiliam os produtores a resolver os problemas na lavoura e aumentam a produtividade de forma sustentável. “A cultura do algodão é técnica e a sua produção no Brasil é de alta qualidade e, por isso, requer tecnologias focadas também na sustentabilidade. Essas soluções reforçam o quanto a IHARA está comprometida com a competitividade da cotonicultura, desenvolvendo tecnologias que contribuem para viabilizar o cultivo do algodão, principalmente no Cerrado brasileiro, região responsável por colher quase que a totalidade (mais de 90%) do algodão que abastece o mercado nacional e mais de 40 países no mundo”, explica Corsini.

Para a empresa, o Congresso Brasileiro do Algodão é um evento fundamental no setor por promover inovação e proporcionar conhecimento técnico entre os cotonicultores e os demais elos da cadeia produtiva. "Isso colabora para que a futura safra seja ainda mais produtiva e de qualidade. Participar do CBA tornou-se essencial para a IHARA, pois o evento nos permite fortalecer o relacionamento com os cotonicultores, entender de perto os problemas enfrentados no campo, trocar experiências e disseminar boas práticas que beneficiem as lavouras no País", afirma o gerente de Marketing Regional da IHARA.

Cotonicultura na safra 2023/2024 no Brasil

De acordo com uma análise recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), baseada em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil está prestes a atingir um novo recorde na produção de algodão em pluma na safra 2023/2024. A estimativa é de uma colheita de cerca de 3,6 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 13,4% em comparação com a safra anterior. Os pesquisadores do Cepea destacam que o recorde será impulsionado pela expansão significativa da área cultivada, que cresceu 16,3%, totalizando aproximadamente 1,94 milhão de hectares.

Diante das projeções para safra 2023/2024, o Brasil mostra a sua relevância, sendo um dos maiores produtores e exportadores de algodão do mundo, ocupando a quarta posição na produção e a segunda na exportação dessa fibra natural. Além disso, a cotonicultura também é uma das culturas importantes para a economia brasileira por fornecer matéria-prima para diversos outros processos produtivos.

 

Atualmente, a maioria das fazendas tem mais de 1000 hectares, principalmente as de Mato Grosso e da Bahia, concentrando 90% da área cultivada no País. No entanto, para garantir uma colheita produtiva e de qualidade, os produtores de algodão devem ficar atentos aos desafios no campo em meio a condições climáticas adversas e a forte incidência de pragas e doenças, que podem causar danos severos nas lavouras. “A cada safra está ainda mais difícil o controle desses detratores devido à resistência apresentada aos produtos existentes no mercado. Oferecer tecnologias eficientes e seguras no campo é um grande desafio para a indústria, e a nossa equipe de pesquisadores está empenhada em desenvolver e tornar acessíveis novas soluções que consigam controlar os detratores com eficácia. Esse é o compromisso IHARA com o cotonicultor brasileiro e o YAMATO e TERMINUS vieram para quebrar essa barreira”, reforça Corsini. 

 

Sobre a IHARA

A IHARA é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que há 59 anos leva soluções para a agricultura brasileira, setor no qual é reconhecida como fonte de inovação e tecnologia japonesa como uma marca que tem a credibilidade e a confiança dos seus clientes. A empresa conta com um portfólio completo de fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais somando mais de 80 soluções que contribuem para a proteção de mais de 100 diferentes tipos de cultivos, colaborando para que os agricultores possam produzir cada vez mais alimentos, com mais qualidade e de forma sustentável. Em 2022, a IHARA ingressou no segmento de pastagem, oferecendo soluções inovadoras para o pecuarista brasileiro. Para mais informações, acesse o site da IHARA.  



A regulamentação do token para financiamento do agronegócio

Por Victor Daldegan De Rossi*

Ao longo dos últimos anos, a tecnologia tem sido cada vez mais aplicada no agronegócio e, agora, chegou para revolucionar a viabilização financeira da atividade. As chamadas Agtechs crescem de forma acelerada. Seu papel é, principalmente, criar soluções inovadoras para os produtores rurais.   Em 2019, o Radar Agtech Brasil indicava a presença de 24 startups da categoria de serviços financeiros voltados ao agronegócio no País. No ano passado, esse número chegou a 85. É compreensível, já que a demanda por crédito no setor no Brasil passa de R$ 1 trilhão por ano, segundo estimativas do mercado. Só que faltam mecanismos mais ágeis, seguros, eficientes e inteligentes para financiar os agricultores e pecuaristas.

Uma das soluções mais disruptivas e interessantes propostas por algumas das Agtechs é a “tokenização”, viabilizada pelo uso da tecnologia blockchain, que tem ampliado as possibilidades de levantar linhas de crédito para diversos setores. Essa tecnologia possibilita a entrada de investidores novos na atividade, democratiza o acesso ao crédito e cria novas oportunidades para todos, com melhor eficiência e promoção de maior segurança e transparência nas transações do agronegócio.

O empreendimento agrícola pode, por exemplo, optar por “tokenizar” a safra de soja. O volume total produzido é dividido metaforicamente em pequenas porções componentes de uma cadeia blockchain e colocado no mercado no formato de tokens digitais, que representam a propriedade de uma parcela da produção e podem ser comprados pelos investidores. O produtor capta recursos financeiros e o investidor recupera seu investimento após a venda da safra, com rendimentos adequados. 

Também se torna possível “tokenizar” contratos futuros de safras. Nesse cenário, os tokens representam o direito de compra ou venda de soja em uma data futura, a um preço predeterminado. 

Há ainda a possibilidade de captar recursos ainda para outros propósitos. Produtores podem “tokenizar”, por exemplo, um projeto de produção de energia solar em uma fazenda. Os tokens representam a propriedade de uma parte do projeto, e os investidores recebem dividendos de acordo com a produção de energia gerada. 

Essa abordagem promove maior liquidez no mercado, facilita e agiliza as transações para os produtores. Além disso, ajuda a mitigar o risco de mercado, ao permitir que os produtores se protejam contra flutuações de preço. A transparência é outro ponto forte dessa modalidade, uma vez que todas as transações são registradas na blockchain, o que garante segurança e confiabilidade ao investidor.

Assim, fica evidente que a “tokenização” no agronegócio apresenta um vasto leque de oportunidades e impulsiona uma transformação significativa em diversos aspectos do setor. 

Com a ascensão destes novos modelos de economia digital - e a tokenização é apenas um deles -, cresce também o potencial de facilitar o acesso ao crédito rural, por meio da união entre tecnologia financeira e soluções direcionadas ao campo agrícola.

Porém, ainda falta uma regulamentação definitiva sobre o tema. Em dezembro de 2022, a Lei nº 14.478 entrou em vigor para estabelecer regras relacionadas aos ativos digitais. Basicamente, nomeia o Banco Central como a entidade competente para regular, autorizar e supervisionar as prestadoras de serviços de ativos virtuais. As normas que irão regular esses serviços estão em fase de estudo e há uma expectativa de que sejam editadas nos próximos meses.  O BACEN também conta com o apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para lidar com aspectos relativos a ativos virtuais específicos, que podem ser considerados um valor mobiliário. 

Fica claro que essa nova realidade do mercado de agronegócio demanda uma estruturação jurídica inovadora, que não se resume às formas tradicionais de sociedades empresárias ou de contratos comuns de mútuo. Há um novo universo, com regulação jurídica ainda esparsa, que torna o desafio do agroprodutor maior ao acessar os recursos que nele estão disponíveis. É preciso que os profissionais jurídicos entendam tanto o agronegócio quanto a regulação eletrônica para tirar o melhor proveito desta nova fronteira nos financiamentos agrícolas. 

 


*Victor Daldegan De Rossi é advogado sênior da área societária do Marcos Martins Advogados

Agrifirm expande equipe de liderança com a apresentação de Jorge Pacheco, novo Gerente de Contas-Chave Sudeste

Com 23 anos de experiência no mercado de nutrição animal, o recém-contratado será responsável pela expansão das operações dos negócios da multinacional holandesa para toda a região


Curitiba, 27 de agosto de 2024
 - A Agrifirm LATAM tem o prazer de anunciar Jorge Pacheco como o novo Gerente de Contas-Chave (Key Account Manager) para a região Sudeste do Brasil. Com mais de duas décadas atuando em diferentes áreas no setor de nutrição animal, Jorge traz uma vasta expertise multidisciplinar em áreas como: gestão de contas-chave, vendas, marketing e desenvolvimento de produtos, entre outros.

 

“Damos boas-vindas ao Jorge, sua experiência será fundamental para fortalecer nossas operações na região Sudeste, uma área estratégica para nossos negócios”, afirma Rodrigo Miguel, CEO da Agrifirm LATAM.

 

Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com um MBA em Gestão Estratégica de Negócios em Agronegócios pela FGV-Campinas/SP, Jorge Pacheco possui uma trajetória distinta, com passagens por renomadas empresas como Agroceres Multimix, Guabi Nutrição e Saúde Animal, InVivo Nutrição e Saúde Animal, e Sumitomo Chemical do Brasil, onde desempenhou um papel crucial no crescimento da companhia no Brasil.


 
Jorge Pacheco como o novo Gerente de Contas-Chave (Key Account Manager)

Ele será responsável por gerir clientes estratégicos e explorar novas frentes de negócios na região Sudeste. “Estou entusiasmado em me juntar à equipe Agrifirm. Minha missão será consolidar as relações com nossos clientes atuais e expandir nossa presença na região, oferecendo soluções inovadoras e alinhadas às necessidades do mercado”, garante o novo Gerente de Contas-Chave Sudeste.

 

Com sua chegada, a Agrifirm reforça seu compromisso com o desenvolvimento de parcerias duradouras e com a excelência em suas operações, garantindo que a empresa continue seu crescimento sustentável. “Estamos confiantes de que, sob sua liderança, alcançaremos resultados ainda mais expressivos, expandindo nossa presença e criando novas oportunidades no mercado, sempre com foco na excelência e na satisfação dos nossos clientes”, conclui Rodrigo Miguel.

 

Sobre a Agrifirm - Com sede na Holanda e 130 anos de história, a Agrifirm é uma empresa Global, que conta com mais de 3.000 colaboradores em todo o mundo. Na América Latina, possui operações em Maripá (PR), Taió (SC), Uberlândia (MG) e uma planta de produção estrategicamente localizada em Juanicó-Canelones, no Uruguai. Seu escritório e sede LATAM está situado em Curitiba (PR). Com a visão de contribuir com uma cadeia alimentar responsável para as futuras gerações a empresa investe boa parte do seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento de produtos e conceitos para uma pecuária mundial sustentável. A Agrifirm oferece uma ampla variedade de produtos para nutrição de aves, suínos e ruminantes através de soluções para nutrição de animais jovens, aditivos (Linha Agrimprove), premixes personalizados, concentrados de alto desempenho, e rações especiais, além de ferramentas digitais e consultoria profissional. Soluções que desempenham um papel fundamental na saúde e bem-estar animal, maximizando os resultados de seus clientes, unindo forças para alcançar uma cadeia alimentar responsável para as futuras gerações. Saiba mais em www.agrifirm.com.br  

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